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“A hereditariedade não é lei”

Da edição de julho de 1963 dO Arauto da Ciência Cristã


A fim de podermos livrar-nos de tôdas as pretensas leis da heriditariedade e seus efeitos, é essencial que obtenhamos uma compreensão espiritual acêrca de Deus e do homem. Um dos pontos cardeais na Ciência Cristã [Christian Science], está por Mrs. Eddy declarado na página 178 de Ciência e Saúde: “A hereditariedade não é lei.” Por isso, a hereditariedade não é verdadeira nem real; o Espírito não a fêz nem a conhece.

Nós não precisamos aceitar aquilo a que se dá o nome de doenças hereditárias, do mesmo modo que não precisamos aceitar os sonhos noturnos de quem quer que seja. Essa Ciência declara que a existência mortal é um sonho do qual temos de despertar. Se, há muitos anos, meu bisavô tivesse sonhado que sofria dos pulmões, isto não significaria que algum dia eu teria de aceitar e sonhar êsse mesmo sonho. Lembremo-nos de que Deus, a Mente divina, é nossa verdadeira Vida, e, para a Vida, Deus, não há doença, nem sonho mortal, nem sonho noturno.

Em Ciência e Saúde lemos (p. 228): “A transmissão de doença ou de certas idiossincrasias da mente mortal seria impossível se êsse grande fato do ser fôsse compreendido — isto é, que nada de desarmonioso pode penetrar no ser, pois a Vida é Deus.”

Recuando até os dias do profeta Ezequiel, vemos que a Palavra de Deus foi revelada assim: “Que tendes vós, vós que, acêrca da terra de Israel, proferís êste provérbio, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram. Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, jamais direis êste provérbio em Israel” (Ezequiel 18:2, 3). Não é isto um forte indício de que a hereditariedade não é uma lei de Deus?

Além disso, centenas de anos mais tarde, os discípulos de Cristo Jesus propuzeram-lhe uma questão sôbre uma pessoa que havia nascido cega. Tenhamos em mente que êle é o nosso Guia, ao lermos esta pergunta (João 9:2): “Mestre, quem pecou, êste ou seus pais, para que nascesse cego?”

A resposta de Jesus destrói para sempre qualquer crença de que a hereditariedade possa ser real ou verdadeira: “Nem êle pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nêle as obras de Deus.”

Através de sua compreensão espiritual de Deus e do homem, Jesus curou aquela pessoa completamente. Pela restauração da visão dêsse homem, ficou provado que a crença na hereditariedade é nula e sem efeito. Então, não seria lógico concluir: Se meu Guia não acreditava em tal estado, por que devo eu acreditar nêle? O Espírito, Deus, está sempre tão presente e é hoje tão supremo como quando o Mestre palmilhou esta terra. De fato, a Verdade jamais teve e jamais terá comêço ou fim, uma vez que Deus é Tudo.

Na Ciência do ser, Deus, o bem infinito, é nosso único Pai. Como é maravilhoso saber que em realidade o Amor divino é Aquêle que nos fêz! Essa Mente infalível e que tudo inclui criou o homem inteiramente espiritual. O homem é a idéia perfeita, ou reflexo, de Deus. O homem, uma vez que é a imagem e semelhança exatas da Mente divina, não tem limite, não muda e está livre. Essa é a nossa verdadeira individualidade, ou identidade, como idéia do Amor.

O homem é a consciência espiritual, a manifestação completa e infinita da Mente única. O nosso corpo verdadeiro, então, é a corporificação, a verdadeira atividade e consciência espiritual, de tôdas as idéias da Mente. A perfeição de Deus está para sempre expressa na perfeição de Sua idéia, o homem. Para a Mente que tudo sabe, não há nenhuma crença geral ou universal na hereditariedade. A hereditariedade e o nada são a mesma coisa.

Quanto mais conscientes estivermos da infinidade do Amor, tanto mais compreenderemos a irrealidade do mêdo. Conseqüentemente, onde não há nenhum vestígio de mêdo, não pode haver traço, ou aparência, de doença. Essa é uma verdade demonstrável. O livro Ciência e Saúde mostra-nos onde está o nosso verdadeiro lar, ao declarar (p. 381): “Na Vida e no Amor infinitos não há doença, nem pecado, nem morte, e as Escrituras declaram que vivemos, nos movemos e temos o nosso ser no Deus infinito.”

O estudo sincero da Ciência Cristã [Christian Science] e sua aplicação hão de livrar-nos para sempre de tôda crença na hereditariedade. Aquilo que não fôr da vontade de Deus, não pode existir nem por um só momento. A verdadeira substância de tôda existência real é o Espírito, e essa substância é incapaz de adoecer ou tornar-se imperfeita.

Falando humanamente, todos acabarão trilhando o caminho que o Amor indica. O Amor impor-se-á a todos nós. Até lá, saibamos que, em realidade, todos somos membros da grande família celestial, as idéias espirituais, ou filhos, de um Deus todo terno e compassivo. Todos estamos em segurança na Mente, habitando no “esconderijo do Altíssimo” (Salmo 91:1). Nenhum outro conceito acêrca do homem, a não ser o conceito espiritual, jamais nos satisfará ou dará um senso de paz.

De fato, só podemos ter aquilo que Deus nos dá. Essa é a nossa verdadeira herança, e ela não pode ser senão boa. A hereditariedade não existe, uma vez que não é uma lei. Não há lei a não ser a lei da Mente; por isso, podemos saber que somos “um herdeiro de Deus por Cristo” (Gálatas 4:7, versão bíblica inglêsa).

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