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Original para a Internet

Não há nada desconhecido para Deus

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 2 de janeiro de 2025


Quando um novo ano se inicia o futuro pode parecer brilhante, mas também assustador. Existem muitas coisas desconhecidas nesse futuro. 

Os habitantes da Grécia antiga tinham uma maneira própria de lidar com essa questão: eles acreditavam que poderiam evitar que coisas ruins acontecessem, aplacando a ira de cada um dos inúmeros deuses que, segundo eles, governavam a vida humana. Cada deus ou deusa tinha seu próprio templo ― e, para o caso de, acidentalmente, terem se esquecido de algum, os gregos construíram um altar extra dedicado “ao deus desconhecido”. Quando o apóstolo Paulo viu isso, decidiu ajudá-los a vencer a dúvida. Ele disse: “…esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17:23).

O Deus que Paulo anunciou ao povo de Atenas não era um dentre muitos outros deuses, nem tampouco um deus incognoscível. Paulo explicou o que a Bíblia ensina: existe apenas um Deus, e Ele é a causa única e o único Criador. Paulo assegurou aos atenienses que eles não precisavam temer o desconhecido porque Deus cuida de todos nós, Seus queridos filhos: “…pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos… Porque dele também somos geração” (Atos 17:28).

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a definição dada por Mary Baker Eddy ao termo desconhecido começa da seguinte forma: “Aquilo que só o senso espiritual compreende e que é desconhecido para os sentidos materiais” (p. 596). O senso material não conhece a Deus nem Sua criação. Mas a boa notícia é que cada um de nós possui um senso espiritual inato. Ciência e Saúde explica que esse senso espiritual “…é a capacidade consciente e constante de compreender a Deus” (p. 209).

Cada um de nós, por ser um filho amado de Deus, pode conhecer e compreender a Deus, porque Ele nos criou assim. Aprendemos na Bíblia que somos Sua imagem e semelhança, Seu reflexo espiritual. A Bíblia também nos diz que Deus, o Espírito, é “…tão puro de olhos, que não [pode] ver o mal…” (Habacuque 1:13). Como reflexo de Deus, conhecemos o que Deus conhece; por isso, em realidade, nós também só podemos conhecer o bem.

Entretanto, poucos são os que pensam que conhecem apenas o bem. Para onde quer que olhemos, vemos relatos de carência, perda, guerra, conflito, doença e pecado. Pode até parecer que conhecemos melhor o mal do que o bem. Contudo, à medida que aprendemos a silenciar os sentidos materiais e o relato de desarmonia que apresentam, podemos ouvir o Cristo ― a ideia espiritual da Verdade que está proclamando o eterno bem de Deus a todo instante. O Cristo preenche nossa consciência com a segurança de que Deus é, verdadeiramente, o único Criador e que, portanto, apenas aquilo que Ele cria é real.

Os sentidos materiais, incapazes de compreender o que Deus conhece, não podem fornecer nenhuma informação útil. O pecado, a doença, o conflito e a carência que esses sentidos apresentam não podem ter sido criados por Deus. Portanto, eles só podem existir como uma sugestão de que exista algo fora do controle de Deus, algo que Ele não criou. Essa sugestão é puramente mesmérica, uma mentira que se apresenta hipnoticamente como se fosse um fato. Eliminamos qualquer forma de mesmerismo ou hipnotismo quando a substituímos pelo que é verdadeiro. Como Deus é a Verdade, qualquer que seja o problema que estejamos enfrentando, podemos recorrer a Deus e a Seu controle inteligente da criação, em busca de ajuda e de respostas.

A experiência nos diz que continuaremos a ser confrontados com as sugestões do mal até que cheguemos ao ponto de estar constantemente conscientes apenas da presença de Deus e de Sua criação espiritual perfeita, e de nada mais. Mas Jesus, aquele que nos mostrou o Caminho, demonstrou que essas sugestões não podem interromper nosso progresso nem inibir, de alguma forma, nossa capacidade de fazer o bem, de sermos bons e de nos sentirmos bem. E ele nos mostrou que sempre temos o domínio que Deus nos dá sobre todas essas sugestões.

A maneira de nos prepararmos para superar desafios com rapidez e confiança consiste em não nos preocuparmos com o que possa estar “esperando” por nós no futuro, porque essa preocupação nega o poder e o domínio de Deus, os quais estão sempre presentes. Mas, à medida que silenciamos o senso material e nos empenhamos, a cada instante, para nos aproximar mais de Deus, o Espírito, fazendo com que nossos pensamentos e ações estejam alinhados unicamente com Sua lei espiritual do bem, vamos percebendo, cada vez mais, que não precisamos temer o desconhecido, porque passamos a ver o controle e o bem de Deus manifestados em nossa vida.

Certa vez, deparei-me com uma situação em que eu me sentia incapaz de tomar uma decisão. Havia muitos aspectos desconhecidos a serem considerados. Voltei-me para Deus em oração, na esperança de conseguir discernir qual opção conduziria a um futuro melhor. Mas então, compreendi que, de fato, havia apenas um futuro possível ― um futuro preenchido por Deus, o Amor e Sua bondade, bem como por minha capacidade e oportunidade de demonstrar esse fato. Meu propósito era fazer a vontade dEle e servi-Lo. Eu estava confiante de que, mesmo que humanamente parecesse ter tomado a decisão errada, eu não poderia me perder espiritualmente nem prejudicar outro filho de Deus. E a experiência, em si, seria uma bênção para mim e, certamente, para outros também. Fiquei grata, mas não surpresa, quando o resultado da decisão que tomei acabou abençoando a todos.

A definição do termo desconhecido, em Ciência e Saúde, continua da seguinte forma: “O paganismo e o agnosticismo talvez definam a Deidade como ‘o grande incognoscível’; mas a Ciência Cristã traz Deus para muito mais perto do homem, e faz com que conheçamos melhor a Deus como o Tudo-em-tudo, perpetuamente junto do homem” (p. 596). Os habitantes da Grécia antiga temiam e prestavam culto ao desconhecido. Nós somos livres para amar, adorar e, principalmente, conhecer o Tudo-em-tudo. Estamos envolvidos para sempre no Amor, que é Deus. Um futuro envolvido no Amor é um futuro que todos nós podemos acolher com alegre expectativa!

Lisa Rennie Sytsma
Redatora-Adjunta 

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