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Uma Religião Prática

Da edição de abril de 1965 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma das primeiras impressões que o articulista colheu da Ciência Cristã [Christian Science] foi que ela é uma religião prática. A afirmação de que ela cura a doença, fato êsse que foi corroborado pelas pessoas que falaram nas reuniões para testemunhos de quartas-feiras à noite nas Igrejas de Cristo, Cientista, bem como a explicação de que o “céu” é um estado de consciência perfeita e isenta de pecado, eram cativantes.

Êsse conceito de céu pareceu-lhe lógico em vista da declaração de Cristo Jesus (Lucas 17:20, 21): “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Eilo aqui! ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós.”

A verdade de que a Ciência Cristã cura ficou posteriormente provada na experiência do articulista, que foi curado de perturbação do estômago, a qual havia persistido anos a fio apesar de variadas tentativas de obter alívio através da dieta e da higiene.

Nem a fé cega nem a fôrça de vontade participaram na realização dessa cura. Nenhuma delas constitui fator de cura na Ciência Cristã. Foi, antes, uma mudança da base de um conceito mortal e material do homem e da criação para um conceito espiritual do homem, criado por Deus e perfeito, que efetuou a cura.

É significativo que, quando Jesus mandou que o cego Bartimeu fôsse ter com êle, Bartimeu, na ânsia de atender, lançou de si a capa. Bartimeu foi recompensado, porquanto recobrou a visão. O fato de ter lançado de si a capa pode ser interpretado como indicação de que êle estava determinado a desfazerse de qualquer coisa que lhe pudesse impedir o progresso.

Semelhantemente, o articulista estava disposto a desfazer-se de suas falsas crenças teológicas e de tôda a miuçalha associada com as teorias e práticas médicas. O desejo de Bartimeu, manifestado a Jesus, “Mestre, que eu torne a ver” (Marcos 10:51), foi, bàsicamente, a oração do articulista; tal oração abriu-lhe os olhos para as verdades espirituais relativas ao ser, que até então estavam obscurecidas pela névoa da materialidade, e o resultado foi a cura de perturbação do estômago.

De fato, um dos efeitos certos da Ciência Cristã é abrirem-se os olhos daquele que vai procurá-la com fé e com o desejo honesto de receber ajuda em algum problema humano, de modo que veja, em certa medida, que Deus, o bem, é Tudo. A Ciência não pode acrescentar nada à perfeição e à bondade sempre presentes, mas as revela.

Disse Paulo: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). Correlativamente, Mrs. Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 241): “A Bíblia ensina a transformação do corpo pela renovação do Espírito.” E Mrs. Eddy prossegue: “Suprimi a significação espiritual das Escrituras, e essa compilação não poderá fazer pelos mortais mais do que fazem os raios da lua para derreter um rio de gêlo.”

A Ciência Cristã declara que o homem é espiritual, feito à imagem e semelhança de Deus, Espírito. Salienta, ainda, que a verdadeira individualidade de cada um de nós está para sempre acima e além das nuvens da materialidade, porquanto, em realidade, temos o nosso ser na brilhante e espiritual atmosfera do Amor.

Através de tôda a eternidade, Deus, a Mente divina, vê, ou sabe, que Sua criação é perfeita, que ela não se desvia e O está eternamente expressando. Visto que Deus nos conhece como Suas idéias perfeitas, convém que nos vejamos, a nós e a outros, nessa luz.

Durante um tempo demasiadamente longo, a humanidade considerou-se decaída, doente e infeliz. Aparentemente incapaz de despojar-se dessas crenças, ela mesma se esbulhou do direito inato de domínio e harmonia que Deus lhe deu.

Para têrmos uma religião prática, uma religião capaz de trazer a salvação à raça, precisamos despojar-nos de nosso modo de pensar materialista e substituí-lo pela compreensão espiritual. Na página 171 de Ciência e Saúde, Mrs. Eddy escreve: “Pelo discernimento do oposto espiritual da materialidade, ou seja, o caminho por Cristo, Verdade, o homem reabrirá, com a chave da Ciência divina, as portas do Paraíso que as crenças humanas fecharam, e verificará que não é decaído, mas reto, puro e livre, sem precisar consultar almanaques para conhecer as probabilidades de sua vida ou do tempo, sem precisar estudar cerebrologia para saber até que ponto é homem.”

A adoção dêsse nôvo e elevado modo de ver o homem não redundará em atitude de justiça própria; mas, conformará o modo de pensar da humanidade ao espírito do nono mandamento de Moisés, que está assim redigido: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20:16).

Em sentido limitado e literal é provável que êsse mandamento fique restringido à proibição de dar falso testemunho num tribunal ou de relatar alguma inverdade a respeito de alguém. Na Ciência Cristã, êsse mandamento é de muito maior alcance e exige que nos esforcemos intensamente por ver o homem como perfeita idéia da Mente, a qual está expressando tôdas as qualidades de Deus, inclusive a saúde e a harmonia.

Mrs. Eddy nos descreve a maneira de aplicar o cristianismo na prática, como o demonstrou Jesus, onde, nas páginas 476 e 477, de Ciência e Saúde, ela diz: “Jesus via na Ciência o homem perfeito que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes.”

Não é só privilégio senão também dever de cada um de nós seguir de certo modo o exemplo de Jesus e, assim, dar testemunho de que a Ciência Cristã é de fato uma religião prática.

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