No ano passado, um amigo e eu fizemos uma viagem de carro pelo oeste do Canadá. Durante toda a viagem sentimos o amor, o cuidado e a orientação de Deus, em especial pela ajuda prestativa de pessoas que encontramos, e pela proteção durante nossas excursões de bicicleta pelas montanhas.
Uma experiência em particular me marcou. No início da viagem, compramos uma camionete para viajar pelo país. Logo ela se tornou nossa casa. O único desconforto era que não conseguíamos ficar em pé dentro dela. Quando cozinhávamos ao ar livre, eu entrava e saía do veículo constantemente, abaixando-me para pegar utensílios, temperos e comida. Essa era a parte de que eu não gostava. (Meu amigo era mais alto do que eu, então essa tarefa cabia a mim.)
Um tempo depois, uma dor persistente em minha perna esquerda começou a se espalhar e afetar as costas. Era tão forte que me fazia estremecer e enrijecer os músculos. Ao pesquisar no Google — o que não foi uma boa ideia — li que isso era devido à pessoa se curvar com frequência. Passei a não gostar nem um pouco de entrar e sair da camionete, até que minha mãe me mandou uma mensagem muito amorosa.
Ela me lembrou o fato de que Deus nos deu liberdade, e de que nada poderia me tirar essa liberdade. Essa ideia me fez reexaminar profundamente minha atitude. Uma frase em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, e que diz: “O Ser de Deus é a infinidade, a liberdade, a harmonia e a felicidade ilimitada” (p. 481), me fez ver que eu poderia viver em liberdade e harmonia onde quer que estivesse. Por acaso Deus me limitaria de alguma forma, só porque a camionete não era alta o suficiente? Claro que não!
Em vez disso, eu poderia ver a mim mesma como uma expressão perfeita, calma e flexível de Deus. A partir daquele momento, em vez de ver a camionete como um obstáculo, tentei ser grata por minha flexibilidade e por nossa pequena casa, sempre que entrava nela.
Pouco tempo depois, a dor desapareceu e, nos meses seguintes, fiquei completamente livre. Essa liberdade permanece até hoje.
Sou muito grata por essa cura e me lembro dela sempre que me deparo com outras situações difíceis.