A Ciência Cristã veio-me três vezes à atenção antes que eu a aceitasse. Uma meninazinha amável convidou-me a visitar a Escola Dominical, quando eu era jovem. Como membro de família judaica ortodoxa, rejeitei o convite.
Dez anos mais tarde, numa época de grande necessidade, alguém sugeriu que eu tentasse, com a Ciência Cristã, ajudar uma irmã mais moça, que sofria de um caso grave de dança de S. Vito. Essa situação persistia havia alguns anos, privando-a de freqüência regular ao colégio e de todas as atividades infantis normais.
Minha irmã e eu visitamos uma vez um praticista da Ciência Cristã, e lemos o livro-texto, Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, durante uma semana. Seu mal desapareceu e nunca mais voltou. Não compreendemos o que havia produzido a cura. Pensamos que a cura poderia ter vindo naquele momento de qualquer maneira, e assim nos desviamos do estudo.
Alguns anos mais tarde, quando já me achava casada e era mãe de dois filhos, esse mal de S. Vito começou a manifestar-se em nossa filha, que então contava 5 anos de idade. Os sintomas indicavam ser muito sério o seu caso. Os médicos foram incapazes de aliviar o mal, e a moléstia foi piorando sempre. Um amigo, que não era Cientista Cristão, recomendou-nos a Ciência Cristã. Chamei um praticista e pedi tratamento. A cura foi lenta.
Muitas lições precisavam ser aprendidas. Mas outros problemas desapareceram à medida que eu estudava sinceramente a lição-sermão do Livrete Trimestral da Ciência Cristã e desenvolvia a compreensão de seu significado. Houve curas permanentes de resfriados freqüentes e de inflamação das amígdalas. Fortes dores de cabeça e náusea foram vencidas. Meu filho foi curado de alergia a vários tipos de alimentos e plantas, que provocavam ataques de asma. Convulsões também cessaram de importuná-lo.
Essa cura foi um marco para nós. A fim de evitar essas convulsões, lhe havíamos ministrado medicamentos fortes desde a infância. Supunha-se que as convulsões fossem de origem hereditária. Mas a cura de nossa filha, pela qual havíamos nos voltado à Ciência Cristã, continuava a frustrar-nos. Certa noite, quando as coisas pareciam especialmente angustiantes, peguei o Hinário da Ciência Cristã e orei por orientação. O livro se abriu no hino nº 263, que começa com as seguintes palavras: “Só de Deus vem alegria.” Percebi estar olhando na direção errada, em busca de cura e alegria. Eu estudava o livro-texto, procurando compreender Deus, mas estava tão ocupada em observar as artimanhas da matéria e de a elas reagir, que não conseguia discernir outra coisa. Resolvi escutar mais atentamente a voz de meu Pai divino. Desde então o livro-texto passou a significar mais para mim.
Certa noite, enquanto eu estudava até altas horas, captei um glorioso vislumbre da proximidade e do amor de Deus. Afinal eu O encontrara! Eu só queria compreende-Lo e servi-Lo. Antes disso, a cura me era a coisa mais importante. Em realidade, eu não desejava outra religião. Agora, Deus enchia meu pensamento. Não sei dizer quando a cura ocorreu. Da próxima vez que pensei a respeito, a menina estava bem.
Houve muitas curas, além das mencionadas. Falta de alegria, de paz de espírito e de suprimento foram substituídas pela abundância. As relações humanas são muito mais harmoniosas, e assim estão se tornando cada vez mais, à medida que percebo que a criação de Deus é perfeita agora e não personalizo ou dou identidade a qualquer característica dessemelhante de Deus.
Quando meu filho estava para passar do jardim de infância para o curso primário, foi declarado retardado pela diretora do colégio. Isso me foi dito antes das férias de verão. Entre outras coisas, ela contou-me que ele não falava compreensivelmente, parecia incapaz de usar ou coordenar as mãos, e na opinião dela, nunca aprenderia a ler. Ela finalizou, dizendo: “Ele será um estorvo à família para o resto de sua vida.”
Fui diretamente da escola à casa de uma praticista. Pedi-lhe um só tratamento. O resto do verão meu filho e eu trabalhamos juntos com o livro-texto, de autoria da Sr.a Eddy. Primeiro, ele aprendeu a reconhecer os sinônimos e atributos de Deus, no livro-texto e na Bíblia. Isso foi feito como um tipo de jogo. Muito amor e ternura eram expressados. Geralmente, o menino ficava no meu colo durante as lições, e juntos procurávamos essas palavras lindas e cheias de significado. Eu aceitava cada afirmação como verdadeira para meu filho e todos os filhos de Deus. Em meados do verão passamos a usar os livros do primeiro ano e outros livros infantis, que retirávamos da biblioteca pública. No outono, ele lia fluentemente e falava com clareza. Passou no colégio com pouca dificuldade, graduando-se em engenharia na universidade estadual. Nunca teve dificuldade em usar as mãos. É exímio pianista.
Criar uma família com o auxílio da Ciência Cristã é uma experiência maravilhosa. Em várias ocasiões, houve curas das assim chamadas moléstias infantis. Certa vez um dentista informou-nos de que, quando as crianças fossem um pouco maiores, precisariam ter os dentes endireitados. Isso foi negado em oração. Sempre que os dentes me vinham à atenção, eu sabia que Deus havia aperfeiçoado tudo o que pertencia a mim e a todos os Seus filhos. Os dentes das crianças cresceram na posição correta.
Situações comerciais infelizes foram resolvidas. Muitas vezes estivemos no lugar certo, no momento exato, e situações aparentemente desesperançadas transformaram-se em bênçãos para todos os envolvidos. A orientação de Deus foi inequívoca e protegeu-nos em todas as circunstâncias adversas.
Sou grata a Cristo Jesus, nosso Guia, e pela Sr.a Eddy, nossa Líder, que gravou sua doutrina “para que a possa ler até quem passa correndo” (Habac. 2:2).
Denver, Colorado, E. U. A.
