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Dispostos a partilhar a Verdade

Da edição de outubro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Partilhar as verdades curativas da Ciência Cristã com alguém que está em dificuldade é expressar compaixão para com nosso próximo. E, quando ocorre uma cura, ficamos certos de que estamos tomando parte em uma das mais recompensadoras atividades no mundo.

Não é necessário que sejamos praticistas da Ciência Cristã em tempo integral para que partilhemos com eficácia as verdades curativas da Perfeição de Deus e de Seu reflexo, o homem; nem tampouco é necessário que alguém seja estudante de Ciéncia Cristã para ser curado. Ambos, porém, o Cientista Cristão e o que busca a cura, devem pôr de lado a dúvida e o preconceito, e serem receptivos à verdade espiritual. Deus realiza a cura.

Uma Cientista Cristã indagou a respeito da família de uma vizinha e sobre seu bebê. A jovem mãe respondeu em desespero que o bebê estava seriamente doente havia três meses e que o pediatra não conseguia chegar a um diagnóstico. E acrescentou: “É por isso que vamos levá-lo ao hospital esta tarde para fazer rigorosos exames, e estou com muito medo.”

A Cientista Cristã esqueceu seu constrangimento e timidez em partilhar a Ciência Cristã com outros. Com terna compaixão e profundo desejo de auxiliar disse: “Minha querida, Deus pode curar seu bebê.” Relatou algumas de suas próprias curas e expressou sua convicção de que a Vida é Deus, o bem perfeito. Explicou que a verdadeira identidade da criança tinha sua origem em Deus, e que esta verdadeira identidade, pura e espiritual, não podia adoecer ou morrer. A jovem mãe ouviu atentamente e disse: “Acredito. Não creio que Deus envie a doença a crianças inocentes.”

Ao se despedirem, a Cientista Cristã recomendou à mãe que se lembrasse, quando no hospital, de que Deus é perfeito e que, portanto, o homem, Sua imagem e semelhança, é perfeito. Ela estava pensando na frase da Sr.a Eddy em Ciência e Saúde: “A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração.” Ciência e Saúde, p. 259;

A Cientista não pensou muito mais no assunto porque não lhe fora solicitado tratamento específico, ou oração. Alguns dias mais tarde, porém, indagou a respeito do bebê. A jovem mãe respondeu com entusiasmo: “Ah, ele está muito bem! Os exames do hospital não detectaram nada errado. Trouxe-o para casa e ele tem estado bem desde então. Foi tal como a senhora disse — ele é perfeito!”

Todos podemos aprender a auxiliar os outros partilhando a verdade que conhecemos, se estamos dispostos a nos desfazer de atitudes centralizadas no eu, as quais prejudicam o compartilhar desprendido. Diz a Bíblia: “Enviou-lhes a sua palavra e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal.” Salmos 107:20; Uma pessoa não realiza a cura, apesar de assim parecer aos olhos humanos. É o Cristo, a Verdade, a Palavra de Deus, que cura.

Quando Jesus perguntou a seus discípulos: “Quem dizeis que eu sou?” respondeu Simão Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mateus 16:15, 16; Comenta a Sr.a Eddy: “Isto é, o Messias é o que deste a conhecer — o Cristo, o espírito de Deus, da Verdade, da Vida e do Amor, que cura mentalmente.” Ciência e Saúde, p. 137;

Em certas ocasiães esse Cristo sanador e sempre presente aflora mediante as palavras de verdade que talvez digamos a alguém. Em outras ocasiões, faz-se sentir por meio de um estado de consciência terno e cálido, que reconhece a perfeição do homem como a idéia de Deus, um estado de consciência que cura sem o uso de palavras. Em ambos os casos o Cristo está livre para agir em nossas vidas se silenciarmos nossas opiniões humanas e aceitarmos a verdade que cura.

Quase todos nós precisamos orar mais para tirarmos o eu do caminho e deixarmos que a ternura de Deus se reflita. É freqüente depararmo-nos com oportunidades de auxiliar outros. Tais ocasiões poderão apresentar-se quando estamos conversando informalmente com alguém. Outras vezes talvez desejemos compartilhar nosso amor para com Deus através de um testemunho de cura dado na igreja. Mas talvez então gelemos. O medo toma conta, e permitimo-nos sentir-nos incapazes e inferiores. Sentimo-nos dispostos e ansiosos para compartilhar a verdade da Ciência Cristã antes que a ocasião se apresente, mas sentimo-nos temerosos e inseguros quando ela realmente se apresenta.

Como é que podemos superar tal atitude? Aprendendo a amar mais a Deus do que a nós mesmos. É o egoísmo e o egotismo sob o disfarce de depreciação de si próprio o que diz: “Não sou capaz de explicar Ciência Cristã aos outros. Eu mesmo não a compreendo muito bem ainda.” Ou então: “Fico em pânico só de pensar em dar um testemunho na igreja.”

O egotismo, se pudesse, privaria da Ciência Cristã o mundo. Para curar precisamos compreender que não somos pessoas tentando transmitir uma idéia a outras pessoas. Nós e outros somos, isto sim, expressões individuais do próprio Amor — o Amor a expressar-se a si mesmo, a cuidar infinitamente de todos os seus filhos e a ver a perfeição deles. Na atividade infinita do Amor infinito não há preocupação com o que os outros pensam de nós.

Não havia nenhuma preocupação egoísta em Cristo Jesus que servisse de obstáculo à bênção que o Pai concede a toda a humanidade. Sem dúvida, a Sr.a Eddy, ao referir-se à habilidade de curar que ele possuía, diz de Jesus: “Materialidade, mundanalidade, orgulho humano, ou vontade própria ao desmoralizar seus motivos e sua semelhança ao Cristo, teriam deposto o seu poder como o Cristo.” E continua: “A fim de levar avante seu propósito sagrado, ele precisava estar esquecido do eu humano.” Miscellaneous Writings, p. 162.

Em vista de que Cristo Jesus é o nosso exemplo, também nós Precisamos trabalhar e orar para nos esquecermos do constrangimento para que o poder do Cristo possa curar por meio de nossas palavras e atos.

Se desejamos ser genuínos sanadores Cientistas Cristãos, que realizam o trabalho com naturalidade e sem luta mental, precisamos refletir Deus, a Mente única, a tal ponto, que o constrangimento fique totalmente sob controle. É mediante a oração e a disciplina do pensamento, praticadas diariamente, que se obtém essa abnegação crística. O caráter que expressamos quando totalmente a sós é o que nos faz sermos o que realmente somos quando em companhia de outros. Se não estivermos nos despojando da materialidade, da mundanalidade, do orgulho humano e da vontade própria quando a sós, não seremos capazes de pô-los de lado quando nos defrontarmos com as necessidades de outrem.

Negamos as atitudes interesseiras do egotismo à medida que compreendemos que não procedem de Deus, a única Mente perfeita. Elas não possuem verdadeira origem ou realidade, e não fazem parte de nossa verdadeira identidade divina. Hão de diminuir e finalmente desaparecer à proporção que orarmos e nos esforçarmos diariamente para expressar mais qualidades crísticas, mais bondade, maior desejo de auxiliar outros. Quando a obediência a nosso Pai significar mais para nós do que qualquer outra coisa no mundo, o medo e o constrangimento tornar-se-ão incapazes de nos manter calados.

Se realmente nos esforçamos para viver segundo o espírito do Cristo a que nos referimos, o genuíno amor que sentimos por Deus e pelo homem levará nossa convicção ao ouvinte receptivo. Nossas palavras estarão corretas porque nossos corações estão certos. E a verdade que compartilhamos vai curar o doente.


Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador,
e alumia a todos que se encontram na casa.
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

Mateus 5:14–16

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