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Sucesso

Da edição de abril de 1959 dO Arauto da Ciência Cristã


É grande nêste mundo a diversidade de opiniões sôbre o que significa sucesso e os meios de alcançá-lo. Sucesso, para muitos, é algo essencialmente material, materialmente evidenciado, medido de acôrdo com as normas materiais, alcançado por meios e métodos do mundo, e na luta por reconhecimento e sucesso concordam em que os fins justificam os meios. Para outros, as realizações intelectuais constituem o ponto alto da vida, e há os que acham que o sucesso é encontrado no reino da santidade, inteiramente aparte das posses materiais, devendo ser conseguido através do asceticismo, portanto, aceitam a pobreza como virtude cristã e prova de humildade e devoção.

A Christian Science* dissipa essa confusão do sentido com a explanação científica de que sucesso é bàsicamente espiritual, que pode ser alcançado sòmente por meios em harmonia com esta finalidade espiritual, o qual uma vez demonstrado, manifesta-se preliminarmente como elevada estatura espiritual, acompanhada de mostras exteriores de grande utilidade, saúde, felicidade básica e ampla provisão material.

Embora tal sucesso seja a demonstração de um indivíduo, suas bênçãos não estão restritas a êle, mas trazem benefícios a todos aquêles preparados a reconhê-lo e nêle se inspirarem. O verdadeiro sucesso é inseparável do progresso espiritual. Nunca é alcançado a expensa de outros, mas, pelo contrário, a satisfação genuina pelo sucesso de outros mantém aberta a porta para o reconhecimento espontâneo da lei do bem e a certeza também de sua operação em sua própria experiência.

Sucesso vem de Deus, Espírito, o Amor divino; é a medida do nosso serviço a Êle. Sucesso, portanto, não é pròpriamente uma finalidade; é uma conseqüência daquêle serviço. Requisito para sucesso é, portanto, o reconhecimento que as ambições e realizações humanas, para serem corretas, devem servir um propósito divino, que a ninguém lesa, mas a todos traz proveito. Porque o reconhecimento de nosso trabalho—que inclui a sua justa recompensa—origina-se em Deus, a expressão humana dêsse reconhecimento jamais deixará de se manifestar em resposta ao impulso divino no momento exato e nos melhores termos que as nossas circunstâncias e nossas necessidades exigirem.

Em Christian Science adquirimos domínio sôbre a crença de que a matéria, aliás a mente mortal ou a mente dos mortais, nos pode dar ou deter reconhecimento, recompensa e sucesso verdadeiros; que pode retardar ou impedir um único passo em nosso progresso espiritual. Sabemos, também, que antipatias pessoais, desentendimentos, fricções temperamentais e ciumes são desvios que tentam nos afastar do nosso sincero propósito de servir a Deus e, assim, nos privar de nosso sucesso.

Desânimo ante progresso aparentemente lento, falta de reconhecimento, ou demora da ambicionada recompensa só servem para nos tirar a atenção do nosso alto propósito e, dêsse modo, diminuir a intensidade dos nossos esforços. Êste falso senso de frustração pode nos destituir dos legítimos frutos de nosso trabalho, muitas vêzos quando de outra forma poderíamos estar prontos a tirar proveito dêles.

Ambição humana desmedida é outro obstáculo que a mente mortal usa para nos fazer tropeçar, pois enuvia o senso espiritual, assim nos cegando às possibilidades de um bem genuíno. Ambição de servir com desinteresse, inteligência e propósito nos inspira com amor e nos leva ao sucesso verdadeiro.

Estaremos relutantes ou impossibilitados de abandonar a contemplação das fricções, desentendimentos e contendas pessoais, ingredientes êstes de insucesso? Estaremos preocupados com o planejamento humano do que, quando ou como, achando que sem êle não conseguiremos sucesso na vida? Em suma, estaremos com receio de abandonar o aspecto material das coisas e confiar na orientação da Mente divina?

Lembremos o exemplo de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, que chegou, com reconhecimento e recompensa, ao mais alto sucesso espiritual jamais visto pelo mundo desde os dias de Cristo Jesus. No Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), ela nos assegura do alto de sua estatura espiritual: “Separando-vos das mutações do tempo e dos sentidos, não perdereis nem os objetivos e fins sólidos da vida nem a vossa identidade. Fixando vosso olhar nas realidades supernas, ascendereis à consciência espiritual do ser, qual o pássaro que, rompendo do ovo, as penas compõe para levantar vôo em direção ao céu” (p. 261).

Tenta-nos a sugestão de que nos falta capacidade para êxito nos empreendimentos, que não possuímos talento suficiente, que nos faltam certas vantagens naturais? Deus nos fornece tudo que temos a fazer e todos os meios para fazê-lo. O homem, a semelhança espiritual de Deus, está completamente habilitado para refletir Deus, e nisso o homem é de todo bem sucedido porque é reflexo. Mantendo-nos firmes nesta verdade, jamais nos faltará qualquer qualidade ou poder que fôr preciso para dar testemunho da natureza de Deus, ou o desejo e a oportunidade para o bom êxito dêste mais alto serviço. “Porque Deus é que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade,” escreveu Paulo (Filipenses 2:13).

O homem, na realidade, não precisa lutar por sucesso; êle já o inclui porque êle é o reflexo de Deus.

Porque a realização verdadeira é reconhecida e recompensada por Deus não pode carecer de nenhum elemento do bem. Por esta razão, é desnecessário a quem quer que seja perder a sua saúde no processo de estabelecer com êxito um negócio ou de crer que a fim de poder conservar sua saúde precisa abandonar o seu trabalho. É também a busca do sentido errado de sucesso que faz com que se percam o respeito e a afeição de seus semelhantes.

Sucesso então não é tanto uma ambição distante como uma consecussão diária. Não pode ser avaliado por nenhuma forma visível de recompensa imediata, mas pela qualidade de nossos pensamentos e modo de viver diários. Uma vida bem sucedida é uma vida frutífera, uma vida de felicidade diária devido a nossa prestabilidade diária sob a orientação de Deus. Foi com referência ao homem assim distinguido que o Salmista cantou (Salmo 1:3): “Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará.”

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