Quando nos encontramos num grupo de pessoas que possuem opiniões diferentes sobre um assunto importante, pode não ser fácil acreditar que há só uma única fonte de pensamento. Mas essa é a verdade. Por mais convincente que seja a evidência de haver muitas mentes, há uma só Mente única e infinita, Deus, de quem provém todo pensamento verdadeiro.
Pensamentos em conflito, egoístas, desprovidos de inteligência, de compreensão e de amor, não têm fonte nenhuma, ainda que pareçam emanar de um cérebro material. Realmente não têm existência. A despeito de quão real possa parecer um pensamento, ele só tem origem, substância e realidade se sua origem remonta a Deus.
Essa verdade era a base das obras de cura que Cristo Jesus realizou, a verdade da qual disse que a conheceríamos e que ela iria nos libertar. O conhecimento real dessa verdade veio primeiramente por meio da vida e das obras de Cristo Jesus, especialmente por seu triunfo sobre o ódio que o crucificara, e por meio da sua ressurreição e ascensão. Veio novamente com a descoberta da Ciência Cristã pela Sr.a Eddy.
A multidão de mentes, que confrontavam Jesus quando este caminhava entre o povo da terra, literalmente nada era, quando ele comparava essas mentes com a Mente que é Tudo, a quem chamava seu Pai. Quer os pensamentos dessa multidão aparentassem ter-se objetivado em evidências de doença, cegueira, insanidade ou morte, ele estava capacitado a refutá-las e a provar que eram falsas. Jesus curava “toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” Mateus 4:23;.
Mais tarde, ao ser levado perante Pilatos, acusado por testemunhas falsas, condenado e crucificado, o ódio que as mentes mortais tinham à verdade que Jesus ensinou e provou, não conseguiram dele outra resposta senão amor. Deus, o Amor divino, era a única Mente a ter presença, o único poder a produzir um pensamento real. E os pensamentos de Jesus provinham de Deus. Todo pensamento contrário ao Amor divino era, e é, um erro.
A Sr.a Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “O exterminador do erro é a grande verdade de que Deus, o bem, é a Mente única e que o suposto contrário da Mente infinita — chamado diabo, ou o mal — não é a Mente, não é a Verdade, mas é o erro sem inteligência nem realidade.” Ciência e Saúde, p. 469.
Se pensamos estar doentes, podemos exterminar a doença. A existência dela é apenas “o suposto contrário da Mente infinita”. À medida que afirmamos a verdade de haver uma Mente única e infinita e reconhecemos a nulidade de qualquer outra mente, vemos desaparecer como irreais os pensamentos que aparentam emanar de uma tal mente e os sintomas que aparecem como objetivações desses pensamentos. Então está curada a doença.
Temos sempre o direito e o dever de desafiar o pensamento e perguntar: “Quem disse? De onde veio esse pensamento?” Se foi o Amor divino, a Mente divina, quem disse, é verdadeiro. Do contrário, é erro sem substância, sem poder, sem realidade. Não começou nem se desenvolveu, e não vai ter um fim; ele não existe. Não merece nem sequer a honra de ser reconhecido como alguma coisa que não pode ser. Não é coisa nenhuma, e não existe.
Se pensamos que nosso problema é causado pelo pensamento errôneo de outra pessoa, por ação errônea, malentendido, ou malícia de outrem, estamos em liberdade para usar “o exterminador do erro”. Podemos reconhecer a Mente única e compreender que não existe outra fonte de pensamento.
Não é preciso que trabalhemos, e não deveríamos trabalhar, contra outras pessoas ou, sem licença, orar para que se modifiquem os pensamentos delas. Mas se em nossas orações temos confiança em Deus, podemos incluir nessa confiança as vigorosas negações de toda sugestão de haver outra mente e pensamentos que parecem expressar o que não se assemelha à inteligência divina. Tais negações têm efeito, contanto que estejamos conscientes de que elas emanam da única fonte de pensamento que existe.
Se pensamos que nosso problema é o resultado de nosso próprio pensamento errôneo, novamente temos à disposição o exterminador do erro. Se verificamos que algum de nossos pensamentos não é bom, temos o poder da Mente única para destruir o erro. É fácil deixar de entreter um pensamento errôneo, deixar de reagir ao que é mau como se fosse real, deixar de ser governado por um hábito, deixar de estar com medo, em incerteza, dominado pelo ressentimento, deixar de estar solitário, deixar de não manifestar amor, e assim por diante, quando aceitamos que a Mente infinita é nossa única fonte de pensamento. Com a aceitação dessa grande verdade vem a alegria de ter pensamentos verdadeiros. Então não precisamos renunciar à nada senão à escravidão ao que nada é.
Até o pensamento de que um dia teremos de morrer terá de ceder ao exterminador do erro, pois tal pensamento é um erro. O homem é constituído dos pensamentos que emanam de Deus. O homem é a idéia da Mente. Não há outra fonte para o homem, e o homem não tem condição alguma fora da Mente imortal. Na opinião comum que temos sobre mente e idéia, uma idéia somente morre se a mente que a contém a deixa morrer. Mas a nossa Mente é o Amor infinito. Este nunca cessa de manter-nos como sua idéia amada. A despeito da evidência sugerida por outras mentes, a despeito de quantas pessoas possam crer nessa evidência, nunca morremos. Os pensamentos que se formam da crença de que morremos são infundados, sem substância e falsos.
Todos os momentos de cada dia nos oferecem oportunidades de reconhecermos a única fonte de pensamento. E as possibilidades de nossos dias são ilimitadas.
