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Não Há Inflação na Mente

Da edição de janeiro de 1969 dO Arauto da Ciência Cristã


O mêdo à inflação é um fator constante na atitude mental, em muitos países. Embora essa inflação possa ser conseqüência de numerosas causas, é sempre acompanhada por uma constante elevação de preços, sem que, em geral, haja um aumento proporcional na renda das pessoas. A inflação, portanto, tende a interferir sèriamente na capacidade do indivíduo de prover as necessidades de sua própria vida.

Seja qual fôr a causa aparente da inflação, esta se origina no conceito material sôbre a substância, o homem, e a relação que há entre êste homem e o bem, conceito êste que dá lugar à impressão de ser incerta a recompensa devida à sua atividade. A inflação é, portanto, a experiência ilusória da mente humana, mortal. Igualmente irreal é a sua assim chamada lei da oferta e da procura, a qual, agindo sempre na experiência humana como uma lei de limitação pode, de um lado, produzir uma falsa confiança na riqueza material ou, de outro, uma impiedosa pressão mental oriunda do mêdo de se tornarem escassos os suprimentos essenciais.

A Ciência Cristã nos ensina como nos livrar dos reveses e da sensação de desamparo que podem acometer- -nos durante épocas de inflação. Ensina que não tem qualquer base na realidade absoluta a sugestão de estar diminuindo nosso suprimento ou de estar diminuindo nossa capacidade de nos provermos de tudo quanto necessitamos para expressar adequadamente a vida.

O ser inteiro do homem, o reflexo individual e espiritual de Deus, está no reino do Espírito, que é o reino da realidade, a própria expressão do infinito Deus que provê a todos, o Amor divino. Nesse reino os valores não estão sujeitos a flutuação ou a manipulação. Aí a substância nunca é maior ou menor; não cresce nem diminui; não vem de alguma parte, porque está sempre presente com o homem real. Portanto, nunca está fora do nosso alcance.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 468): “Substância é aquilo que é eterno e incapaz de manifestar discórdia e sofrer decomposição. A Verdade, a Vida e o Amor são substância, no sentido em que as Escrituras empregam essa palavra na epístola aos Hebreus: “A substância das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não vêem.” O Espírito, que significa Mente, Alma, ou Deus, é a única substância verdadeira. O universo espiritual, que inclui o homem individual, é uma idéia composta, que reflete a substância divina do Espírito.”

A Ciência Cristã ensina que a substância não é propriedade pessoal, que o homem, a ideia composta de Deus, possui substância espiritual por reflexo. Aquilo que refletimos é para sempre nosso, não para ser acumulado, mas para ser expressado, para ser usado. Não há circunstância humana que possa interferir em nossa habilidade de dispor ininterruptamente de tudo quanto a Mente divina reflete em nós.

O Cientista Cristão não tem receio da sugestão de que o suprimento está diminuindo, porque sabe que, em plena medida, o Amor sempre será refletido em amor na vida humana, e que êste fato espiritual tem o seu próprio modo de surgir na experiência humana. A lei da economia divina garante não só uma procura contínua de tudo quanto a Vida, Deus, tem da substância do bem, como também providencia para que esta substância esteja sempre presente como oferta infinita.

Se persistentemente nos apegarmos a essas verdades, e ao mesmo tempo rejeitarmos prontamente todas as sugestões contrárias — isso nos dará a capacidade de demonstrar não só que invariàvelmente tôda forma visível de suprimento que necessitarmos está à nossa disposição, como também nos dará a habilidade de nos prover sem restrição de tudo quanto necessitarmos para nossa vivência diária. Nenhum estado da mente mortal, quer se chame inflação ou deflação, pode enfraquecer ou obstruir essa habilidade, causar prejuízo de qualquer espécie, ou obrigar-nos a aceitar a idéia de frustração própria dos mortais.

Num trecho de Ciência e Saúde, sob o título marginal: “Fonte de toda vida e ação” Mrs. Eddy revela a ação harmoniosa de tudo que emana de Deus. Suas declarações bem que podem ser aplicadas para negar, sobre base científica, que as flutuações erráticas, ou os movimentos de uma economia humana podem intimidar o filho de Deus ou privá-lo do suprimento que Deus lhe garante. Mrs. Eddy escreve (ibid., p. 283): “A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa. A Mente é a mesma Vida, o mesmo Amor, e a mesma sabedoria, “ontem e hoje. .. e. .. para sempre”. A matéria e seus efeitos — o pecado, a doença e a morte — são estados da mente mortal que agem, reagem e depois param. Não são realidades da Mente. Não são idéias, e sim ilusões. O Princípio é absoluto. Não admite erro algum, mas assenta na compreensão.”

A inflação financeira num país interfere sèriamente em suas relações comerciais normais com outros países. A impressão de ficar assim separado dos outros é apenas o sintoma proveniente da crença errónea generalizada de que o homem é um mortal material e que suas relações com seus próximos dependem principalmente de fatôres materiais e estão sujeitas a flutuações e interrupções.

Quando os homens compreenderem que, em realidade, Deus é o Pai de tudo e de todos, a consciência de que a fraternidade entre os homens é um fato será o motivo principal a orientar suas vidas. A necessidade de alguns será então a preocupação de todos.

É bem compreensível que aquêles que ainda não estejam plenamente instruídos na Ciência Cristã, usem os modos e os meios do sentido mortal, no esfôrço de atenderem às suas necessidades, especialmente durante épocas de escassez. Se a princípio não forem bem sucedidos, tentarão e tornarão a tentar o provimento dessas necessidades, persistindo no emprêgo de métodos materiais, por ignorarem métodos mais elevados do que êsses.

Os pescadores que se afanavam no mar da Galiléia faziam justamente isso, apesar da experiência pessoal que tiveram com Cristo Jesus, pois não lançaram êles suas rêdes sempre e sempre na mesma direção, durante tôda a noite, muito embora nada tivessem pescado com essa repetição? O Apóstolo João descreve o que finalmente lhes aconteceu: “Mas ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia;. .. Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. Então lhes disse: Lançai a rêde à direita do barco, e achareis. Assim fizeram, e já não podiam puxar a rêde, tão grande era a quantidade de peixes” (João 21:4-6).

Mrs. Eddy, em Ciência e Saúde (p. 35), explica essa mudança de métodos materiais para espirituais, com as seguintes palavras: “Convencidos da infrutuosidade de seu trabalho nas trevas e despertados pela voz do Mestre, mudaram de método, afastaram-se das coisas materiais, e lançaram sua rêde para o lado direito. Ao discernirem de nôvo o Cristo, a Verdade, na margem do tempo, puderam elevar-se um tanto acima da vida sensória dos mortais, ou do entêrro da mente na matéria, para a renovação da vida como Espírito.”

Todo aquêle que, através da iluminação espiritual da Ciência Cristã, se sente impelido a colocar sua inteira confiança na lei sempre operante do Cristo, a Verdade, pode passar por essa experiência. Sua compreensão lhe dará a certeza de que essa lei, a seu próprio modo, lhe proporcionará o suprimento com tudo quanto êle necessita para dar testemunho da generosa solicitude de Deus para com Seus filhos, e lhe dará a capacidade de comprovar que “o Senhor. .. nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Salmos 84:11).

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