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Original para a Internet

Dificuldades em lidar com o perfeccionismo?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 22 de maio de 2023


Eu estava me sentindo sobrecarregada com tudo o que precisava fazer. Tinha muito dever de casa, estava com vários projetos grandes, cujo prazo de entrega se aproximava, além de algumas questões que me preocupavam com relação a amigos.

Uma noite, senti que tudo isso se tornara um fardo demasiado pesado para mim. Minha mãe me perguntou qual era o problema, e quando eu lhe disse o que era, mencionei também que não queria orar a respeito dessas coisas, porque isso parecia ser uma tarefa a mais, e daria muito trabalho.

Minha mãe concordou que uma longa lista de preocupações realmente poderia me deixar sobrecarregada. Mas ela disse algo em que eu nunca havia pensado. Disse que talvez, aparentemente, eu tivesse uma série de problemas mas, por trás dessa aparência, a questão poderia ser a mesma em todos eles. Ela então me explicou que, quando chegamos à raiz de um problema, fica muito mais fácil resolvê-lo. E isso nos possibilita também orar de modo mais eficaz, porque tratamos da questão que está por trás de tudo, e não somente do que é visível.

Então, pensei no que poderia estar acontecendo no fundo do meu pensamento, e algo chamou a minha atenção. Já fazia bastante tempo que eu me debatia com um problema de autoconfiança, e era difícil ser simplesmente eu mesma na escola. Preocupava-me o tempo todo com cada coisa que fazia, e como isso afetaria a opinião dos outros a meu respeito. Dei-me conta de que eu estava me esforçando para ser humanamente perfeita, e que estava colocando uma enorme pressão sobre mim mesma, quanto ao desempenho escolar e minhas amizades. Eu também queria que os meus amigos me achassem “perfeita”, porque pensava que as pessoas iriam gostar mais de mim se eu não tivesse nenhum defeito.

Uma das coisas sobre as quais minha mãe e eu conversamos foi o fato de que Jesus é um ótimo exemplo de como devemos pensar, quando se trata de perfeição. Ele vivia o amor e não se preocupava com o que o mundo pensava a respeito dele. Jesus estava interessado somente em cumprir a missão que Deus lhe havia dado. Ele confiava na sua individualidade espiritual porque sabia claramente que ela se originava em Deus.

Jesus inclusive desobedecia, sem qualquer temor, a certas regras vigentes na época; ele curava no sábado e ajudava pessoas com as quais ninguém queria se relacionar — pessoas excluídas, rejeitadas pela sociedade. Se Jesus tinha padrões de conduta mais elevados, por que se relacionava com aquelas pessoas? Porque via as boas qualidades que elas tinham — via quem elas eram realmente, como Deus as havia criado — e percebia o desejo que tinham de serem curadas. Se Jesus estivesse preocupado com o fato de que suas ações afetariam sua imagem, ele não teria curado aquelas pessoas. Por outro lado, aqueles tidos como perfeitos por muitos, na sociedade, eram autoridades religiosas, embora muitas vezes fossem arrogantes e hipócritas.

Essas ideias me ajudaram a compreender que grandes realizações, popularidade e prestígio social não são sinônimos de perfeição. O exemplo de Jesus me mostrou que a perfeição tem a ver com reflexo — ou, mais especificamente, consiste em sermos o reflexo de Deus. Mary Baker Eddy descreve a natureza desse reflexo em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras como “Deus perfeito e homem perfeito” (p. 259). Sei que já sou esse “homem perfeito”, mesmo que eu não me veja assim o tempo todo. Mas, sempre posso me empenhar para reconhecer e expressar minha individualidade dada por Deus.

Por isso, é importante seguir a orientação divina e saber que nossa identidade, nossa inspiração e nossas ações têm sua origem em Deus. Quando deixamos de nos preocupar tanto com a opinião que achamos que os outros têm de nós e, em vez disso, nos concentramos na maneira como refletimos a Deus em todas as situações, podemos abandonar a busca pelo perfeccionismo humano e passar a viver a perfeição como a de Cristo, a qual nos trará o sentimento de satisfação e realização.

Essa compreensão trouxe uma grande mudança em meu pensamento a respeito de todas as dificuldades com as quais eu vinha me debatendo. Compreendi que não tenho de ser alguém sem defeito para que as pessoas gostem de mim. Também não estou mais tentando ser a melhor em tudo. Em vez disso, entendo mais claramente que todo mundo (inclusive eu mesma) é uma expressão individual de Deus, com talentos diferentes, que eu posso reconhecer e valorizar.

Agora não fico mais tão preocupada com o que os outros pensam a meu respeito, e estou me concentrando mais em ser um bom exemplo das qualidades de Deus. Em vez de tentar me aperfeiçoar humanamente, estou buscando o meu crescimento espiritual, pois esse crescimento é que traz muito mais satisfação.

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