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As possibilidades da inteligência

Da edição de outubro de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


A inteligência é geralmente considerada uma posse privativa, que às vêzes é herdada, outras vêzes cultivada através da educação e do uso, mas que sempre depende do cérebro para funcionar normalmente. A inteligência tem sido descrita pela humanidade como sendo a função mental de compreender as relações, o conhecimento que acumula saber, e a capacidade de usar meios apropriados para a realização de objetivos. A referida palavra significa agudez mental, capacidade de raciocinar e de compreender fatos e julgar valôres.

A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai’ens. eleva o significado de inteligência a grandes alturas. Rejeita a suposição de que a inteligência seja uma posse privativa ou que dependa do cérebro, e declara ser ela um atributo de Deus, separado da matéria, e o homem, a imagem incorpórea de Deus, a reflete. Segundo a Ciência, a inteligência não se divide em partes, mas é indivisível e infinita. Suas possibilidades estão disponíveis para todos, através da demonstração da verdade de que o homem é a semelhança de Deus.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy dá esta definição como parte de sua resposta científica à pergunta, “O que se entende por inteligência?” (p. 469): “É a qualidade primária e eterna da Mente infinita, do Princípio trino e uno — Vida, Verdade e Amor — chamado Deus.”

Como qualidade de Deus, a inteligência deve incluir as características de Deus; deve expressar existência, veracidade, sabedoria e amor, bem como inúmeros outros elementos desejáveis que denotem uma fonte divina. E é através da entidade espiritual e verdadeira de cada um de nós que Deus individualiza a inteligência, acha expressão para ela.

A humanidade precisa aprender que, sem os elementos do amor e da verdade, nenhum pensamento ou ação é verdadeiramente inteligente. Agudez sem bondade, capacidade sem integridade e retentividade sem julgamento indicam o argumento do mal, ou mente carnal, de que a qualidade divina da inteligência pode ser despojada de elementos vitais que lhe pertencem; que pode até parecer ímpia.

Quando se demonstra que o amor e a veracidade são inseparáveis da capacidade, do julgamento e da habilidade de raciocinar inteligentemente, elas nos provêem de poder sôbre circunstâncias materiais não-inteligentes. Mediante a demonstração da inteligência única, os pecadores são libertados da atração para aquilo que é baixo e violento, os doentes são curados, os empobrecidos são aliviados de sua limitação e da obtusidade.

Cristo Jesus refletia as qualidades de Deus em tôda a sua perfeição, e isto lhe conferia ilimitadas possibilidades de inteligência com a qual podia exercer o domínio sôbre tudo que pudesse fazer reverter a vontade de Deus para com Seus filhos.

O Mestre jamais perdia de vista sua unidade com o Pai. Quando acusado de se fazer igual a Deus, declarou (João 5:19): “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão sòmente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que êste fizer, o Filho também semelhantemente o faz.”

Essa declaração pode ser tomada como uma rejeição da crença panteísta de que a inteligência está na matéria ou é separada de Deus. De fato, essas palavras significam que Deus é a fonte de todo o poder, ou capacidade para agir, que Jesus manifestava. Mrs. Eddy diz em Miscellaneous Writings — Escritos Diversos — (p. 23): “Os profetas, Jesus e os apóstolos demonstraram uma inteligência divina que subordina as chamadas leis materiais; e a doença, a morte, os ventos e as ondas obedecem a essa inteligência.”

Aí, ela explicou em poucas palavras as possibilidades da inteligência, quando se faz uso desta para fins espirituais — para libertar a humanidade da limitação e de várias fôrças ameaçadoras e destrutivas. Sem dúvida, a humanidade demonstrará o poder divino da inteligência de modo cada vez mais livre, à medida que aprender a pôr em uso os seus melhores esforços no sentido de curar e harmonizar o mundo em vez de no sentido de meramente acumular fatos e conhecimentos materiais.

Ninguém deveria satisfazer-se com sua presente expressão de inteligência. Não há lugar para a vaidade ou para a congratulação de si mesmo pelo assunto, quando se vê que a mente humana percebe apenas vagamente, e expressa escassamente, essa qualidade primordial e infinita. A prova da medida da verdadeira inteligência que expressamos se faz quando nos esforçamos por provar o poder de Deus sôbre a doença ou sôbre o pecado profundamente enraizado.

Utilizamos a inteligência dada por Deus, quando examinamos uma situação humana que clama por cura, quando percebemos qual é o problema, quando reconhecemos as verdades específicas que são necessárias, e, a seguir, declaramos a presença dessas verdades e negamos as impressões do sentido material que as estão ocultando. É preciso que compreendamos que Deus é Tudo, e que compreendamos o reflexo, por parte do homem, dos atributos do Espírito, bem como a impossibilidade de que algo possa interferir com a ordem divina. Êste é o verdadeiro caminho para compreender as relações, e é o meio apropriado para realizar um objetivo científico — o desvendamento do que está eternamente presente.

A inteligência é, por certo, essencial no processo da educação. Suas maravilhosas possibilidades serão aprendidas e provadas de maneira crescente, à medida que fôr reconhecida como qualidade universal, indivisível, refletida pelos filhos de Deus, e não como característica humana que se origina em cada cérebro.

A Mente infinita é infinitamente inteligente. Aliás, a Mente divina é a própria inteligência. Mrs. Eddy dá-nos esta definição em Ciência e Saúde (p. 588): “Inteligência. Substância; a Mente que existe por si mesma e é eterna; aquilo que nunca está inconsciente nem é limitado.”

A educação mais autêntica é aquela que visa a inteligência derivada de Deus como sendo a meta mais alta que se pode atingir e que procura demonstrá-la como substância que não tem limites e é fundamental na solução de todo problema que apareça debaixo do sol.

Sem levar em conta a natureza da dificuldade humana, sem levar em conta seu objetivo e sem levar em conta sua aparente desesperança, aquela dificuldade pode ser aplanada e sanada quando a qualidade divina da inteligência lhe é aplicada. No início das Escrituras, Deus pergunta (Gênesis 18:14): “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?” A Ciência Cristã responde: “Nada é demasiadamente difícil para o poder da inteligência divina, e esta qualidade está à disposição de tôda a humanidade.”

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