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O porquê da organização

[Original em alemão]

Da edição de julho de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


A complexidade da coexistência humana torna necessário que a sociedade organize a atividade humana a fim de atingir as metas desejadas. A utilidade da organização, contudo, aumenta na proporção em que cada um coopera altruística e construtivamente para o bem comum. Certo dicionário define organização como “estrutura sistematizada, ordem, classificação, arranjo, que se liga no propósito”.

A organização pode ser útil e fortalecedora, mas muitas pessoas consideram-na cansativa e resistem ater-se a qualquer forma de disciplina instituída pela sociedade humana e a coexistência. Muitas pessoas estão dispostas a aceitar compromissos sob determinadas condições — isto é, aceitam as vantagens que a organização oferece — mas não estão dispostas a dar de si mesmas uma contribuição construtiva. Asseveram que desejam ser livres.

Nas Escrituras encontramos a base da verdadeira liberdade na organização sadia: os Dez Mandamentos, que Deus revelou à consciência receptiva de Moisés. Compreendidos e obedecidos espiritualmente, esses mandamentos promovem progresso harmonioso em toda forma construtiva da coexistência humana e do empenho humano. Apóiam a organização não como um fim em si mesmo mas como um meio de elevar e fazer progredir a humanidade na verdadeira liberdade e harmonia do governo da lei divina. Trabalhando juntos com amor e discernimento espiritual e a graça de Deus, denunciamos e repudiamos em nossos próprios pensamentos tudo o que é errado e danoso — a atividade espúria daquilo que a Ciência Cristã denomina mente mortal.

Na medida em que a consciência humana capta um conceito mais espiritualizado e verdadeiro de liberdade, mediante a obediência inteligente aos Dez Mandamentos, consegue as bênçãos descritas nas Bem-aventuranças que Cristo Jesus nos dá no seu Sermão do Monte. Duas delas dizem: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” Mateus 5:5, 6; Nisso encontrase a garantia inspirada de que o amor e a justiça têm sua origem em Deus, estão dotados de autoridade divina e trazem verdadeira liberdade — de fato, a incluem.

Compreendendo isso, não acharemos que a organização da igreja da Ciência Cristã seja obstáculo ou limitação ao nosso crescimento espiritual. Em vez disso, veremos que o servir ativo revela a necessidade de nossa colaboração e a bênção com que contribuímos. Toda orientação dada pelo Sermão do Monte, quando ouvido e seguido, amplia nossa consciência do bem. A humildade e a justiça refletem a infinidade do Amor divino. Em nosso trabalho diário e em nossa atividade de igreja podemos gozar da alegria de servir — de servir com desprendimento e obter êxito.

Tenho evidências concludentes de que o trabalhar para Deus liberta da doença e estabelece a saúde. Durante dois dias estive muito resfriado e com forte dor de garganta. Domingo pela manhã não conseguia expressar-me audivelmente. Era então Segundo Leitor de nossa Sociedade local de Ciência Cristã, e devia desempenhar meu cargo dentro de duas horas. Sabendo que o Amor divino transmite a todos nós clara e continuamente a verdade, libertei-me de um sentimento de responsabilidade humana deprimente. Com humildade e gratidão reconheci a justiça divina, na qual todos estão escondidos, a salvo e livres das crenças de medo e de doença. Na hora aprazada pude tomar meu lugar junto ao púlpito e dar graças a Deus mediante leitura clara e distinta. Rejubilei-me com a cura completa. Senti-me particularmente contente ao cantar os hinos. Curas como essa mostram-nos o efeito libertador e a bênção de trabalhar e servir com alegria.

A Sr.a Eddy reconhecia a necessidade atual de organização para promover e levar avante a revelação da Ciência Cristã, para o bem da humanidade. Num breve “Resumo Histórico” que constitui a introdução de seu Manual de A Igreja Mãe está claramente exposta qual a finalidade da organização da Igreja de Cristo, Cientista. Diz ali: “Numa reunião da Associação de Cientistas Cristãos, realizada em 12 de abril de 1879, foi votada, por proposta da Sr.a Eddy, a resolução de: organizar uma igreja destinada a comemorar a palavra e as obras de nosso Mestre, e a restabelecer o cristianismo primitivo e seu elemento de cura, que se havia perdido.”Man., p. 17;

Alguém pode objetar que munidos da Bíblia e do livro-texto, Ciência e Saúde pela Sr.a Eddy, é possível estudar e demonstrar Ciência Cristã, sem a igreja como organização e sem a participação nos serviços e nas atividades da igreja. Mas sem a organização haveria hoje em dia a Bíblia? e teriam sido preservados para nós o ensinamento vivificador e o exemplo de Cristo Jesus? A fim de continuar com a espiritualização da consciência da humanidade, a igreja como organização e a participação nela ainda se fazem necessárias. Graças ao servir amável em tal organização da Ciência Cristã está sendo levada às pessoas de todo o mundo a cura espiritual e a regeneração, e vem sendo restabelecido verdadeiramente “o cristianismo primitivo e seu elemento de cura, que se havia perdido”.

A Igreja de Cristo, Cientista, tem uma responsabilidade de caráter múltiplo em prover seus adeptos de oportunidades de demonstrar a perfeição do homem real e a sua união indestrutível com Deus. Portanto, é indispensável meticuloso estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, bem como o trabalhar juntos com gratidão e consagração nas várias tarefas que a igreja como organização oferece. A publicação dos periódicos da Ciência Cristã, o preparo das Lições-Sermão do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, a realização de cultos e conferências, a existência da Escola Dominical e das Salas de Leitura — tudo isso tornado possível graças à igreja como organização.

Toda pessoa é importante no grande êxodo da humanidade, a saída da terra dos sentidos materiais escravizantes e a entrada no céu da liberdade espiritual, onde só o Amor divino governa o homem e o universo. No seu livro Miscellaneous Writings a Sr.a Eddy diz: “O verdadeiro pacto cristão é o amor de um para com o outro. Esse elo é totalmente espiritual e não pode ser violado.”Mis., p. 91;

Não faz diferença qual o encargo ou a posição que alguém tem dentro da igreja como organização. O espírito de Verdade e Amor manifestado é o que importa. Todas as capacidades boas e verdadeiras são espirituais e têm origem na Mente divina. Como conseqüência, sempre somos capazes de desempenhar os encargos que nos foram atribuídos para bênção de todos. Na verdade, não há gente nova ou velha, mas somente as idéias sempre ativas da Mente. Esse reconhecimento habilita-nos a abençoar, ajudar e curar.

Também é importante encarar com humildade o nosso próprio trabalho como o reflexo das qualidades espirituais e não ser enganosamente levados a enaltecer o nosso próprio trabalho pelo orgulho humano ou nos depreciarmos mediante um sentido errôneo de humildade e insuficiente conhecimento do significado do papel que cada um desempenha nessas atividades. Partindo desse ponto de vista estamos habilitados também a apreciar com gratidão a contribuição dada pelos outros membros de nossa igreja.

O amor pode ser sempre manifestado, quer estejamos redigindo uma carta na função de secretário, aprontando as atas de uma assembléia, presidindo a uma conferência, servindo como Leitor, fazendo parte do serviço de manutenção e limpeza da igreja, distribuindo os periódicos da Ciência Cristã ou servindo na função de indicador. Isso se resume nas palavras de um hino: “Grandeza e ordem juntas/Revelam Seu querer.”Hinário da Ciência Cristã, n° 329. Trabalho feito com tal espírito é uma bênção para todos.

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