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Original para a Internet

Não é uma disputa entre Deus e a enchente

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de junho de 2024


Em 1993, uma inundação sem precedentes afetou grande parte do Centro-Oeste dos Estados Unidos, e o aumento no nível dos rios inundou a cidade onde meu marido e eu morávamos. A água ficou dentro de muitas casas, inclusive a nossa, por um mês. Durante a enchente e na reconstrução da casa, tivemos provas evidentes de que Deus, o Amor divino, está sempre presente e cuidando de Seus filhos, confirmando que não podemos perder o bem. (O relato completo, em inglês, dessa experiência, consta do testemunho de Victoria Fredrickson, “Jesus disse: ‘No mundo passais…’ ”, The Christian Science Journal, setembro de 1996, com contribuição de Craig R. Fredrickson.) 

Dois anos depois daquela enchente, o rio começou a transbordar novamente. Foram colocados sacos de areia para proteger as casas de nosso quarteirão. As autoridades municipais comunicaram que deveríamos estar preparados para tirar tudo de nossas casas novamente. Eu estava em casa com nossos dois cachorros, sentindo-me esgotada, vendo a água que começava a entrar por um dos lados do quintal. Não podia acreditar na previsão de que nossa casa, que havia sido inundada uma única vez em seus cento e cinquenta anos de história, ficaria novamente debaixo de água!

Entre lágrimas de desespero, ouvi a orientação clara de Deus para eu afirmar em voz alta o que sabia ser a verdade sobre a presença e o poder do Amor divino. Levei os dois cachorros para o quarto e comecei a cantar hinos do Hinário da Ciência Cristã. Uma estrofe de um dos hinos deu fim a meu senso de autopiedade:

Tu nos mostras onde ir,
Obedientes, avançamos,
Mesmo em meio à aflição,
Tua calma se reflete, 
Nesta senda, só avante,
Mansos, calmos, pacientes.
(Edith Gaddis Brewer, No. 85, trad. © CSBD)

Ponderei profundamente o significado das palavras “Mesmo em meio à aflição, / Tua calma se reflete”. Percebi que eu estava acreditando haver duas forças em ação — uma boa e outra má. Ao pensar na situação como se fosse Deus contra as águas da enchente, eu desesperadamente estava implorando a Deus que retivesse as águas. A mensagem do hino, no entanto, mostrou que precisamente onde os sentidos físicos indicavam torrentes de “aflição”, exatamente ali, a “calma” de Deus se refletia.

Compreendi que, naquele momento, o único poder e presença era Deus. As águas da enchente não eram um poder, nem uma substância que se opunha a Deus e que Ele precisava deter ou controlar. Todo o poder pertence a Deus, e Deus, o Espírito, é a única substância. Sob Seu controle harmonioso não há inundação — não há nada que possa ameaçar, destruir ou ser destruído. O medo que inundava meu pensamento desapareceu. Senti-me completamente em paz.

A partir daquele momento, parei de verificar se a água estava subindo. Compreendi que a única coisa que eu tinha de fazer era ser testemunha da onipotência, onipresença e oni-ação de Deus, por isso mantive meu foco no que Deus é, e no que Ele está fazendo. Em pouco tempo, a água baixou e não entrou em nenhuma casa de nossa cidade.

O livro de Isaías, na Bíblia, contém a declaração de Deus: “Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces” (45:5). Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, escreveu: “Desde o Gênesis até o Apocalipse, as Escrituras dão a nota tônica da Ciência Cristã, e este é o tom constante: ‘Porque o Senhor é Deus, e não existe outro além dEle’ ” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 366).

Como podemos perceber, e melhor compreender, a natureza infinita de Deus como Amor inesgotável, Mente ilimitada e Princípio sempre atuante? Precisamos estar dispostos a ampliar nossa concepção de Deus e abandonar as perspectivas limitadas e materiais que tentariam depreciá-Lo. À medida que compreendemos que Deus é infinito — que preenche todo o espaço e possui todo o poder — percebemos que tudo o que difere de Deus não tem existência, nem poder, nem presença, nem ação.

Deus quer que O conheçamos. A Bíblia promete que a “…glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá…” (Isaías 40:5). A todo momento Deus Se revela à Sua criação como sendo o Bem, para que todos conheçamos o todo-poder da Mente e a constante presença do Amor.

A Bíblia está repleta de exemplos em que o Cristo, a Verdade, abre os olhos das pessoas para que tenham uma percepção mais clara de Deus como todo o poder e toda a presença. Quando Hagar e seu filho ficaram sem água no deserto, a oração abriu os olhos dela para que visse um poço de água, símbolo do sempre presente e abundante cuidado e suprimento de Deus (ver Gênesis 21:14–21). Quando se viu cercado por um exército inimigo, Eliseu orou a Deus, e os olhos de seu servo foram abertos para que visse a proteção abrangente de Deus na forma de carros de fogo ao redor deles (2 Reis 6:8–17). Durante seu ministério de cura, Cristo Jesus abriu os olhos de cegos por reconhecer a realidade e a presença eterna do reino dos céus (ver, por exemplo, Mateus 20:30–34). Quando o autor do Apocalipse estava exilado em uma colônia penal na ilha de Patmos, seus olhos foram abertos e ele vislumbrou um novo céu e uma nova terra, e ouviu “…grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (ver Apocalipse 21:1–3).

Seja qual for a situação, podemos confiar em que Deus abre nossos olhos para Sua constante presença e Seu todo-poder, e assim sentir a segurança e a proteção reveladas por essa percepção espiritual.  

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