Eu estava passando o verão no estado do Colorado para jogar polocrosse, que é um esporte muito parecido com o polo e o lacrosse, só que é a cavalo. Durante nosso primeiro jogo, em um torneio de três dias, fui atingida do lado esquerdo e caí do cavalo, batendo a cabeça no chão.
Tive a sensação de ser atropelada por um trem. Minha visão ficou distorcida e turva, e percebi que estava perdendo a consciência.
Não parecia uma situação em que eu tinha a capacidade de optar por como ia me sentir ou saber como meu corpo responderia à queda. Mas eu havia aprendido, por ter frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã, que em qualquer situação, sempre tenho a capacidade de escolher o que fazer. É a escolha entre a verdade que sei sobre Deus, e o que parece ser a verdade segundo os cinco sentidos físicos. Partindo do fundamento de que Deus é o bem, presente em toda parte, e todo-poderoso, posso rejeitar qualquer sugestão de que esteja acontecendo algo que não seja o bem.
Então, quando me dei conta de que estava por perder a consciência, percebi que tinha uma decisão a tomar. Eu podia deixar essa sensação me dominar, ou recorrer ao meu amoroso Pai-Mãe Deus, sentir e reconhecer o Seu cuidado. Tomei a decisão consciente de me aferrar ao que eu sabia ser verdadeiro sobre Deus e sobre mim, como Sua filha amada.
Enquanto lutava para me manter consciente, também me lembrei do poema “Amor”, de Mary Baker Eddy, que fala sobre o amor protetor e maternal de Deus (ver Hinário da Ciência Cristã, 30, trad. © CSBD). Ocorreu-me que nunca houve um momento em que Deus, o Amor, não estivesse presente. Quando parecia que eu havia caído do cavalo, o Amor ali estava, como está aqui também agora. Essa compreensão me trouxe grande conforto e fui invadida de paz.
Não perdi a consciência e, na verdade, depois de alguns minutos, consegui me levantar e caminhar até a arquibancada do campo principal. Tirei um cochilo e, quando acordei, ouvi meu pai falando ao telefone com minha mãe. Ele estava contando o que havia acontecido, e que os paramédicos diziam que eu sofrera uma concussão de 3º grau, que é considerada grave. No entanto, o que ninguém conseguia entender era como esse problema parecia ter desaparecido, junto com todos os sintomas.
É verdade! Eu estava me sentindo bem! Levantei-me com facilidade e caminhei até o acampamento onde as coisas de nossa equipe haviam sido instaladas. Nas quatro horas seguintes, caminhei e arrumei meus pertences, com total liberdade. Não senti mais efeitos da lesão, nem naquele dia, nem em nenhum momento. No dia seguinte, acordei um pouco dolorida, mas depois que minha mãe pediu a um Praticista da Ciência Cristã que orasse por mim, pude dar continuidade ao dia com o meu grupo e não senti mais dor.
Mas a história não termina aí. Duas semanas depois, em outro torneio, uma jovem da equipe contra a qual eu havia jogado quando caí, veio me cumprimentar. Ela percebeu que eu estava de volta ao torneio, e comentou que ficou bastante surpresa em me ver cavalgando de novo.
Normalmente sou muito discreta quanto a me identificar como Cientista Cristã. Mas ela parecia tão interessada, que comecei a explicar que a Ciência Cristã me havia curado da concussão. Conversamos muito, mesmo durante todo o jantar e até tarde da noite. Ela fez todo tipo de pergunta e eu respondi da melhor maneira que pude e compartilhei tudo o que sabia.
Continuamos a conversa nos dias seguintes, mas durante o ano letivo perdi contato com ela. Então, no verão seguinte, voltei ao torneio e me deparei com a mesma jovem, mais uma vez. No jantar, ela explicou que tinha ido para casa depois de nossa conversa e havia reparado que havia uma Sala de Leitura da Ciência Cristã na mesma rua de sua casa. Ela comprou um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e estava frequentando regularmente uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Também me disse que ela e o marido já haviam vivenciado curas!
Sou muito grata pela maneira como minha cura ajudou alguém a conhecer o poder de cura de Deus, por meio da Ciência Cristã.
