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A falácia da astrologia

Da edição de julho de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


A compreensão da Ciência Cristã mostra que a astrologia é fundamentalmente uma falácia — uma miragem dentro de uma ilusão, que multiplica o mesmerismo do pensamento mortal e amarra mais fortemente os homens à crença de haver vida e morte na matéria.

Como teoria humana, portanto, a astrologia precisa ser enfrentada e sua validez negada. A justaposição dos astros e dos planetas, assim como aparecem vistos da terra em qualquer época determinada, não tem em si mesma ou de si mesma qualquer poder ou influência. Mas a forte crença, intensamente disseminada, parece ter poder, a não ser que — e até que — tal crença seja vencida pela verdade que prova ser ela desprovida de todo poder.

A não ser que reclamemos e que compreendamos conscientemente nossa libertação dessa crença, com suas predições entrelaçadas de perspectivas boas e más, poderemos encontrarnos a agir de acordo com seus prognósticos, do mesmo modo que, se não estivermos alerta, poderemos talvez agir de acordo com a crença geral do mundo em, digamos, doenças contagiosas. Nossa imunidade da crença em astrologia é alcançada somente pelo reconhecimento consciente de nossa própria natureza verdadeira, inclusive de nosso inquebrantável relacionamento com Deus e com o universo de Deus, conjugado numa conscientização de que a falsa pretensão da astrologia relativa a nós ou a qualquer pessoa é destituída de poder.

Se as predições astrológicas se realizam, quer envolvam vidas individuais ou grandes acontecimentos mundiais, isto resulta de receios conscientes ou inconscientes, de sugestões agressivas, e da tenacidade com que tantas pessoas acreditam em tais predições. A crença da mente mortal há de dominar a experiência humana até que essa crença falsa e ignorante seja corrigida e substituída pela verdade do ser.

A astrologia não passa de uma fase da crença mortal, com suas variações típicas de informações boas e más. Para alcançarmos o domínio que Deus nos deu sobre a crença de que o bem pode ser convertido no mal ou ser seguido pelo mal, é preciso que aprendamos qual é a natureza da nossa verdadeira identidade, tal como Cristo Jesus a demonstrou e como está explicada cientificamente na metafísica da Ciência Cristã.

Na Ciência Cristã aprendemos que o homem nunca nasceu na matéria, num corpo material, ou num universo material. Aprendemos que tal crença é simplesmente o conceito errado da mente mortal. Rejeitamos peremptoriamente esse falso conceito a respeito do homem e do universo e, graças ao discernimento espiritual, aceitamos em seu lugar o surgimento de uma visão radicalmente oposta. Essa é oriunda da Mente divina e encara o homem como inteiramente espiritual, a viver eternamente no reino de Deus, no universo espiritual de Deus.

O Salmista escreveu: “Louvai ao Senhor, porque é bom e amável cantar louvores ao nosso Deus; ... [Ele] sara os de coração quebrantado, e lhes pensa as feridas. Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelos seus nomes. Grande é o Senhor nosso, e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.” Salmos 147:1, 3–5;

Quando contemplarmos Deus, o homem e o universo na sua verdadeira luz, seremos libertados de miríades de sugestões de limitação material, inclusive da astrologia. Já não estaremos mesmerizados pela crença de que os corpos siderais têm domínio sobre nós ou que nossa suposta conexão com certo ponto no tempo possa interferir com nosso destino orientado por Deus.

Se quisermos manter nossa liberdade com respeito às limitações impostas pelas crenças astrológicas, não procuraremos pensar em nós mesmos ou em outrem como um pequeno mortal, possuidor de um corpo físico e de uma personalidade e ancestralidade humanas, nascido para envelhecer e morrer em uma bola de matéria que sibila pelo espaço junto a incontáveis outras bolas de matéria, e tudo isso destinado a certo dia “morrer” por entropia. Pelo contrário, trataremos de alcançar o conceito correto acerca de nós mesmos como seres inteiramente separados do conceito errôneo material das coisas, e possuidores da liberdade e do domínio que Deus nos deu.

À medida que passamos a compreender que somos idéias imortais de Deus, e não mortais corpóreos química e eletricamente constituídos, constatamos estar isentos da crença em força física, correntes magnéticas, impulsos elétricos, e outras semelhantes, crenças essas aceitas pela mente mortal. Vemos que não somos corpos animais sujeitos a influências magnéticas provenientes de qualquer mente mortal ou fonte material, terrestre ou celeste. Isso nos livra da crença no magnetismo animal, livra-nos do mesmerismo de que temos existência — vida, substância e inteligência — separadas e afastadas de Deus.

A compreensão de que temos uma só Mente divina, ou seja, Deus, nos liberta da influência da assim chamada mente mortal, que não passa de um sentido mitológico e hipotético de inteligência, substância e vida na matéria — de vida que tem começo e fim. E passamos a ver a falsidade da pretensão errônea da mente mortal, pretensão essa que a astrologia só ajuda a perpetuar.

O sonho ou crença hipnótica de haver vida na matéria nunca foi verdadeiro. Nunca foi mais que uma sugestão mentirosa, e à proporção que compreendemos genuinamente a Ciência Cristã, provamos que isso é assim. Nunca houve uma única crença astrológica sequer em todo o reino de Deus, em toda realidade. Na Verdade nunca se compilou um único horóscopo, nunca houve um sonhador que sonhasse tivesse sido feito um horóscopo. Tudo isso é um logro. A astrologia não é constituída por Deus, nem mesmo é conhecida de Deus. Encarando-a como tal — reduzindo-a à sua nulidade inicial — torna-se ela destituída de poder.

A Sr.a Eddy, no livro Ciência e Saúde num capítulo intitulado: “Desmascarado o Magnetismo Animal” escreve: “Os planetas não têm maior poder sobre o homem do que sobre o Criador deste, pois que Deus governa o universo; mas o homem, que reflete o poder de Deus, tem domínio sobre toda a terra e suas hostes.” Ciência e Saúde, p. 102.

O homem não está sujeito a “desastre”, palavra que implica o pensamento de estar com um “astro desfavorável”, ser “mal-fadado”. Em vez de se compenetrarem da proteção que Deus lhes concede contra todo dano, muitas pessoas agradecem à sua boa estrela por terem escapado de algum desastre. Outros, desapercebidos de que Deus supre abundantemente cada uma de suas necessidades, fazem pedidos a uma estrela. Se alguém vem passando repetidamente por certo tipo de infortúnio, faria bem em examinar primeiro seu pensamento para certificar-se de que reivindicou o domínio que lhe foi dado por Deus, e que percebeu com absoluta clareza a incapacidade — a completa irrealidade — da crença em astrologia, tão disseminada pelo mundo inteiro.

A crença astrológica de que há forças maiores que agem no universo e afetam nossa existência terrena, não pode influenciar aquele que sabe ser Deus, o Espírito, o único poder, e que toda força é, conseqüentemente, espiritual e inteiramente boa.

Não há um só resquício de verdade na crença que só fazemos uma escolha bem fundamentada se consultamos o horóscopo. Em todas as ocasiões podemos fazer uma escolha inteligente a despeito das crenças astrológicas, desde que conheçamos a verdade. Nossa compreensão da Verdade liberta-nos das limitações de tais crenças e nos dá a possibilidade de escolher com sabedoria, de escolher aquilo que melhor promova nosso próprio bem-estar e também o bem de outros. A Mente divina e única não sabe de interesses em conflito, e daí segue-se que o homem, como idéia perfeita da Mente, também não está ciente de tais interesses.

O homem que é a própria imagem de Deus, o homem que cada um de nós é, agora mesmo, em contraste com o que parece ser aos sentidos materiais, reflete o que é espiritual e divino. Nunca está sujeito às limitações de qualquer crença humana, inclusive as de qualquer signo do zodíaco.

Quem quiser reivindicar sua liberdade das pretensões injustas e muitas vezes desapiedadas da astrologia — pretensões sobre um homem concebido no mal — não se deixará levar pelo fascínio ou a curiosidade ociosa de conhecer seu próprio signo ou as pretensões astrológicas relativas a amigos ou a pessoas célebres, bem como não se deixará cair sob o fascínio de conhecer diagnósticos médicos. E que dizer sobre comparações entre signos? Quão restritivo seria presumir que existem incompatibilidades entre nós e pessoas nascidas sob certos signos! Seria tão limitador como pensar que temos de ser incompatíveis com certas pessoas porque acontece serem elas de raça ou nacionalidade diferente. Uma vez que todos temos uma única origem divina, um só Pai-Mãe Deus, todos somos, de fato, irmãos. E temos o direito, o dever e o privilégio de nos amarmos uns aos outros divina e universalmente, sem parcialidade, assim como Cristo Jesus nos amou. Não há exceções — racial, ideológica, religiosa, ou astrologicamente.

Investigar a astrologia é dar culto a outros deuses. Tal idolatria pode levar a muito sofrimento desnecessário. A Ciência Cristã mostra-nos um método infinitamente superior de descobrir em profundidade quem somos, qual é o nosso propósito, para onde estamos indo na vida, como chegar lá, e como nos relacionarmos com outras pessoas de modo satisfatório e concreto.

Não necessitamos de sucedâneos astrológicos, especialmente por servirem esses sucedâneos apenas para perpetuar o sonho de haver vida na matéria, no qual os homens ainda crêem terem de lutar contra forças enormes, misteriosas e freqüentemente destruidoras.

A Ciência Cristã elimina essa confusão de pensamento. Revela a glória espiritual de Deus, infinitamente maior do que toda a glória dos céus materiais, e revela o homem que Deus criou — o homem que todos nós somos — como possuidor de “domínio sobre toda a terra e suas hostes”.


Para a liberdade foi que Cristo
nos libertou. Permanecei, pois, firmes
e não vos submetais de novo
a jugo de escravidão.

Gálatas 5:1

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