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Original para a Internet

Atitude de “prontidão” na igreja

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 4 de junho de 2020


De vez em quando eu me pergunto: Quais são as minhas expectativas, com relação à igreja? O que eu penso sobre a atividade da filial da Igreja de Cristo, Cientista, que eu frequento ? Estou na igreja em atitude de “prontidão”? 

O que é “estar de prontidão”? No jogo de vôlei, é o posicionamento no qual os jogadores estão focados atentamente no adversário que vai fazer o saque, e ficam prontos para pular e rebater a bola, o mais rapidamente possível. Nesse esporte acelerado, é necessário estar pronto para agir em uma fração de segundo. 

Já que provavelmente não iremos jogar vôlei nos cultos de nossa igreja, podemos refletir sobre essa prontidão como uma atitude mental. Estar de prontidão pode significar estar mentalmente alerta às necessidades da congregação e da comunidade. Pode significar deixar de fora todo senso pessoal a respeito de si mesmo, deixar de pensar em si mesmo e ser receptivo ao que Deus, a Mente divina, comunica.   

Algo que passei a reconhecer foi que os cultos da igreja da Ciência Cristã são uma mensagem completa de cura. Durante o culto do domingo, ouvimos a mensagem de nosso Pastor: a Bíblia e o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Nas reuniões de testemunhos no meio da semana, o Primeiro Leitor, após ler citações desses mesmos livros, convida a congregação a compartilhar suas experiências de cura. Ao mesmo tempo, há a expectativa de que haja curas acontecendo nesses cultos.  

Por ocupar o cargo de Primeira Leitora, em minha igreja filial, venho orando para reconhecer que sou obediente às mensagens de Deus, quanto à escolha dos trechos da leitura e dos hinos. Preparo-me em oração, antes de cada culto, com o intuito de ser uma transparência para as mensagens de cura vindas de Deus, refletindo com clareza o Seu amor. Considero essa tarefa como um modo de me colocar de prontidão.

Para mim, o principal objetivo de cada culto é que as pessoas se sintam inspiradas, elevadas e, sim, sejam curadas. Desse modo, vamos além de meramente preencher um cargo em cada culto. Em vez disso, estaremos mentalmente de prontidão para servirmos com amor, em espírito de oração e de modo atento, como Leitores, recepcionistas, músicos, professores da Escola Dominical, e assim por diante. Podemos considerar cada culto dominical e cada reunião de testemunhos da quarta-feira como uma oração completa que tem de ser apoiada pelos membros da igreja. Esse modo de pensar a respeito de nossos cultos faz com que sejamos ativos, não passivos, levando-nos a trabalhar coletivamente como uma equipe, tanto em prol da congregação quanto da comunidade.

Há alguns anos, tive uma cura durante uma visita à filial da igreja da Ciência Cristã que minha filha frequenta. Eu tinha um problema de saúde que parecia ser uma obstrução em um órgão interno. Embora eu estivesse há algum tempo orando a respeito da situação, a cura estava demorando. Naquela manhã, enquanto me dirigia à igreja, declarei que ficaria na expectativa de ser curada. Durante o culto, senti uma grande paz a me envolver, e a leitura das citações me tocou profundamente. Soube imediatamente que havia sido curada! A dor diminuiu, e logo depois, em uns dois dias, a obstrução desapareceu.  

Senti tamanha gratidão, que decidi dar meu testemunho naquela mesma igreja. Eu sabia que levaria alguns meses até eu poder voltar lá, pois meu marido e eu vivemos em outra parte do país, mas me comprometi comigo mesma a ir a uma reunião de testemunhos dessa igreja, na próxima vez que eu visitasse minha filha. Assim foi, depois de vários meses, pude dar meu testemunho lá. Eu tinha a certeza de que a minha cura não tinha relação apenas com a minha expectativa, mas era devida também à atitude de prontidão e expectativa por parte dos membros daquela igreja.   

Terminada a reunião, tive a oportunidade de conversar com a Primeira Leitora, que me falou de seu profundo desejo de que as pessoas pudessem receber curas em todos os cultos, e disse que orava ativamente para reconhecer que isso era possível. Ela me agradeceu por meu testemunho, pois era a prova de que sua oração fora atendida. 

Em outra ocasião, enquanto a congregação de nossa igreja estava de pé, cantando o segundo hino, durante o culto dominical, notei que meu marido se inclinava para um lado. Ajudei-o a sentar-se e imediatamente lembrei-lhe de que Deus é Tudo-em-tudo. Ao olhar para ele, percebi que ele estava chorando. Naquele momento, dei-me conta de que ele percebera algo tão sublime e poderoso, durante o hino, que ficara bastante emocionado. Com imensa doçura, os membros da congregação demonstraram amor por ele de modos diversos: com tapinhas nos ombros, oferecendo lenços de papel para ele enxugar as lágrimas etc. A oração ativa da congregação era perceptível.   

Depois do culto, nós dois permanecemos sentados até que todos se retiraram, e ele disse: “Você sabe o que aconteceu, não sabe?” Respondi que achava que sabia. Ele então contou que, enquanto cantávamos o hino, ele se sentira inundado pelo Espírito Santo, e dera-se conta imediatamente de que havia sido curado de alguns problemas emocionais e físicos que o estavam atormentando. Estava sentindo uma leveza de pensamento, e admiração, profunda reverência ante a bondade de Deus. Dissipou-se o fardo emocional que ele sentira desde o falecimento do irmão, e sentiu também que se libertara de uma doença que fora diagnosticada no passado. Posteriormente, exames médicos exigidos no emprego confirmaram o retorno da normalidade física.

Pouco tempo depois, em conversa com a Segunda Leitora, ela me disse que, antes do culto, ela havia orado com base no poema “A Oração do Leitor” (Grace K. Sticht, Christian Science Sentinel, 29 de Março de 1947) e tivera a certeza de que ela poderia ser uma transparência para a Verdade. Disse ainda que não duvidara de que a Verdade haveria de ser ouvida e percebida pelas pessoas na congregação. Então comentei: “Sem dúvida a Verdade foi percebida!” Outros membros da igreja souberam do acontecido, e nos regozijamos juntos diante do poder sanador da Palavra.  

Claro que esses são apenas dois exemplos, dentre as muitas curas que já aconteceram durante os cultos, nas igrejas da Ciência Cristã do mundo inteiro.

Em um pequeno artigo escrito por Mary Baker Eddy, encontrei uma citação que pode nos ajudar a manter a postura mental de prontidão: “Amados Cientistas Cristãos, conservai vossa mente tão cheia de Verdade e Amor, que o pecado, a doença e a morte nela não possam entrar. É claro que nada se pode acrescentar à mente que já está cheia. Não há porta pela qual o mal possa entrar, nem espaço que o mal possa ocupar na mente repleta do bem.  Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais protegidos, mas também todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos, são dessa forma beneficiados” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Escritos], p. 210). Tal atenção para com Deus é necessária, pois é muito fácil deixar-se envolver pela rotina de cada culto, e distrair-se do seu principal objetivo: a cura.   

Estar mentalmente de prontidão significa também estar alerta contra as tentativas da mente carnal de sugerir pensamentos de discórdia a respeito de outros membros, ou de como são feitas as coisas na igreja. A prontidão mental mantém o foco na atividade do Cristo, não se distrai com detalhes que causariam divisões e desunião. Mesmo ouvindo os outros membros, e levando em consideração pontos de vista diversos, podemos manter nossos pensamentos na Verdade e no Amor. Essa atitude mental de prontidão e vigilância também nos impede de reparar no número de pessoas em cada culto.  

Gosto de lembrar que, como diz Ciência e Saúde: “A parte vital, o coração e a alma da Ciência Cristã, é o Amor. Sem o Amor, a letra nada mais é do que o corpo morto da Ciência — sem pulso, frio, inanimado” (p. 113), e isso vale para tudo. 

A Mente infinita está se expressando por intermédio de nós, que somos seu reflexo espiritual; portanto, somos ativos, flexíveis, responsáveis, vigilantes e amorosos. O reconhecimento desse fato tem o poder de dispersar todo senso pessoal de ego que nos faz sentir timidez na hora de falarmos com visitantes de nossa igreja, ou nos leva a pensar que não sabemos o bastante para desempenharmos as tarefas necessárias na igreja. Sabemos, sim, o suficiente, porque a Mente está sempre comunicando a verdade, e podemos estar confiantes no fato de que somos um com a Mente. Nossa prontidão mental nos permite ser vigilantes para dar “um copo de água fresca em nome de Cristo” (Ciência e Saúde, p. 570) a quem estiver em busca da realidade espiritual, inclusive nossos colegas membros da igreja.     

A prática da Ciência Cristã é o Amor se manifestando. Reconheçamos que podemos demonstrar esse Amor sanador nos cultos da igreja.

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