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“Quando se manifestar, seremos semelhantes a êle”

Da edição de abril de 1959 dO Arauto da Ciência Cristã


Em seu consultório, ao fim de um dia movimentado, uma praticista da Christian Science pôs-se a meditar sôbre o número de pessoas que havia recebido aquele dia, tôdas desejando auxílio para vencer uma desharmonia qualquer. Embora não se expressando exatamente nestas palavras, cada pessoa, no íntimo, formulara o pedido: “Ajude-me a libertar-me de um mal”—uma doença, falta de dinheiro para as necessidades imediatas, ou discórdias no lar.

Lembrou-se a praticista: “Ninguém me pediu que orassse para a manifestação do Cristo; no entanto, esta é a promessa (I João 3:2): ‘Quando se manifestar, seremos semelhantes a êle.’ Para que mais devemos orar senão para a manifestação do Cristo, a verdadeira idéia de Deus, na consciência humana, que necessàriamente dissipa qualquer crença em dor, moléstias, carência ou desarmonia?” Lemos em Colossenses (3:4): “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com êle em glória.”

O que estaria parecendo impedir a manifestação de Cristo? Seria algum traço de caráter, tal como obstinação, orgulho, pertinácia ou egoísmo? Seria preguiça mental, pouca vontade de aplicar as verdades que já nos foram ensinadas? Seria falta de compreensão do valor da Igreja e de Mary Baker Eddy e a sua missão no mundo?

O Cristo, que realmente impele a manifestação do verdadeiro ser do homem como filho de Deus, está sempre batendo à porta da consciência humana. O Cristo nos aparece sob diferentes formas: a uns, como um influxo de luz, ou compreensão espiritual; a outros, como uma sólida convicção da presença de Deus; e, ainda, para outros, como uma revelação de seu verdadeiro ser como filho de Deus.

Na bela história da mulher sunamita, no quarto capítulo de II Reis, lemos que, depois que deitou sôbre a cama o seu filho morto, ela fechou a porta e foi ao encontro de Eliseu, o homem de Deus. Ao saír assegurou ao marido: “Tudo vai bem.” Quão claramente o Cristo, a Verdade, foi manifestado a essa mulher!

Houve época em que me encontrava atormentada e amedrontada, sofrendo de um mal físico pertinaz, que não cedia nem ao meu próprio trabalho nem ao de um praticista da Christian Science. Sentada à beira da cama, certa manhã, declarei: “Bem, não vou mais fazer questão, nem vou mais me esforçar para resolver êste problema. Sei que, na realidade, não há matéria, matéria boa ou má; que não há matéria para ser curada nem melhorada. Tratarei apenas de viver uma vida que mais expresse qualidades divinas e conforme às leis e regras da Christian Science, como me foi ensinado.”

Eu sabia que podia levar avante êsse intento. Procurei corrigir o pensamento errado com a Verdade em vêz de procurar livrar-me de um estado físico errado. E o impertinente mal físico foi desaparecendo aos poucos, porque o Cristo, a verdadeira natureza do homem como filho de Deus, começou a se fazer sentir em mais alto grau.

Diz Mrs. Eddy em Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos): “Pecado de qualquer sorte tende a esconder de uma pessoa esta grande certeza na Ciência, que a manifestação do bem em um indivíduo envolve o desaparecimento do mal” (pp. 337, 338).

O que realmente almejamos é a manifestação do Cristo, a Verdade, mas isto não nos isenta da necessidade e da obrigação de reconhecer e negar o êrro que se apresenta. Contudo, não nos detenhemos demais no êrro, mas controlemos o mentiroso, o êrro, ou magnetismo animal que procura mesmerizar-nos fazendo-nos crer na existência de um poder oposto a Deus, ou maior que Êle.

Se um enredeiro conseguisse entrar em um lar e contasse qualquer coisa sabidamente falsa, o bom senso nos faria negá-la. Não há limites para as mentiras que o mentiroso, o êrro mortal, pode proferir; mas se recusamos a admitir a entrada ao enredeiro em nosso lar, a mentira carece de apoio.

Portanto, se recusamos ao mentiroso, isto é, ao mal, ou magnetismo animal, a entrada em nossa consciência e a sua permanência, suas mentiras não podem ser proferidas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31.)

No Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), diz Mrs. Eddy (p. 3): “Quem ficaria diante de um quadro negro rogando ao princípio das matemáticas que resolvesse o problema? As regras já estão estabelecidas e a nossa tarefa é aplicá-las para encontrar a solução.” Quaisquer que sejam todos os nossos aparentes problemas, a resposta já está estabelecida na Mente, mas as leis e as regras que levam à solução não devem ser apenas reconhecidas, mas obedecidas e praticadas como lei.

Tudo na criação de Deus está terminado, considerado e controlado por Deus. A vida torna-se tão mais simples quando tomamos conhecimento de que, depois de negar e fechar a porta ao mal, nada mais temos a fazer senão expressar Deus, sabendo que “Deus está cumprindo o Seu designio” (hino 82 do hinário da Christian Science). O Seu designio, sem dúvida, é que Cristo, a Verdade, se manifeste na consciência individual.

A manifestação de Cristo, a Verdade, parece vir a muitos de nós gradualmente, algumas vezes através de provações, sofrimentos e aflições. Mas esperemos pelo Cristo, pois certamente virá se o procurarmos como Deus nos ordena.

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