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Gratidão pela Palavra Escrita

Da edição de julho de 1962 dO Arauto da Ciência Cristã


Em Deus há precioso dom
Que ignora mêdo e luta,
Que brilha, sereno e puro:
O dom da gratidão.

Essas linhas, do hino n.° 146 do hinário da Christian Science, expressam uma qualidade ativa e sustentadora do pensamento que o estudante sincero da Christian Science procura tornar sua e manter em tôdas as ocasiões.

No primeiro capítulo do livro-texto, Ciência e Saúde, Mrs. Eddy acentua a importância da gratidão. Ela pergunta (p. 3): “Somos realmente gratos pelo bem já recebido?” E continua com esta declaração: “Então aproveitar-nosemos das bênçãos que temos e assim estaremos preparados a receber mais.”

São incontáveis as bênçãos conferidas ao homem por seu Pai celestial, o Amor divino, e, muitas vêzes, no reconhecer e no relembrar minuciosamente essas bênçãos, ficamos livres de alguma forma de êrro agressivo que, antes, parecia não querer ceder. Por mais aflitiva que se afigure uma circunstância, um senso alegre de gratidão por Deus tem poder para quebrar o domínio mesmérico do êrro, convertendo assim a experiência em vitória espiritual.

Durante uma época de provação, quando o êrro parecia ter preponderância de poder, uma estudante da Christian Science empenhou-se sinceramente para encontrar o caminho da liberdade. Num esfôrço para enumerar as boas dádivas com que Deus a havia cumulado, ela fêz uma lista, por escrito, e verificou que as bênçãos que havia recebido lhe afluiam à lembrança com mais rapidez do que o lápis as podia anotar. Então, estas palavras lhe atrairam a atenção: “a palavra escrita”.

Chegada aí, ela parou de escrever e ficou de tal maneira absorvida nas idéias que se lhe apresentaram a seguir, que todo senso de problema pessoal se esvaneceu. Ela sempre se havia considerado agradecida pela Bíblia, a qual, através da palavra escrita, apresenta o Cristo que cura; agora, seu pensamento volveu-se para aquelas pessoas fieis que haviam trabalhado para dar ao mundo êsse Livro dos livros. Que coragem, que paciência e que desprendimento do eu não devem ter sido necessários, e que empecilhos não devem ter sido aqueles através dos quais aquelas pessoas responsáveis haviam perseverado!

A estudante viu que a palavra escrita havia preservado a grande riqueza de experiência e progresso cristãos. Paulo deve ter percebido isto quando afirmou (II Timóteo 3:16): “Tôda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para tôda boa obra.”

Mas, o que seria do progresso espiritual do homem, se essa dádiva tivesse sido retida? E o que sucederia se os fatos espirituais da criação nunca tivessem sido registrados; se a experiência por que os filhos de Israel passaram no deserto e a final libertação dêles nunca tivessem sido escritas para o encorajamento das gerações posteriores; se os Dez Mandamentos nunca tivessem sido inscritos; se os antigos videntes espirituais não tivessem deixado um relato de suas visões proféticas; ou se a experiência por que Jó passou nunca tivesse sido impressa num livro?

Tôdas essas coisas, assim raciocinou aquela estudante, haviam pavimentado o caminho para que Jesus realizasse obras maravilhosas entre os homens. Quantas vêzes o Mestre disse: “Está escrito”! Na experiência ocorrida no deserto, cada uma das tentativas que Satanás, ou seja, a mente carnal, fêz para demover Jesus de seu santo propósito, foi enfrentada, em primeiro lugar, pela mesma asserção positiva, “Está escrito”. A palavra escrita era a rocha sôbre a qual Jesus estava colocado no seu ministério de ensino e de cura bem como em cada uma de suas horas de provação. Acaso não são os registros bíblicos de suas realizações a autoridade que temos para resistir a tôdas as tentações de acreditar num poder oposto a Deus?

No quinto capítulo de João constam os esforços de Jesus para incutir naqueles que o ouviam sua verdadeira identidade como o Filho de Deus. Mais uma vez êle se referiu à palavra escrita como autoridade que se não pode pôr em dúvida. Êle disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”; e: “Se de fato crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto êle escreveu a meu respeito.”

Como resultado do esfôrço abnegado de Mrs. Eddy e da profunda visão interior e espiritual que tinha ela das Escrituras, o livro Ciência e Saúde elucida a Bíblia, a carta da vida, para aquêles que sinceramente buscam o Cristo, a Verdade. Sua elucidação das Escrituras bane tôda e qualquer pretensa contradição e levanta o véu de mistério que envolve aquelas partes que até agora pareciam transcendentais demais para a compreensão e a aplicação humanas.

A Bíblia e os escritos de Mrs. Eddy são bens de valor incalculáveis. Esforcemo-nos para manter sereno e puro em nossos corações o precioso dom de gratidão que Deus nos concede, e que tenhamos sempre na lembrança o amor e o trabalho abnegados daqueles que nos deram a palavra escrita, a Bíblia. Regozijemo-nos, também, de que, através de seus escritos, nossa Líder inspirada por Deus nos forneceu a chave que abre todos os tesouros espirituais da Bíblia.

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