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Removendo os “véus que cegam”

Da edição de abril de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


Um belo hino de louvor a Deus fala da submissão de nossa vontade vacilante à Verdade perfeita, e termina com estas palavras (N° 138 do Hinário da Ciência Cristã):

A Verdade promete um amanhecer
Sob cuja luz estarei para ver,
Quando todos os véus que cegam me
forem tirados,
Teu amor que sempre me tem guiado.

Se num dia muito lindo, quando o sol aparece em seu esplendor, puséssemos vinte véus em nossos olhos e tentássemos dar um passeio, não veríamos muito, se é que conseguiríamos ver alguma coisa. Que aconteceria, porém, se começássemos a remover os véus? Pouco a pouco a paisagem ir-se-ia tornando cada vez mais brilhante à nossa vista, até que tudo fôsse luz. Todos gostaríamos realmente de pensar e ver com clareza; mas às vêzes, devido aos “véus que cegam” que pomos sobre nossos olhos mentais, perdemos temporàriamente o senso de equilíbrio, alegria, liberdade, paz e segurança.

Alguns desses véus mentais — e parece haver muitos — são o mêdo, a impureza, a desonestidade, a ignorância, a inveja, o ódio, o orgulho, a sêde de vingança, o pecado, a doença e a morte. Talvez alguém pergunte: “Como poderei remover êstes véus que me cegam?” A Bíblia nos dá algumas respostas úteis. Em seu louvor a Deus, o profeta Isaías diz que o Senhor destruirá “a coberta que envolve todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações” (25:7). E, mais adiante, acrescenta: “Naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e êle nos salvara.”

O Apóstolo Paulo indica que essa coberta pode ser removida por meio do Cristo, a Verdade, e salienta que quando alguém “se converte ao Senhor, o véu lhe é tirado” (II Coríntios 3:16). Então, em falando de Deus, do Espírito visto como o libertador, êle diz: “Ora o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.” Acaso poderíamos deixar de concluir que quando adquirimos uma compreensão mais espiritual acêrca de Deus e de nossa verdadeira relação com o Pai celeste Êle nos livra dos “véus que cegam”?

Cristo Jesus, o Guia, conhecia tanto o amor e bondade de Deus para com todos, que pôde dar provas instantâneas de que “o véu é tirado”, não importando os nomes que dessem a tal véu: pecado, enfermidade, escassez, ou morte. Êle curou doentes, reformou pecadores, alimentou multidões e ressuscitou mortos, trazendo-os à vida normal. Não provou o Mestre que aquilo que não foi feito por Deus, o Espírito, nós não temos de experimentar?

A Ciência Cristã ensina que a nossa verdadeira identidade espiritual é a imagem, ou idéia, do Espírito, Deus. Mostra-nos que todo ser humano tem a capacidade absoluta que Deus lhe confere para conhecer e reivindicar seu verdadeiro eu espiritual, como filho perfeito de Deus, vivendo sempre na Mente divina. Por isso o homem real, a idéia espiritual completa de Deus, nunca pode ser afetado por condições materiais ou “véus que cegam”.

Humanamente falando, quando essas assim-chamadas mentiras ou ilusões nos vêm ao pensamento, em forma de sugestões agressivas, podemos, espiritualizando nossa consciência, elevar-nos até o ponto de onde poderemos reconhecer que Deus é a Mente única, a única inteligência de onde procedem nossos pensamentos. Através dessa luz espiritual, dêsse conhecimento da verdade relativa a Deus e ao homem espiritual, e pela compreensão de que Deus nos dá somente o que é bom, nós nos sentiremos livres e em paz.

Na realidade, o Espírito é supremo e infinito. Não tem oposto, nada do que realmente existe lhe pode ser dessemelhante. Por consequência, até o ponto em que reconhecemos que o Espírito é Tudo e compreendemos que nosso ser real é a imagem do Espírito, até êsse ponto perscrutamos através dos véus dos sentidos materiais.

Diz Mrs. Eddy: “A natureza do cristianismo é pacífica e abençoada, mas para entrar no reino, a âncora da esperança tem que ser lançada para além do véu da matéria, no Lugar Santíssimo no qual Jesus entrou antes de nós; e êsse avanço para além da matéria tem de vir pelas alegrias e pelos triunfos dos justos, assim como pelas suas tristezas e aflições. Tal como nosso Mestre, também nós precisamos apartar-nos do sentido material para entrar no sentido espiritual do ser” (Ciência e Saúde, pp. 40, 41).

É pela aquisição dêste “sentido espiritual do ser” que todo indivíduo despertará e reivindicará seu domínio, seu ser, sua pureza, poder, amor e liberdade perfeitos que Deus lhe deu. Dêsse modo serão destruídos os “véus que cegam”.

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