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O que o Amor pode fazer

Da edição de agosto de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Nenhuma situação está fora do alcance do Amor divino. A natureza é rica em ternas manifestações, demonstrando que o Amor sustenta todo esforço correto.

Tomemos, por exemplo, aqueles “pastores” do mar, os golfinhos. Talvez porque os filhotes nasçam dentro d'água e precisem subir com rapidez para a superfície, a fim de começar a respirar, os golfinhos granjearam a fama de auxiliar, instintivamente, outros seres que estejam lutando para vir à tona. Marinheiros que naufragaram longe da costa, contam terem sido mantidos à superfície e conduzidos a salvo dessa maneira. E, por mais surpreendente que esse salvamento pareça, o Amor pode fazer ainda mais.

O Amor divino é capaz de salvar e libertar aqueles cuja vida está, por assim dizer, destroçada pelo pecado, pela doença ou pela tristeza. Portanto, ninguém, em nenhum lugar e em nenhuma condição, está relegado a ficar sem esperança de cura. O Amor é infinito, é o Espírito onipotente, a única Mente que conhece e constitui todo ser real e todo o bem. O Amor satisfaz a todas as necessidades humanas. Mas temos de estar espiritualmente despertos, a fim de percebê-lo.

Deus atua através de Seu Cristo, Sua idéia espiritual curativa e redentora, para salvar aqueles que se empenham pelo renascimento espiritual para sobrepor-se àquilo que parece ser até mesmo uma situação impossível. Às vezes parece que rejeitar a tentação de desistir, exige de nós um esforço intenso, até mesmo doloroso. Mas, em seu livro Ciência e Saúde, a Sra. Eddy oferece uma explanação divinamente inspirada para confortar e encorajar nossa persistência. Escreve: “Despertando ante o mandado do Cristo, os mortais experimentam sofrimentos. Isso os obriga, como homens que se estão afogando, a fazer esforços vigorosos para salvar-se; e pelo amor precioso de Cristo, esses esforços são coroados de êxito.” Ciência e Saúde, p. 22.

O amor de Cristo pela humanidade transpareceu claramente na vida pura de Cristo Jesus, curando e salvando multidões. Jesus demonstrou plenamente a unidade que existe entre o homem espiritual, criado à semelhança de Deus, e o seu criador. E provou o poder redentor que isso proporciona. A parábola do Mestre a respeito de um pastor que tinha cem ovelhas, uma das quais estava perdida, Ver Lucas 15:1–7. nos mostra o que o Amor divino — pastoreando a humanidade com o amor-do-Cristo que a todos envolve — pode fazer até mesmo por aqueles que se extraviaram, inconscientes do perigo. O pastor sabia que a ovelha perdida precisava de ajuda. Deixou o rebanho, com o fim de procurá-la e salvá-la. E com alegria retornou, carregando nos braços a confiante ovelha.

Essa parábola parece ter, em alguns aspectos, afinidade com a cura de Zaqueu. Como coletor-mor de impostos para os romanos que dominavam na região, Zaqueu era desprezado por seu próprio povo. Quando ouviu dizer que Jesus se aproximava, subiu numa árvore para enxergar acima das cabeças da multidão e ver o homem que tantos chamavam de Mestre.

Saberia Zaqueu que não passava de uma das “ovelhas perdidas da casa de Israel” Mateus 15:24.? Saberia que necessitava de salvação? Não temos informações a respeito. Mas Jesus conhecia, evidentemente, a necessidade de Zaqueu ser redimido pelo Cristo, porque sabemos que o Mestre olhou para cima, viu-o e pediu-lhe que descesse e o hospedasse.

Zaqueu, movido por sentimentos de remorso e arrependimento causados pelo amor-do-Cristo expresso por Jesus, começou, ao mesmo tempo, a atender à exigência que esse amor lhe fazia. Ofereceuse para restituir, se nalguma coisa tivesse defraudado alguém. Ver Lucas 19:8.

A essência dessa cura realizada por Jesus faz lembrar prontamente a parábola da ovelha perdida e que foi achada. Jesus disse: “O Filho do homem veio buscar e salvar o perdido.” Lucas 19:10.

Pelo Cristo, o Amor divino impele todos à salvação, ajudando aqueles que procuram ser salvos e, também, animando aqueles que não sabem de sua necessidade de serem salvos. Um dos alunos da Sra. Eddy lembra que ela disse, em essência: “O Amor é um Pastor que sai na escuridão da noite, na tempestade e no vento, para procurar a ovelha perdida. Esse Pastor do Amor deixa o caminho trilhado, penetra florestas e pântanos, arreda os espinheiros e procura até encontrar o que se havia perdido. Então Ele toma-o no Seu colo e retorna para o curar e restaurar.” Irving C. Tomlinson, Twelve Years with Mary Baker Eddy (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966), p. 90.

O Pastor do Amor, exemplificado por Jesus, pode despertar aqueles que ignoram sua necessidade de ajuda. Quanto mais sentem a ajuda do Amor aqueles que já estão procurando despertar! O Amor pode animar e libertar todos os que se encontram em situações desesperadoras — até mesmo aqueles que temem não poder mais receber ajuda.

Através da Ciência da revelação do Cristo, descobrimos que o Amor divino está sempre disponível. As similitudes dos golfinhos e do pastor nos ajudam proveitosamente a ver o que o Amor pode fazer. E uma explicação em Ciência e Saúde salienta o que compete a nós fazer, para alcançar a graça salvadora do Amor. O livro explica: “A natureza inteira ensina o amor que Deus tem pelo homem, mas o homem não pode amar a Deus acima de tudo e dedicar todas as suas afeições a coisas espirituais, enquanto amar o material ou confiar mais no material do que no espiritual.” Ciência e Saúde, p. 326.

Muito mais do que temer que a matéria possa destruir-nos, podemos ativar nossa confiança em Deus para salvar-nos. Podemos opor resistência ao desespero e convictamente batalhar para renascer espiritualmente — despertar para nossa natureza verdadeira como o homem espiritual e imortal, criado na semelhança de Deus. E, à medida que o fazemos, sentimos a orientação e o sustento divinos com certeza sistemática.

A Ciência do Cristo exige que tenhamos um só Deus, uma só Mente, e que amemos o nosso próximo como a nós mesmos, provando que não há mente separada de Deus. Na luta para atender a essas exigências, o sustento pastoral do Amor divino é mais do que um aliado poderoso. O Amor é nossa Mãe e nosso Pai, o Pastor que nos carrega — ternamente e com alegria — por todo o caminho rumo à compreensão espiritual. À medida que confiamos no Amor, a Verdade, e lhe obedecemos, sabemos que, sem dúvida, como os próprios e amados descendentes do Amor, estamos sempre a salvo no Espírito, protegidos no Amor, porque o Amor é Tudo. E o que o Amor pode fazer é suficiente em todas as circunstâncias.

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