Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Não Haverá Violência na Terra

Da edição de abril de 1965 dO Arauto da Ciência Cristã


A reprovação de Deus à violência foi registrada, há muitos séculos, quando o autor do Gênesis descreveu os dias de Noé. Lemos: “A terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência ... Então disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Génesis 6:11–13). Nesses trechos, os motivos humanos são atribuídos a Deus, de acôrdo com o conceito que os homens daquela época formavam sôbre a Deidade.

Hoje em dia, graças à Ciência Cristã [Christian Science
Pronuncia-se: Crístien Çá’iens.], compreendemos que o mal a si mesmo se destrói e o que aparenta ser o castigo de Deus para o mal é consequência de não dar Êle apoio algum ao êrro. Tal como a luz que não conhece escuridão, Deus não conhece Seu oposto, o mal. Segue-se daí ser todo mal apenas imaginário, segundo o cristianismo científico, e o mal terá de cair por sua própria natureza destrutiva. Sòmente o bem possui a bênção e o apoio de Deus.

Se Deus conhecesse a violência, seria responsável por ela, já que nada pode ter existência verdadeira fora da consciência divina. Essas verdades precisam ser compreendidas pela humanidade. Quando compreendidas em tôdas as suas implicações, ninguém mais será logrado pela violência, mas se recusará a deixar entrar até a menor evidência do modo de pensar malévolo em sua consciência. As campanhas de ódio sairão da moda quando não puderem encontrar adeptos.

Deus está consciente do homem que Êle cria à Sua semelhança — o homem espiritual. Quem se identificar como a semelhança de Deus e se apegar pacientemente a êsse conceito, estará apto a excluir de seu pensamento todo e qualquer vestígio de emoção negativa que poderia contribuir para a violência do mundo. Abandonará o falso conceito de si mesmo que poderia levá-lo a excessos de emoção quanto aos assuntos humanos.

Mary Baker Eddy diz em Retrospection and Introspection — Retrospecção e Introspecção — p. 67: “Reduzir o eu ao silêncio, isto é, elevar-se acima da personalidade corpórea, é o que reforma o pecador e destrói o pecado. Na medida em que o testemunho do sentido pessoal e material cessa, o pecado diminui, até a falsa pretensão, chamada pecado, se perder por falta de testemunho.”

A responsabilidade básica de tornar a terra livre da violência cabe ao pensamento individual e deve nêle ser cumprida. Todo impulso mental de ódio — seja qual for seu grau — todo impulso mental de desdém, de crítica injusta, de vingança, de amargura ou de falsificação, ajuda a criar no mundo uma atmosfera que gera a violência.

As atitudes extremas, sejam elas nacionalistas, racistas, políticas ou meramente pessoais, são nocivas e contribuem para toldar a razão e obscurecer a comunhão cristã. O pensamento de uma pessoa não está confinado à sua cabeça. Todo e qualquer pensamento nosso tem efeito sobre tôda a consciência humana. E as emoções radicais e destrutivas, lançadas na atmosfera do mundo, encontram veredas desprotegidas das quais o ódio faz uso.

Quando o caráter cristão se tornar universal e não restar testemunho algum de violência, o reino da paz se estabelecerá neste planeta. Cristo Jesus fixou o padrão pelo qual a humanidade pode resolver seus problemas, quando disse (João 13:34): “Nôvo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” O amor do Mestre era seu conhecimento científico de que o homem é a imagem do Amor, Deus, e que nêle não há mal algum.

Numa ocasião, quando alguns samaritanos, em cuja cidade êle desejava entrar, recusaram-se a recebê-lo, seus discípulos zangaram-se e pediram-lhe permissão para ordenarem que o fogo do céu descesse e consumisse os habitantes daquela cidade. Jesus, porém, disse (Lucas 9:55, 56): “Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.”

Se todo problema nacional ou internacional fosse resolvido através de um amor científico para com aquêles que aparentam ser inimigos, dentro em pouco tempo não haveria problemas de violência. No entanto, a forte crença de que é necessário, primeiro, fazer descer do céu um fogo destrutivo — de que é necessário tomar qualquer medida de represália como um dos meios mais eficazes para combater o êrro — distancia-se enormemente do método empregado pelo Guia.

O crime que campeia pelo mundo e a contínua incapacidade para enfrentá-lo, absorvem a atenção dos cidadãos meditativos. Se os criminosos não estão dispostos a se reformar, devem ser segregados do meio social, para os inocentes não estarem constantemente em perigo. Melhores leis deveriam ser concebidas e sistemas penais e correcionais mais adequados deveriam ser estabelecidos. Essas medidas demonstrariam uma inteligência derivada de Deus ao lidar com a violência que persistirá no mundo até a humanidade estar preparada para métodos puramente espirituais.

Nenhum Cientista Cristão deveria ignorar essa situação ou tentar esconder-se dela por trás de abstratas declarações acêrca da Verdade. A fim de contribuir eficazmente para o mundo, deveria êle enfrentar o crime honestamente e contemplá-lo como irreal e sem poder. Deveria também excluir de seu pensamento tôda e qualquer reação extrema aos problemas do dia, e submeter seu estado de pensamento ao Amor, Deus, para que seja corrigido ou recomendado.

Quando tiver a aprovação do Amor, o estudioso de Ciência Cristã o saberá, por sentir-se livre de emoções intensas. Então ajudará a tornar a terra livre da violência. Estará participando do cumprimento da profecia de Isaías (60:18): “Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas nos teus têrmos; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas Louvor.”

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1965

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.