Todos os homens têm o desejo de serem libertados da desarmonia. Êsse desejo inclui a aspiração a melhor saúde, suprimento adequado, relações mais harmoniosas entre os indivíduos, nas famílias e entre as nações.
Muitas pessoas estão, geralmente, ocupadas em alcançar a liberdade segundo os moldes sugeridos pela vontade humana e, com freqüência, ficam admiradas quando lhes fracassam os planos. Ou, se algum objetivo que pareça humanamente digno de esfôrço, fôr aparentemente atingido pela fôrça ou pela astúcia, as referidas pessoas são vencidas pela tensão, pelas reações negativas, pela insatisfação, ou por uma sensação de estarem sobrecarregadas.
Mrs. Eddy deu à humanidade os meios de ganhar a verdadeira liberdade, por meio da descoberta que fêz da Ciência Cristã, isto é, através de sua explanação da lei divina e sua aplicação a tôdas as situações na vida humana. Essa lei, a fôrça espiritual da Mente divina, governa o universo e o homem, e está dando prova de ser corretiva e, portanto, benéfica, sempre que reconhecida e aplicada.
Um estudioso de Ciência Cristã, para quem se estava tornando cada vez mais claro que a compreensão espiritual das Escrituras — a Palavra de Deus — proporciona o único método apropriado para curar com humildade, esforçava-se por adquirir um conhecimento cada vez mais profundo acêrca de Deus, mediante o estudo da Bíblia e dos escritos de Mrs. Eddy. Êsse estudo exerceu um efeito curativo na própria vida dêle, como também na daqueles que o cercavam.
O Apóstolo Paulo deve ter obtido um vislumbre poderoso da eficácia da oração científica, pois, após seu pedido anterior para que Deus o libertasse de certo mal, a resposta foi-lhe dada sob a forma de uma percepção definitiva que, para êle, se tornou a voz de Deus: “A minha graça te basta” (II Coríntios 12:9). Referindo-se à cura do pecado e da doença mediante a aplicação da Ciência Cristã, Mrs. Eddy escreve em Christian Science versus Pantheism — A Ciência Cristã contra o Panteísmo — (p. 10): “Tudo isto é levado a efeito pela graça de Deus — o efeito da compreensão acêrca de Deus.”
Temos de fazer mais do que simplesmente pedir que sejamos libertados do pecado, da doença e da morte. Temos de elevar-nos acima da desarmonia e procurar compreender Deus. Podemos fazer isso, quando seguimos o conselho de Mrs. Eddy, no seu livro Ciência e Saúde (p. 261): “Desviai o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de tôda felicidade, harmonia e imortalidade. Mantende o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e fareis com que elas se concretizem na vossa vida, na proporção em que ocuparem vossos pensamentos.”
Um estudo cuidadoso da Ciência Cristã habilita-nos a reconhecer “as coisas duradouras, boas e verdadeiras”. Esta Ciência ensina que Deus tudo sabe, a tudo ama e está sempre presente, é Espírito, Vida e Amor únicos, e que Sua criação perfeita é o universo espiritual, que inclui o homem espiritual. Sabemos e provamos que somos o homem de Deus, quando manifestamos qualidades divinas, tais como: amor, integridade, retidão, bondade, justiça, misericórdia e outras. O conhecimento de que essas não são as qualidades daquilo que denominamos corpo, cérebro ou mente materiais, mas sim da única Mente divina, e que são refletidas pela verdadeira entidade espiritual, habilita-nos a elevar-nos acima da desarmonia. Pois Deus é Espírito e não conhece condição material alguma. A Bíblia diz (Habacuque 1:13): “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal.”
Reconheçamos que os pensamentos que não estão de acôrdo com a Verdade divina são sugestões da mente mortal, meras sombras de sonho, que nos alarmam cada vez menos quando, através da expressão de qualidades divinas, provamos nada serem. Sejamos puros, retos, livres do falso modo de pensar e de agir, humildes, inocentes, como Cristo Jesus o exigiu. Renunciemos aos meios e métodos materiais, à fôrça de vontade humana, sem falar nos meios ignóbeis e violentos, mesmo quando calçados com as luvas de pelica da cortesia diplomática! Façamos calar a falsa crença nas leis naturais destrutivas, através do conhecimento do sustentador e protetor poder de Deus, o Amor eterno! Então, estaremos livres do mêdo; sentiremos a liberdade como prova visível da graça de Deus em nossa vida diária, aqui, e agora.
