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Original para a Internet

A perfeição de nossos relacionamentos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 10 de agosto de 2023


Há inúmeras maneiras excelentes de se pensar a respeito da biblioteca, do verdadeiro acervo de escritos que compõem a Bíblia. Descobri que uma maneira de considerar essa sagrada compilação é vê-la como o lugar certo para compreender que estamos conectados com Deus e uns com os outros.

Nos Evangelhos, principalmente, Cristo Jesus enfatiza o ensinamento hebraico de amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos. É muito instrutivo o fato de que amar a Deus vem em primeiro lugar. Quanto tempo dedicamos nós a tentar corrigir nossos relacionamentos, seja desejando relacionamentos que ainda não temos, ou tentando consertar aqueles que já temos? E quanto desse tempo seria bem melhor empregado amando a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força (ver Marcos 12:30), visto que essa é realmente a chave para corrigir todos os outros relacionamentos?

Jesus comprovou repetidamente o indestrutível vínculo de amor entre Deus e cada um de nós, por sermos criação de Deus. Isso capacitou Jesus a curar todos os necessitados, confirmando assim que é verdade para toda a humanidade aquilo que ele dissera sobre si mesmo: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Essa união com Deus é o nosso relacionamento mais básico e vital, eternamente invariável. 

Sim, a aparência pode ser contrária, mas Jesus apresentou uma parábola que explica a ilegitimidade de qualquer senso de separação de Deus. É a história do filho pródigo, que havia se afastado do pai. A separação fora uma escolha do filho, por isso parecia muito real para ele. No entanto, foi totalmente acolhido pelo amor, quando ele voltou na direção certa, em busca de conforto e segurança. O senso de separação sempre fora apenas sua própria percepção. Nunca fora a percepção do pai.

A mesma verdade vale para nós. Quando nos sentimos desconectados de nosso Pai-Mãe, Deus, isso é somente o que percebemos por meio dos sentidos corpóreos. Nunca é aquilo que o Espírito, Deus, sabe. A Deidade sempre nos vê como Sua progênie espiritual, envolvidos pela força governante do Amor divino eterno e universal, no qual somos como os planetas que giram em volta do sol, cada um em relação correta com o sol e um com o outro. 

Orar para compreender que essa é nossa realidade, apesar das evidências materiais em contrário, pode, às vezes, exigir uma grande luta de nossa parte, mas vale a pena perseverar. O discernimento de que é irreal todo senso de separação entre nós e Deus e os outros tem aplicação prática nas inúmeras curas de Jesus. Por exemplo, um homem isolado pela lepra implorou para que Jesus o ajudasse (ver Mateus 8:1–3). A compreensão de Jesus de que somos sãos e perfeitos em Deus, sempre incluídos na perfeita criação espiritual de Deus, permitiu que ele estendesse a mão e tocasse o homem, contrariando a lei hebraica que proibia tais interações. Ao fazer isso, Jesus expressou de modo amoroso e poderoso sua rejeição à crença de que aqueles que tivessem essa doença deveriam ser separados e considerados impuros. A ação de Jesus conectou o homem com um senso de normalidade e de boa saúde, mas foi a clara percepção espiritual de Jesus a respeito dele que lhe restaurou a saúde, permitindo-lhe reingressar na sociedade.

A perfeição intrínseca de nossa conexão com Deus é descrita de várias maneiras nos escritos de Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã. Por exemplo, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras se refere ao “…vínculo espiritual indissolúvel, que estabelece o homem para sempre na semelhança divina, inseparável de seu Criador” (p. 491).

Compreender que essa é a verdade traz cura. Em nossa eterna inseparabilidade de Deus, nunca estamos desconectados da saúde, da felicidade e da sanidade. Essas são qualidades inesgotáveis ​​de nossa identidade estabelecida e sustentada por Deus, quer compreendamos essa verdade rapidamente, quer tenhamos de persistir até compreendê-la.

Da mesma forma, é com base nessa inseparabilidade de Deus, o Amor divino, que podemos ter boas expectativas para nossos relacionamentos cotidianos. Podemos orar, mantendo no pensamento que nossas interações estão no universo do Amor, onde somente o Amor conecta corretamente seus filhos. Saber que essa é a realidade pode ser a chave para reverter qualquer histórico de imperfeição em nossas relações diretas ou on-line. À medida que afirmamos o fato espiritual de que Deus mantém tudo em perfeita união com Seu amor, inteligência e integridade, as interações que não expressam tais qualidades se destacam. Reconhecer que Deus, o bem, não está sendo a base de tais relacionamentos, e aceitando o fato de que somente Deus governa nossas relações, encontraremos maneiras inspiradas de purificar o relacionamento ou interrompê-lo por um período, se necessário for, sem nunca deixar de amar a pessoa. Também podemos confiar na orientação de Deus para nos relacionar de maneira que beneficia todas as partes. Submeter-se a esse governo divino tem ajudado os leitores desta revista a fazer melhores escolhas nos relacionamentos, a superar desavenças na família e nas amizades, no ambiente de trabalho e com os demais membros da igreja — até mesmo a encontrar segurança em zonas de guerra.

A perfeição de nossas conexões está estabelecida no Espírito, como as Escrituras nos asseguram. Somos eternamente um com Deus e, em Deus, estamos em união igualmente uns com os outros. Veremos isso com mais clareza à medida que cada vez mais considerarmos nossos relacionamentos a partir da perspectiva do Cristo, como Jesus via os outros, em perfeita união com nosso Pai-Mãe Deus.

Tony Lobl 
Redator-Adjunto

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