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O Valor da Paciência

Da edição de julho de 1959 dO Arauto da Ciência Cristã


Nêstes tempos acelerados em que vivemos, de recordes de velocidade alcançados por atletas, pilotos de avião a jato e teleguiados, talvez nos escape a importância e o poder da paciência. Eis duas das significações da palavra "paciência" dadas por um dicionário: "calma resistência ou domínio de si próprio" e "expectativa tranquila ou persistência no que já foi começado".

Muitos dos grandes personagens da Bíblia expressaram a qualidade de paciência nas provações por que passaram em suas vidas. Temos, por exemplo, Neemias, persistente na tarefa de reconstruir as muralhas de Jerusalem. Temos Ruth, calma na expectativa do bem durante os dias de humilde respiga nos campos de trigo. E Cristo Jesus, naturalmente, é o modêlo da paciência no Cristianismo pelo muito que fêz na expressão desta qualidade, até mesmo com relação aos seus perseguidores.

Formando contraste, encontramos nas Escrituras casos em que a impaciência por parte de certos povos levou-os ao insucesso e à perdição. Por exemplo, quando os filhos de Israel, vagando pelo deserto, murmuraram contra o Senhor, foram em seguida atacados por uma praga de serpentes ardentes.

Mas não precisamos nos restringir aos tempos bíblicos para encontrar tais exemplos. Olhemos o presente e constataremos que muitos acidentes de tráfego, contrariedades em casa, dificuldades no escritório e relações desharmoniosas podem ser atribuidas à falta de paciência.

O valor da paciência é salientado em numerosas passagens da Bíblia. Tiago aconselhou (1:4): "Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem falta em coisa alguma". E Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, ensina a seus estudiosos, no Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 454): "Esperai pacientemente que o Amor divino se mova sôbre as águas da mente mortal e forme o conceito perfeito. A paciência deve ter 'a sua obra perfeita'."

Forçar impacientemente o curso de uma ação antes que o Amor divino oriente e prepare o pensamento humano poderá retardar ou impedir o sucesso dessa ação. Precisamos nos entregar aos cuidados de Deus e esperar pacientemente que Deus, a Mente divina, "forme o conceito perfeito".

E se sentirmos ter pouca ou nenhuma paciência? Como desenvolver esta qualidade? Comecemos por reconhecer que, como respresentação ou reflexo da Mente, Deus, o homem inclui firmeza, que é humanamente expressa como pacência. Reconhecendo Deus como a fonte de todo bem, pode expressar mais serenidade, contrôle de si mesmo e calma, especialmente em ocasiões de atraso, decepção ou aflição.

Procuremos dar mais atenção às pessoas com as quais entramos em contacto em nossos afazeres cotidianos. E, através do reconhecimento da nossa verdadeira identidade como filhos de Deus, comecemos a eliminar do pensamento e da experiência características indesejáveis, tais como descontentamento, intolerância, vacilação, obstinação, desassocêgo e irritabilidade—tôdas elas companheiras inseparáveis da impaciência.

A impaciência é ladra. Procura nos tirar a paz, a alegria, o domínio que possuimos sôbre nós mesmos. Mas existe um meio seguro de banir essa criminosa de nossas vidas, ou seja, pela manifestação do Amor. À página 242 do Science and Health, Mrs. Eddy aconselha: "Em paciente obediência a um Deus paciente, trabalhemos para dissolver com o dissolvente universal do Amor a dureza do êrro—obstinação, justificação-própria e egoísmo—que luta contra a espiritualidade e é a lei do pecado e da morte."

Se desejarmos ser mais semelhantes a Deus, precisamos nos tornar mais pacientes procurando expressar o Amor divino. O indivíduo que já tiver vencido o seu eu e aprendido a ser cordato e despido de egoísmo na consideração dos interesses alheios, já terá avançado muito rumo à paciência.

Motivando a crença em falta de paciência encontra-se muitas vêzes a crença em falta de tempo, mêdo de ter deixado passar uma oportunidade ou não conseguir alguma coisa em determinado período. Um estudioso da Christian Science chegou a esta conclusão certa vez quando voltava para casa em hora de tráfego intenso. Calhou ficar atrás de um veículo que se movia com certa lentidão. Estando com pressa, foi-se deixando dominar pela impaciência e pela irritação. Tentou em vão passar à frente do carro que tanto o incomodava, mas não o conseguiu devido ao grande movimento nas vias adjacentes.

Afinal, resolveu acalmar-se e empregar o tempo em ponderar as palavras de um hino predileto, do hinário da Christian Science. Então, à medida que prosseguiu sem se perturbar, foi encontrando as sinaleiras tôdas com luz verde, permitindo-lhe, embora em ritmo lento, avançar com segurança e sem interrupções.

Como resultado, chegou em casa em menos tempo que de costume, sereno, descansado e de bom humor. Ganhara não só tempo, mas algo mais, de valor permanente: um conceito inteiramente novo de como dirigir, baseado em paciência e cortezia em vêz de impaciência e crítica.

A paciência derivada de Deus é uma qualidade que tem o poder de abençoar e beneficiar imensuràvelmente. É imperioso que estudiosos da Christian Science expressem mais paciência, pratiquem mais paciência, e orem mais paciência. Que se inspirem na simples porém sincera petição que Mrs. Eddy, no seu livro Poems (Poemas), dedicou "As Crianças Grandes" (p. 69):

"Amando, Vos procuro,
Meu bom Pai-Mãe,
Lento ou ligeiro,
Com paciência,
Chego a Vós."

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