Com a vasta gama de informações, conselhos e terapias disponíveis hoje em dia, alguns podem se perguntar por que alguém escolheria recorrer a Deus, em momentos de necessidade. Uma resposta irrefutável vem da experiência de Mary Baker Eddy, Descobridora da Ciência Cristã e de seu método de cura. Ela escreveu que o prelúdio de sua descoberta foi um desejo profundo que vinha desde a infância, o de “…buscar com afinco o conhecimento de Deus como o único grande e sempre presente alívio para as dores humanas” (Retrospecção e Introspecção, p. 31).
Durante muitos anos, sua busca a levou a aprofundar o estudo da Bíblia para aprender pelo exemplo de Cristo Jesus, que conhecia a Deus como Pai — “Pai nosso”, como ele começou a Oração do Senhor — e que declarou, com profunda compreensão, que “…a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
Jesus conhecia seu Pai, Deus, o Espírito, como onipresente, sempre atuante, o bem ilimitado, a fonte e a substância da vida; aliás, ele sabia que Deus era a própria Vida, totalmente separada de um senso material de existência.
Jesus tinha plena consciência de que a Vida divina expressa a natureza de Deus, o Amor e a Verdade, e é vivida graças aos pensamentos espirituais que em seguida assumem uma forma tangível em nossa experiência. Por conhecer a Deus dessa maneira, ele demonstrou o Cristo, o poder e a atuação do Amor, a Verdade e a Vida divinos, dissipando a crença limitante de que a vida esteja na matéria, e substituindo-a pela compreensão e evidência da vida eterna no Espírito.
Curando incontáveis problemas de saúde, físicos e mentais, bem como vencendo problemas sociais e eventos climáticos violentos, Jesus cumpriu seu propósito, para nós, hoje, “reconhecermos o verdadeiro [Deus]” (ver 1 João 5:20). Quando também a Sra. Eddy veio a conhecer a Deus como o Espírito, a Vida, ela compreendeu que a vida eterna é totalmente espiritual e harmoniosa — livre dos problemas associados ao conceito de que a vida seja material. O fato de que a vida é espiritual despontou em seu pensamento receptivo, quando ela se acidentou gravemente. Como resultado dessa compreensão, ela se curou espontaneamente e quis aprender como curar os outros da mesma maneira.
Ela estudou a Bíblia por vários anos mais, até ter a certeza de que havia descoberto as leis divinas por meio das quais Jesus e seus discípulos haviam curado, e pôde provar que a vida eterna é a verdadeira vida de todos, agora mesmo. Ela apresentou sua descoberta no livro‑texto da Ciência Cristã e alicerçou o livro nos ensinamentos de Cristo Jesus, escrevendo no Prefácio que conhecer a Deus corretamente “é a Vida eterna” (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. vii).
Conhecer e compreender a Deus é a base da oração que alivia não só as dores humanas individuais, como a tristeza, o medo, o pecado e a doença, mas também os problemas do mundo. É tão simples ter um único lugar no qual pedir ajuda: Deus! É por isso que desejamos conhecer a Deus.
Nas páginas de Ciência e Saúde, aprendemos a conhecer a Deus de uma maneira que pode ser prontamente compreendida e aplicada em todos os aspectos da vida. Aprendemos que a natureza de Deus tem muitas facetas, todas de igual valor para produzir e manter a harmonia e o bem-estar. Deus é, não somente o Espírito, a Vida, a Verdade e o Amor onipotentes, mas é também a Mente, a Alma e o Princípio do bem perpétuo.
Na Bíblia, aprendemos que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança — para ser como Ele. Podemos entender, então, que, quando conhecemos a Deus, conhecemos a nós mesmos como a semelhança dEle, refletindo todas as qualidades do Espírito, da Vida, da Verdade, do Amor divinos. Também podemos reconhecer que parentes, amigos, colegas de trabalho, até mesmo figuras públicas, são a semelhança de Deus — expressões espirituais da Mente divina. À medida que compreendemos nossa relação com Deus e fazemos com que a maneira como vivemos seja um testemunho dessa compreensão, nós demonstramos a vida eterna, a realidade da Vida que está além e acima de qualquer limitação física.
Conhecendo a plenitude de Deus como o Espírito, a Vida, a Verdade, o Amor, a Mente, a Alma e o Princípio, temos ao nosso alcance o aspecto específico da natureza divina que nos trará cura, orientação, conforto e clareza — seja qual for a necessidade do momento. Por exemplo, conhecer a Deus como a Mente única infinita, que é perfeita e eternamente refletida pelo homem, elimina a crença errônea de que a capacidade mental possa ser perdida, e assim restaura a clareza mental.
Conhecer a Deus como a Alma, que manifesta no homem maneiras belas e divinas de pensar e agir, nos liberta de traços negativos de personalidade. Além disso, a paz, a alegria e a harmonia da Alma, que o homem naturalmente manifesta, eliminam o estresse.
Talvez conheçamos melhor a Deus como o Amor — o Amor puro, imutável, todo-abrangente. Saber que todos refletem esse Amor divino como parte de sua própria natureza, por meio de qualidades como desprendimento do ego, paciência e cooperação, cura relacionamentos conturbados.
Nós vivemos pela mesma lei da Vida que governava a Jesus. Conhecer a Deus como nossa Vida nos liberta do medo da doença e da morte. Por sermos expressões espirituais da Vida divina, não estamos sujeitos à crença de que a doença, a idade, as alegações de mau funcionamento ou deterioração sejam reais e inevitáveis. Pelo contrário, vivemos a Vida eterna, que sempre foi, é, e sempre será perfeita. Refletimos a perpétua energia, atividade e liberdade da Vida, que nunca termina nem diminui, nem sequer minimamente.
Conhecer a Deus como o Princípio divino da harmonia subjacente a todas as leis que governam o homem e o universo nos dá o rigor espiritual de que precisamos para lidar com as tendências adversas na política, na economia e no meio ambiente. E conhecer a Deus como a Verdade sempre presente, a fonte de todo o verdadeiro conhecimento, incute em nós a compreensão espiritual que erradica qualquer senso errôneo de que a vida seja mortal, material ou imperfeita. Isso nos dá a liberdade para percebermos que vivemos no reino de Deus agora, e que somos governados pela lei divina do bem.
Esses são apenas alguns dos muitos motivos para conhecermos a Deus! Aliás, quando a Sra. Eddy encontrou o verdadeiro conhecimento de Deus e do homem como a semelhança de Deus, ela foi curada da invalidez crônica de que sofria desde a infância, e dedicou a segunda metade de sua vida a apresentar ao mundo o efeito transformador de se conhecer a Deus.
Ela fundou A Igreja de Cristo, Cientista, com suas filiais ao redor do mundo, para ser atuante nas comunidades ao propiciar a alegria de se conhecer a Deus como o “alívio para as dores humanas”. Para os membros de uma igreja filial na Pensilvânia, ela escreveu: “Deus é nosso Pai e nossa Mãe, nosso Pastor e o grande Médico; Ele é o único verdadeiro parente do homem, na terra e no céu” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 151). Conhecer a Deus como nosso Pai e Mãe — nosso Pastor e nosso Médico — significa saber onde podemos infalivelmente encontrar amor, apoio, conforto, orientação e cura. Que perspectiva maravilhosa!