No dia seguinte ao do falecimento de minha companheira de trinta anos de convívio, saí para o terraço de meu apartamento num décimo andar. Era de manhã cedo, e a pálida luz do novo dia mostrava um céu cheio de nuvens que baixavam. Um vento forte chicoteava as águas da baía lá em baixo, levantando ondas encapeladas. A atmosfera parecia agourenta.
Um bando de pássaros marinhos estava ali perto. Muitos estavam no mesmo nível do terraço. Faziam tremendo esforço para manter sua posição contra a força da ventania. De vez em quando um deles ficava de viés ou se voltava, oferecendo maior resistência ao vento, e imediatamente era lançado para trás e forçado a lutar para conseguir recuperar o equilíbrio.
De repente um pássaro que pairava majestosamente a poucos metros de distância chamou minha atenção. O pássaro enfrentava direta e decididamente o vento, mas em virtude de sua habilidade mantinha a posição sem mexer uma asa. Serenamente enfrentou a arremetida da ventania e manteve sem esforço sua posição.
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