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Original para a Internet

Para Jovens

Quando um homem me abordou no shopping

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 22 de julho de 2024


Eu queria ficar livre do controle de meus pais — queria independência. Estávamos em 1975, e eu tentava encontrar meu caminho no mundo, nessa época das calças jeans de cintura baixa, blusas frente única, bandanas na cabeça, pés descalços e tudo o mais.

Em um certo fim de semana, eu estava desfrutando de um breve momento de liberdade enquanto fazia compras no shopping. Estava totalmente absorta em meus próprios pensamentos e completamente desapercebida do que se passava à minha volta.

Na saída de uma loja, um homem se aproximou e começou a conversar comigo. Era muito simpático, e me elogiou muito. Isso prendeu completamente minha atenção. Ele disse que trabalhava na produção de peças publicitárias, e queria que eu fizesse um comercial de spray de cabelo. Encontrar casualmente um produtor não era tão estranho quanto possa parecer, já que estávamos em Los Angeles, na Califórnia.

É claro que eu queria aparecer em um comercial! O homem até já tinha por escrito o texto do que eu deveria dizer, para que eu pudesse começar a ensaiar. Queria que eu fosse com ele ao estúdio, para ver como me sairia diante das câmeras.

Mas, uma voz em meu pensamento, que eu não podia ignorar, me dizia: “Primeiro, você precisa falar com sua mãe!” Como não havia telefone celular na época, liguei para minha mãe de um telefone público, no próprio shopping. Ela concordou que o produtor fosse se encontrar com ela, mas eu não deveria entrar no carro dele e deveria voltar para casa com meus próprios meios.

Quando ele chegou em nossa casa, entregou à minha mãe seu cartão de visitas, e nós três nos sentamos na sala para conversar sobre minha nova carreira. Minha mãe lhe fez muitas perguntas, e ele respondeu a todas elas. Ela disse que não me deixaria ir sozinha ao estúdio, e que ela teria de ir comigo. Ele concordou, agradeceu pela atenção e disse que mandaria um carro para nos buscar no dia seguinte.

Mas o carro nunca apareceu. Quando liguei para o número de telefone que constava no cartão de visitas, a pessoa que atendeu disse que não conhecia ninguém com aquele nome nem com o cargo que aparecia no cartão. Era tudo mentira.

Minha mãe disse que havia orado a respeito daquela situação. Ela estudava a Ciência Cristã, e minhas irmãs e eu tínhamos de frequentar a Escola Dominical da Ciência Cristã. Eu não queria saber disso, mas não tinha escolha. Contudo, quando ficou claro que as intenções do homem não eram boas, reconheci que as orações de minha mãe haviam feito uma grande diferença para me manter a salvo do perigo.

Minha mãe me ajudou a perceber que eu realmente fora protegida. Ela observou que aquele homem não poderia ter visto meu cabelo, que estava coberto com a bandana. Então, como poderia ter pensado que eu seria uma boa opção para um comercial de produtos para o cabelo? Fiquei arrasada pelo fato de meu sonho ter sido destruído, mas, apesar da decepção, eu ainda estava grata por não ter acontecido algo pior, por não ter sido sequestrada nem sofrido nenhum dano.

Senti algo especial naquele dia, pois percebi que as orações de minha mãe tinham feito a diferença naquela situação. Na Bíblia, lemos que Deus diz: “…não temas, porque eu sou contigo…” (Isaías 41:10). Compreendi que Deus estava comigo, e havia me protegido para eu não cair naquela armadilha. Então reconheci que Deus está comigo em todos os lugares, quer eu esteja ou não pensando nEle. Esse acontecimento me mostrou que nossa “intuição” é Deus falando conosco. Por isso, embora eu não precise andar por aí com medo, posso ter sabedoria e prestar atenção a esse senso interior de orientação — a voz de Deus.

Sou grata por poder dizer que, depois dessa experiência, eu não passei a sentir medo, quando saía. Ainda que eu procure estar sempre atenta ao que se passa em meu entorno, também sei que Deus está sempre comigo, e essa certeza me mantém segura.

Mesmo que encontremos indivíduos que talvez pareçam mal-intencionados, a realidade é que todos somos criados à imagem e semelhança de Deus, como diz a Bíblia. Deus é bom, e nós também somos bons. Por sermos o reflexo de Deus, todos nós incluímos qualidades como pureza, bondade, inocência e segurança. Ao reconhecer essas qualidades em nós mesmos e nos outros, sentimos mais a proteção de Deus.

Anos depois disso, voltei a ouvir a mesma voz que me protegera naquela ocasião, dizendo que minha filha precisava de ajuda. Ela havia saído para se encontrar com uma pessoa, e eu não tinha ideia de onde ela estava. O pior era que ela não atendia ao telefone. Orei para reconhecer que ela estava sob o cuidado de Deus e, portanto, estava em segurança. Ela chegou bem em casa e me contou que uma situação assustadora havia sido vencida. Fiquei muito grata por ter sido lembrada de que estamos sempre sob o cuidado vigilante de nosso Pai-Mãe Deus, e de que a segurança é um direito nosso.

Seja qual for a situação, se prestar atenção à voz de Deus, você O ouvirá. E poderá contar com o cuidado dEle — assim como aconteceu comigo.

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