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“Não temerei mal nenhum”

Da edição de outubro de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


O mêdo é um dos estados mais dolorosos que os mortais conhecem. É a causa fundamental de tôdas as desarmonias e é um estado mental depletivo. À página 587 de Ciência e Saúde, Mrs. Eddy dá a seguinte definição de Deus: “O grande Eu Sou; Aquêle que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo- -sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; tôda a substância; inteligência.” Por isso os estudiosos de Ciência Cristã compreendem claramente que nem o mal nem o mêdo ao mal vêm de Deus e que, conseqüentemente, nenhum dêles tem realidade.

O Apóstolo João disse: “No amor não existe mêdo; antes, o perfeito amor lança fora o mêdo. Ora, o mêdo produz tormento; logo, aquêle que teme não é aperfeiçoado no amor” (I João 4:18). Êsse trecho nos mostra com clareza que o amor é mais poderoso que o mêdo; portanto, o amor pode vencê-lo.

Em muitas ocasiões, por recusar- -se a permitir que entre em seu pensamento coisa alguma senão o amor, e por não dar ouvido aos insistentes resmungos do mêdo, a autora o pôs em fuga. Afirmou a si mesma que o mêdo é simplesmente falta de confiança no poder de Deus.

Permitir que o mêdo nos desvie de nosso propósito implica impedir nosso crescimento espiritual; mas enfrentar tôdas as dificuldades que se nos apresentam, por mais terríveis que pareçam, é nos colocarmos inteiramente no caminho que conduz ao Espírito. A Ciência Cristã nos ensina que o firme reconhecimento de que Deus é Tudo é um antídoto poderoso contra o mêdo, antídoto que nos fortalece e minimiza o pavor de enfrentar tudo o que se nos exija.

Mrs. Eddy não esmorecia no cumprimento do que lhe era exigido. Para fundar sua religião, ela batalhou contra o ódio que o mundo tinha à Verdade. Provàvelmente houve ocasiões em que sua coragem poderia ter-lhe faltado ante a magnitude da tarefa a realizar, quando se viu sòzinha — a única Cientista Cristã então existente no mundo — sem qualquer mão humana a ampará-la. Se se tivesse entregue ao mêdo, hoje o mundo não estaria experimentando as muitas bênçãos que lhe têm vindo como resultado da firmeza inabalável de nossa Líder.

A autora, certa vez, teve de executar uma tarefa temível. Estava tão mesmerizada pelo mêdo, que lhe sobreveio um estado mental quase de pânico. Por não poder pensar com clareza, devido ao estado em que se encontrava, ela pediu auxílio a uma praticista da Ciência Cristã, a qual, após ouvi-la falar das inquietações que a torturavam, exclamou, confiante: “Não é maravilhoso sabermos que nenhuma dessas coisas é real?” E chamou-lhe a atenção para esta declaração de Mrs. Eddy, em Ciência e Saúde (p. 151): “O mêdo nunca fêz parar o ser e sua ação.” E acrescentou: “Faça o que lhe é exigido e lembre-se de que, não importa quanto mêdo pareça ter, êste nunca lhe poderá fazer parar o ser.”

Certamente isso deu algo que pensar à autora e lhe atenuou a violência do mêdo. Finalmente, quando se viu face à situação, estava preparada para enfrentá-la; e embora o mêdo ainda persistisse por algum tempo, ela possuía completo domínio sôbre êle. A autora foi até felicitada por uma pessoa que se impressionara pela maneira corajosa com que ela dominara a situação.

Com êsse incidente, ela aprendeu a nunca arrecear-se do mêdo ou envergonhar-se dêle. Compreendeu realmente que o importante não é o mêdo, e sim o modo como reagimos aos seus ataques.

Cada vitória sôbre o mêdo nos torna mais fortes e mais capazes de dar o próximo passo à frente. Escreve nossa Líder, em Ciência e Saúde (p. 410): “A prática científica cristã começa com a nota tônica da harmonia apresentada por Cristo: “Não temais!” Saber que Deus está próximo, sempre presente e que é imutável, é um consôlo maravilhoso que quebra o mesmerismo do mêdo e nos liberta.

Afinal de contas, uma vez que não emana de Deus, o mêdo não tem base, Princípio nem autoridade a apoiá-lo.

À medida que conseguirmos conhecer a Deus melhor e nos tornarmos mais cônscios de que somos inseparáveis dÊle, sentiremos a paz e segurança que êsse conhecimento propicia. E assim não nos deteremos vacilantes, nos momentos difíceis, mas avançaremos resolutamente, lembrando-nos das palavras contidas no Salmo 23: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.”

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