Um de meus tesouros de infância era um odre de couro adquirido em Stratford sôbre o Avon, Inglaterra, o qual, segundo opinião geral, era muito antigo. De tão velho, o couro estava quase preto e havia perdido tôda a flexibilidade; por isso, o odre, como tal, já não tinha serventia. Era interessante apenas como curiosa lembrança histórica; se o usasse para o fim a que originàriamente se destinava — o transporte de líquidos — talvez se rompesse.
Mais tarde, isso trouxe-me à lembrança a espécie de vazilha de couro para conter vinho à qual Jesus se referiu quando disse (Marcos 2:22): “Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho, como os odres. Mas, põe-se vinho novo em odres novos.”
Às vêzes, um pesquisador da Ciência Cristã [Christian Science] fica perplexo com a insistência de que não se podem misturar as drogas e a Ciência, e que a melhora ou a cura da matéria não passa de uma eventualidade do método científico. Tôda ênfase é posta no desenvolvimento espiritual, e a cura física é tida como um produto acessório de tal desenvolvimento — mas apenas como produto accesório, não como primeiro resultado. Uma analogia que se estabeleça com o odre de couro talvez sirva para explicar êsse fato.
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