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A Continuidade do Bem

Da edição de abril de 1959 dO Arauto da Ciência Cristã


Somos inclinados a pensar que a experiência humana consiste de períodos alternados de expressar o bem e de vencer o mal? Somos tentados a crer que justamente quando começamos a sentir a continuidade do bem é que surgem pretensões do mal a serem enfrentadas? Depende o nosso progresso das flutantes circunstâncias da crença mortal? Ou será êsse progresso algo em que podemos ser peritos, por assim dizer?

Ouçamos a Bíblia sôbre êste assunto: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças” (I Tesalonicenses 5:16-18) ; “Fazei tudo para glória de Deus” (I Coríntios 10:31). Èstes mandamentos significam que podemos desfrutar de uma continuidade de amor, discernimento e inspiração, apesar da ilusória oposição do senso material. Como? Porque a graça de Deus nos deu a norma de conduta na Vida, que se opõe cientìficamente ao problema do mal.

Cristo Jesus demonstrou a norma da Vida. Com compassiva inteligência e denodada alegria, demonstrou êle os altos e baixos da experiência cotidiana. Possuia equilíbrio espiritual, porque a base de seus pensamentos e ações era a bondade e a totalidade de Deus. Sendo a norma da Vida científica, a norma da perfeição espiritual e sem fim, ela nós é possível hoje. Cada um de nós pode encontrar esta norma de conduta progressivamente através do estudo e da demonstração da Christian Science, descoberta e fundada por Mary Baker Eddy.

O Cientista Cristão dedicado vê nos problemas que o defrontam oportunidades para demonstrar o poder de Deus, não catástrofes; vê alpondras, não empecilhos. Porque Deus, o bem, é o único criador, o mal é somente a contrafação do real. Tôda investida do mal deveria, portanto, fazer o estudioso lembrar-se da substância espiritual oposta, que o mal procurar inverter ou esconder.

O estudioso encontra estímulo nesta declaração de Mrs. Eddy no Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), à página 267: “O pensamento é derivado de uma fonte mais alta que a matéria, e os erros, por meio de sua inversão, servem de postes indicadores até à Mente única, na qual todo êrro desaparece ante a Verdade celestial.”

À medida que utilizarmos as necessárias qualidades espirituais, veremos surgir a evidência exterior do bem. Eliseu não perguntou à viuva pobre: “O que lhe falta?” Perguntou (II Reis 4:2): “O que tens em casa?”

A resposta foi: “Tua serva não tem em casa senão uma botija de azeite.”

Pediu então Eliseu que ela deitasse o azeite em todos os vasos vazios que houvesse. O resultado foi provisão em abundância. O necessário, portanto, não é obter, mas dar, dar as qualidades espirituais inexauríveis de Deus, o bem, que refletimos.

Quando o Cientista Cristão tem a combater pecado, doença ou qualquer desharmonia, êle trabalha e ora para estabelecer os fatos da perfeita concórdia, até que a evidência do mal ceda ao fato indestrutível, espiritual. À medida que seu discernimento espiritual da perfeição cresce, as sugestões do mal fazem-no volver-se mais e mais para Deus até o reconhecimento da totalidade da bondade de Deus e Sua criação tomar posse da consciência e silenciar as sugestões contrárias.

O mandamento “Faze tudo para glória de Deus” simplifica a experiência. Vemos que conquistar o êrro e explorar a Verdade são, em análise final, dois aspectos da demonstração da Verdade e, conseqüentemente, são uma glorificação de Deus.

Temerosa de oposição e influência mental adversa, uma senhora disse certa vez em tom compassivo a um Cientista Cristão: “O senhor deve ter tanta coisa a enfrentar.”

“Sim”, foi a sua resposta substanciosa, “enfrento a bondade de Deus por tôda parte.”

Estaremos deixando, inversamente, o êrro nos lembrar a Verdade, a bondade de Deus por tôda parte?

A Ciência do Cristianismo nos fornece maneira resoluta de aperfeiçoamento. Obedecendo a esta Ciência, não seremos levados ao orgulho pessoal nos momentos de exaltada inspiração, tampouco perderemos a calma ao descobrirmos o mal, em nós próprios ou no mundo.

Vemos que não há dois padrões muito diferentes de ação cristã—a conquista do mal e a demonstração do bem. Pelo contrário, começamos a descobrir que a experiência pode se tornar um contínuo desvendamento do bem em que corajosamente enfrentamos e invertemos o mal e estabelecemos a verdade.

Então examinaremos a agressão do mal, não como uma coisa que devemos deplorar, com queixas e alarma. Mas admitiremos que a nossa resposta individual ao mal, isto é, nossa crença de que o mal em outra pessoa tem algo de verdadeiro, não é senão uma advertência de que temos iguais faltas em nosso próprio pensamento que precisam ser curadas.

No seu penetrante artigo intitulado “Ofender-se”, à página 224 do Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), diz Mrs. Eddy: “É o nosso orgulho que faz com que a crítica dos outros nos irrite, a nossa obstinação que torna ofensivos os atos alheios, o nosso egotismo que se sente magoado com justificativas alheias.”

O caminho a seguir, portanto, é o de uma dedicação mais profunda dos nossos pensamentos ao desenvolvimento do bem em nossas vidas, uma inversão mais rápida dos erros que nos apresentam, mais devotamente na correção de si próprio. E com tudo isto, deverá vir uma alegria mais fecunda, que não tem tempo para construir abstratos castelos no ar, mas é capaz de converter a experiência cotidiana em um descortinamento da bondade de Deus por tôda parte.

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