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Lançai de vós a capa de mendigo

Da edição de outubro de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


O senso de carência provém do empobrecimento espiritual ou da crença numa existência separada de Deus, o bem infinito. A necessidade básica, quer o estado a ser sanado seja físico, financeiro ou social, é conhecer a verdadeira identidade e unidade do homem com sua fonte divina. A percepção dessa verdade proporciona a cura e o restabelecimento.

A compreensão que Cristo Jesus tinha do parentesco do homem com Deus, a quem êle chamava de Pai, habilitava-o a restabelecer, naqueles com quem entrava em contacto, tudo o que parecia faltar-lhes na vida humana. Jesus não considerava o mal como verdadeiro ou pessoal. Sabia que o mal era um conceito errôneo acêrca do homem e, assim, era capaz de lidar efetivamente com o mal, incutindo nas pessoas o conceito correto de si mesmas, ou de sua verdadeira entidade, como reflexo espiritual de Deus.

Durante todo o seu ministério, embora êste durasse apenas alguns anos, Jesus venceu tôda espécie de pecado e doença. Mesmo a morte teve de ceder o lugar ao poder do Cristo, que Jesus incorporava. Mrs. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 332): “Jesus demonstrou o Cristo; provou que o Cristo é a idéia divina de Deus — o Espírito Santo, ou Consolador, que revela o Princípio divino, o Amor, e que conduz a toda a verdade.”

No relato da cura do mendigo cego, Bartimeu, lemos que êste, “lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus” (Marcos 10:50). Não poderíamos interpretar êsse ato como indicação dos elementos indigentes do pensamento, ou sejam, os pontos de vista limitados do eu, que têm de ceder lugar ao impacto do Cristo, a Verdade?

Uma estudiosa sincera de Ciência Cristã havia, sem o saber, permitido que seus pensamentos fôssem privados de paz. Parecia inteiramente incapaz de livrar-se da escravidão à crença de que o mêdo tinha poder para impor penalidades e que, por ter tido mêdo, ela deveria agora sofrer as conseqüências.

Um dia, depois de ponderar o relato de cura de Bartimeu, apercebeu-se do fato de que ela também vinha usando uma capa de mendigo. Havia estado a pedir a Deus que lhe restituísse a paz, em vez de afirmar sua verdadeira identidade como reflexo de Deus.

Ela sabia que a mera repetição das declarações da verdade não era suficiente e que havia lições a aprender. Naquele momento, veio-lhe o humilde desejo de aprender essas lições, acima de tudo, mesmo acima do desejo de ser curada.

A sinceridade e a humildade de seu pensamento aliviaram-lhe, momentâneamente, o mêdo e a dúvida. No dia seguinte, quando despertou do primeiro sono noturno repousante que desde algum tempo não conciliava, vieram-lhe ao pensamento as seguintes palavras: “Êsse despertar é a vinda do Cristo, o precursor da Verdade, a qual expulsa o êrro e cura os doentes” (Ciência e Saúde, p. 230). Essa declaração curou-a da apreensão e habilitou-a a enfrentar o dia com coragem.

Durante algum tempo depois dêsse acontecimento, estava conscientemente a par da presença do Cristo. Pouco pensava em outra coisa. Sempre que o mêdo ou a dúvida tentavam assaltar-lhe o pensamento, uma ou outra passagem da Bíblia ou dos escritos de nossa Líder, concernentes ao Cristo, lhe vinha em socôrro. Tôda sensação de tensão e apreensão finalmente desapareceu ante a alegria da revelação.

Durante êsse tempo, foram descobertos e rejeitados muitos maus traços de caráter. Estava disposta, sim, ansiosa, por desfazer-se de um senso pessoal do bem e de sustar o esfôrço fútil de lhe suprir as exigências. Em vez disso, aprendeu a confiar em que a revelação de seu verdadeiro eu traria à sua existência tudo o que fôsse essencial para o seu bem-estar.

A Ciência Cristã está trazendo à percepção humana o parentesco imutável do homem com Deus, o único genitor que o homem tem. Essa compreensão se acha ao alcance de todos os que honestamente a procuram e que estão dispostos a se desfazerem de um falso sentido do eu.

Paulo disse (Romanos 8:16, 17): “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.” E Mrs. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 337): “Para ser verdadeiramente feliz, é preciso que o homem se harmonize com seu Princípio, o Amor divino; é preciso que o Filho esteja em concordância com o Pai, em conformidade com o Cristo.”

O ministério de cura da Ciência Cristã é jubiloso e frutífero, quando tanto o praticista quanto o paciente percebem claramente que a única necessidade é pôr todo pensamento “em conformidade com o Cristo” e não esforçar-se, em vão, por livrar-se de alguma condição indesejável ou conseguir algo que se creia necessário para o confôrto humano, ou físico. Quando se enfrentar todo problema com a determinação de provar a relação imutável do homem com Deus e de pôr de lado um falso senso do eu, isto será, de fato, “a vinda eterna do Cristo”.

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