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O homem existe como Deus o fez

Da edição de julho de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Os fatos momentosos da Ciência Cristã revelam que Deus é o Princípio divino de toda existência, aquele que deu origem a todo ser e a toda ação. É Espírito, Alma, Mente — a Mente única e una. Por ser Ele a inteligência divina infinita, é a fonte de toda sabedoria e de todo controle. Sua lei, a lei do Amor e da Vida, governa a criação toda. O homem à semelhança de Deus é espiritual e perfeito, a idéia consciente da Mente divina, a expressão da Alma. Está em união com a Mente e reflete sua presença inspiradora mediante ação perfeita e espontânea. Manifesta a louçania e a continuidade da Vida em renovação.

Como filho de Deus, o homem habita sempre na luz infinita, na atmosfera espiritualmente clara da Alma. Representa o Princípio sempre ativo, o Amor incessante, a Vida isenta de morte. Existe tal qual Deus o fez — a semelhança individual, impecável e perfeita de Deus. Com esse conceito mais elevado de Deus e do homem podemos romper o mesmerismo dos sentidos materiais que pintam o homem como um ser doente e pecador, e também libertar-nos da tirania da crença no mal. A Ciência Cristã mostra que a mente mortal ou carnal, que pretende se opor à Verdade e à realidade espiritual, é apenas uma suposição errônea referente a Deus e ao homem. Não tem existência de fato. Não é entidade nem criador. Não tendo vida, substância ou inteligência, é mera ilusão.

Cristo Jesus demonstrou que Deus é a Mente única do homem. Sua fé absoluta no poder curativo da Verdade resultava de sua clara compreensão da totalidade do Espírito e do parentesco eterno entre o homem e seu Pai, Deus. Ele curava com autoridade divina. E esperava que por conscientizar-se do Cristo, a verdadeira idéia de Deus, e por negar o testemunho dos sentidos materiais, os resultados seriam imediatos. Ao inválido que ficava à espera de que o pusessem no tanque de Betesda, Jesus ordenou: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:8; À mulher que estivera no cativeiro da deformidade física por dezoito anos, ele disse simplesmente: “Mulher, estás livre da tua enfermidade” Lucas 13:12;, e ela imediatamente ficou sã. Aos coxos, cegos, surdos, leprosos, ele proferiu a Palavra da Verdade e logo foram curados. Até mesmo o morto voltou à vida.

O ministério de cura pela Ciência Cristã age a partir dessa mesma base de percepção cristã, de que a vida toda do homem e o seu ser são sustentados pelo Espírito, Deus, e não pela matéria. Mediante a recuperação espiritual e a purificação do pensamento, curando a doença e o pecado, podemos demonstrar que temos a Mente de Cristo, a consciência que está ciente de Deus perfeito e homem perfeito. Nessa consciência não há crença de enfermidade que cause debilitação, nem sentido de medo, desespero, frustração ou identidade mortal.

Com alegria afirmemos então que na consciência que Deus nos outorga não se acha incluída qualquer sugestão que parte da premissa de que o homem é mortal, sujeito a nascimento e morte. Mediante o estudo e a oração podemos fazer com que nosso sentido de vida, substância e identidade se desassocie da mente mortal errônea e de todos os seus conceitos errados. O homem nunca se acha envolvido nos assim chamados processos-do-pensamento que procedem da mente carnal, nem é por eles atingido. É impossível que o homem tenha na verdade qualquer pensamento, qualidade ou identidade separada de Deus ou se encontre separado de Deus.

O homem não é um mortal terreno mas o reflexo puro da Mente imortal. Como idéia definida e delineada pela Mente, o homem individual é inviolável, indestrutível. Todo o seu ser é decretado por Deus. Inclui só aquilo de que Deus o dota. Referindo-se ao Cristo, Paulo escreveu: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados.” Coloss. 2:9, 10; A Ciência Cristã revela a plenitude do homem cuja natureza em Cristo lhe foi outorgada por Deus. Por certo Deus não poderia ter uma idéia incompleta a Seu próprio respeito. E essa é a razão por que não há homem incompleto.

Dentro de nossa consciência outorgada por Deus temos tudo o de que necessitamos para nossa felicidade e bem-estar — saúde inquebrantável, sabedoria infalível, harmonia isenta de discórdia, pureza incontaminada, e suprimento que jorra da fonte inexaurível, o Amor divino. “Há um único caminho que leva ao céu, à harmonia”, escreve a Sr.a Eddy, “e Cristo, na Ciência divina, mostra-nos esse caminho. Consiste em não conhecer nenhuma outra realidade — em não ter nenhuma outra consciência de vida — senão o bem, Deus e Seu reflexo, e em elevar-nos acima das supostas dores e prazeres dos sentidos.”Ciência e Saúde, p. 242;

Aceitando-se a Mente divina como nossa única consciência, podemos rejeitar como falso — jamais como pensamento — tudo o que não emane dessa inteligência pura e infalível. A Mente nunca pode ser finita. Está claro que a Mente que tudo sabe é realmente a autora de tudo o que se sabe. O homem reflete essa atividade espiritual perfeita. Tudo o que parece ser mortal ou maléfico não é a Mente, e portanto não pode manifestar-se como pensamento. As sugestões de ansiedade, escassez, destruição, pecado, morte, tristeza, não são pensamentos reais mas sim falsos pensamentos. Nunca se originaram na verdadeira consciência ou nela tiveram lugar. Não são genuínos porque não têm qualquer elemento de Verdade.

“Existe alguma mente maligna sem haver espaço para ela ocupar, poder para agir, ou vaidade com a pretensão de ser homem?” pergunta a Sr.a Eddy. E continua: “Se Deus é a Mente e enche todo espaço, está em toda parte, a matéria não está em parte alguma e o pecado é obsoleto. Se a Mente, Deus, tem todo poder e é toda presença, não existe outro poder ou presença que possa opor-se ao homem, e que — por obstruir sua inteligência — o atormente, aprisione e engane.”Miscellaneous Writings, p. 173.

Será viável continuar a crer que o homem possa ser aprisionado, atormentado ou enganado? Será viável continuar aceitando tão ímpia mentira? A mente mortal, assim chamada, não tem inteligência para declarar-se algo. Não tem poder, nem presença, nem ação, nem lei. Então cessemos de nos amedrontar com suas pretensões, de nos hipnotizar com sua criação espúria — o universo material, inclusive o homem mortal, sujeito a nascimento e morte.

A questão das vitaminas hoje avulta no pensamento popular. A toda hora fazem-se previsões de que devido à falta de alimento rico em vitaminas nas regiões assoladas pela fome, as crianças e os adultos serão adversamente afetados pelo resto da vida. A Ciência Cristã faz ver que tais previsões lúgubres — de fato toda a teoria de que a humanidade depende para o seu bem-estar, de vitaminas e de dietas prescritas pela medicina — acham-se baseadas numa premissa errada.

Deus, o Espírito, é o Tudo-em-tudo, a única causa e o único criador. Deus criou o homem à Sua própria imagem. Por isso o homem é uma entidade completa, perfeita e espiritual. Não pode carecer de coisa alguma. A crença em deficiência entre os mortais pode então ser superada e vencida mediante a Ciência. Isso traz à memória o caso dos hebreus cativos que viveram numa dieta de legumes e água durante dez dias. No fim de tal período, ao serem examinados, ficou constatado que as suas aparências eram melhores e mais sadias do que as de todos os que comiam das iguarias supostamente mais nutritivas que eram servidas na casa real. (Ver Daniel, cap. 1.)

O processo de rejeitar o que é falso e de reivindicar o que é verdadeiro pode exigir um esforço persistente e sincero de nossa parte. Nele acha-se envolvida a purificação e a espiritualização do pensamento, o elevar-se a uma consciência mais santa, a submissão do humano ao divino. Na realidade, a Mente está sempre a revelar-se, eternamente ciente apenas de sua própria perfeição e harmonia imutáveis. Toda verdadeira atividade do pensamento mana da Mente única. Aquilo de que Deus está ciente, o homem manifesta.

Feita está a obra de Deus. Consumada a Sua criação. Plenamente manifestas as Suas idéias. Não está ausente nenhum detalhe sequer. Não se acha em falta coisa alguma essencial. Deus provê para sempre tudo o que é essencial à saúde, à felicidade e ao bem-estar de Sua progênie. O homem é a mais elevada idéia de Deus, Seu filho querido, para sempre perfeito, saudável, santo, imortal. Esse é o grande fato do ser imutável que permanece através dos tempos e da eternidade. O homem existe como Deus o fez; e assim tem de ser e o será eternamente.

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