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“Vendo só a Tua criação”

Da edição de abril de 1959 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Bíblia estão escritas estas palavras (Gênesis 1:31): “Viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom.” E João diz-nos. no primeiro capítulo de seu Evangelho, que tôdas as coisas foram feitas por Deus e que nada foi feito sem Êle. Não obstante estas declarações tanto do Velho como do Novo Testamento, muitas pessoas ainda acreditam que o mal vem de Deus.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, trouxe à luz a falsidade desta crença de que Deus manda o mal. Ela nos chama a atenção para a existência, no Gênesis, de dois relatos distintos da criação: o verdadeiro, dado no primeiro capítulo e nos primeiros versículos do segundo capítulo; e, a seguir, o falso, no segundo capítulo e nos posteriores, no qual entra o mal.

Jesus conhecia a verdade da perfeição da criação tão claramente, que foi capaz de curar tôdas as espécies de enfermidades. Mrs. Eddy nos diz no livro-texto da Christian Science, Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saùde com a Chave das Escrituras, pp. 476, 477): “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali onde aos mortais aparece o homem mortal, pecador. Nêste homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e êste modo correto de ver o homem curava os enfêrmos.” E por sua compreensão do homem perfeito, Mrs. Eddy realizou muitas curas notáveis.

Nosso dever, como Cientistas Cristãos, é, pois, esforçar-nos, em tôdas as ocasiões, por ver o homem perfeito e rejeitar como irreal o que é mortal e material. Como se deve fazer isto? Devemos começar por ser obedientes ao Primeiro Mandamento (Êxodo 20:3): “Não terás outros deuses diante de mim.” Não estaremos obedecendo a êste mandamento, se estivermos vendo um homem mortal e uma criação enfêrma ou pecaminosa, pois estaremos, então, crendo noutro criador; estaremos tendo outro deus.

Ao filiar-nos À Igreja-Mãe, temos que subscrever-lhe os Artigos de Fé, dos quais o segundo diz (Science and Health, p. 497): “Reconhecemos e adoramos um só Deus supremo e infinito. Reconhecemos Seu Filho, um só Cristo; o Espírito Santo ou Consolador divino; e o homem feito à imagem e semelhança de Deus.” Nada de enfêrmo ou pecaminoso poder haver no homem, que é a imagem e semelhança de Deus.

Quando alguma falsa característica aparece em nós ou em alguém com quem estejamos associados—em casa, no escritório ou na igreja—não deveríamos imediatamente reconhecer a irrealidade do êrro que se nos defronta e repreendê-lo? Quando tentados a criticar outros indevidamente, lembremo-nos das palavras de Jesus no seu Sermão da Montanha (Mateus 7:1, 2): “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juizo com que julgardes sereis julgados.”

Quando vemos a imperfeição e nos recusamos a invertê-la, estamos crendo no segundo relato do Gênesis acêrca da criação—o inverídico em que o homem é falsamente apresentado como separado de Deus, e, assim, sujeito ao pecado e à enfermidade. À medida que mudamos nosso modo de pensar e nos apegamos firmemente à verdade da criação de Deus e negamos o que é falso, ajudaremos nosso próximo.

O Apóstolo Paulo, falando da fraternidade do homem, escreve (I Corintios 12:13): “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo.” A seguir, passa a comparar-nos com os diferentes membros do corpo humano, mostrando o quanto qualquer membro é indispensável a outro.

Assim deveria ser com todos os membros de um lar, de uma organização comercial ou de uma igreja. Vemos que, em realidade, somos tão essenciais uns para os outros, quanto o são os membros do corpo.

Quando vemos esta verdade e agimos de acôrdo com ela, estaremos tomando parte no estabelecimento da verdadeira fraternidade do homem sôbre a terra, que é apenas o padrão da unidade real que existe no céu. Paulo diz-nos, em Efésios, que “todos chegaremos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (4:13).

Numa ocasião, a articulista demitiu-se do cargo que ocupava num departamento, para transferir-se para outro. Quando soube dessa demissão, seu superintendente mostrou-se injusto, pouco amável e ingrato para com ela. Não lhe expressou apreciação pelo serviço que ela havia desempenhado para êle. A princípio, ela sentiu-se magoada com sua atitude. Depois, começou a consolar-se com justificação própria, pois achava que tinha razão e que êle estava errado.

Continuando a refletir sôbre a situação, ela fêz esta pergunta a si mesma: “Estou obedecendo ao mandamento de amar meu próximo como a mim mesma; estou vendo o homem perfeito da criação de Deus?” Depois de lutar consiga mesma, tornou-se consciente da presença do Amor divino, Deus, e então pôde ver seus semelhantes como em realidade são, os filhos de Deus. Dias depois, seu antigo superintendente procurou-a e agradeceu-lhe os bons serviços por ela prestados e desejou-lhe felicidade no novo serviço.

Quanta discórdia e infelicidade seriam evitadas se pudessemos, em tôdas as ocasiões, e sob tôdas as circunstâncias, ver o homem perfeito, o homem espiritual da criação de Deus, em vez de um ser humano que erra. Veríamos, então, cumprida a felicidade de que fala o hino 58 do hinário da Christian Science:

Em Tua casa seguros moramos,
Onde Teus filhos vivem para abençoar.
Vendo só a Tua criação,
Podemos participar de Tua felicidade,
Participar de Tua alegria e dá-la livremente.
Os corações leais não podem sentir mêdo;
Nós, Teus filhos, a Ti, Pai,
Amor e Vida, Te sabemos sempre perto.


As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me inteligência para entender os teus mandamentos.—Salmo 119:73.

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