O fato mais notável do Cristianismo primitivo era sua praticabilidade. Os ensinamentos de Cristo Jesus requeriam que as pessoas os praticassem. O poder de Deus estava à mão para ser vivido. Se nós, por vezes, somos tentados a crer que esse poder não mais está presente, então o seguinte relato pode fazer muito pela renovação da nossa fé.
O Dr. Isaac A. O. Ojo é professor de Química na Universidade de Obafemi Awolowo em Ile-Ife, na Nigéria. Ele nos conta dois exemplos dos efeitos práticos daquilo que aprendeu da Ciência do Cristo.
Duas Semanas Após a Ciência Cristã me ter sido apresentada por um colega da universidade, eu estava sintetizando um composto químico para fazer um novo pesticida. Esses produtos químicos têm de ser manuseados com muito cuidado, durante o processo de síntese. Um desses produtos caiu acidentalmente em minha coxa, enquanto eu o transportava de um local para o outro. Cerca de duas horas depois, seu efeito era como que o de uma brasa atada à minha coxa.
Tive de me voltar a Deus para saber que o que Jesus dissera podia ser comprovado: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal." Percebi que o que eu tinha derramado sobre minha coxa não podia ter efeito sobre meu entendimento de que Deus é Tudo-em-tudo. Aquilo que não vem de Deus não tem em si mesmo realidade, nenhum poder para fazer mal àquilo que Deus cria.
Quando meu amigo me apresentara a Ciência Cristã, dera-me um exemplar de Um Século de Cura pela Ciência Cristã. Esse livro é uma compilação de diversas curas, obtidas pela oração, ao longo de um século, entre 1866 e 1966. Aí li a história de um químico que teve um acidente com cianureto de potássio, considerado uma substância química mortal. Recordar essa experiência firmou-me na minha convicção de que se o cianureto de potássio não pôde matar aquele homem, então, pela compreensão de que Deus é Tudo-em-tudo, eu podia entender que este produto químico também não me podia matar.
Sabia que Deus tinha me criado e por isso Ele está sempre cuidando de mim. Eu sabia que Ele me ama. Através do meu testemunho, voltando-me sempre para Ele, sinto que estou servindo a Deus. Não deixei que o medo suprimisse meu amor a Deus.
Após algum tempo, o efeito da queimadura desapareceu. Não notei o momento exato em que isso ocorreu. Quando ia me deitar, tirei as calças e olhei para a coxa. Não havia nenhuma das graves bolhas que esperava encontrar, nem havia diferença entre uma e a outra coxa. Estava muito grato a Deus.
Pensei ser esse o fim do problema, mas cerca de dois dias depois, quando estava tomando banho, reparei que havia uma mancha escura no meu peito. Isso assustou-me. Não tive dúvidas de que a substância química tinha se transferido para aquele ponto, a própria cor era característica da do produto químico que eu tinha derramado.
Tive de expulsar o medo. Tive de continuar orando para saber que nada de material podia tocar no espiritual, porque não há nenhuma associação nem mistura entre o espiritual e o material.
Fui visitar meu bom amigo, que me tinha apresentado a Ciência Cristã, e lemos juntos. Ele disse-me que o que eu estava a dizer era certo: precisava ficar firme no meu pensamento de que Deus é Tudo-em-tudo e de que nada tinha possibilidade de me fazer mal. Ao deixá-lo, a minha confiança tinha ressurgido. Voltei ao trabalho, como se nada tivesse acontecido. Esqueci-me completamente da mancha. Quatro ou cinco dias depois, descobri que o sintoma tinha desaparecido. Desde aí, nunca mais houve problema algum relacionado com o acidente. Fiquei muito grato por ter conseguido superar esse problema de maneira eficaz, apesar da minha pouca compreensão da Ciência Cristã.
A Ciência Cristã tem sido de grande ajuda no meu trabalho. Descobri que a oração remove qualquer obstáculo, por mais forte que seja a resistência. Por exemplo, na universidade, membros de algumas tribos ou grupos étnicos são unânimes em afirmar que: "Um grupo é mais favorecido do que o outro," quando se trata de promoções.
Durante o tempo em que estive na escola secundária, freqüentei um liceu estatal. Aí não havia distinção regional ou tribal entre nós. Do mesmo modo, não havia barreiras sociais; não havia tratamento preferencial por sermos filhos desse ou daquele, fosse rico ou pobre. Tendo sido criado assim, era-me bastante natural aceitar o método da Ciência Cristã para curar um conflito departamental que se desenvolveu como resultado do sistema de promoção anual.
Numa ocasião, após terem-se efetuado as promoções no meu departamento, fui confrontado com uma situação embaraçosa. Três pessoas foram promovidas. Olhando para os nomes delas, podia-se facilmente confirmar que a promoção tinha sido feita em favor de um dado grupo étnico.
Alguns colegas descontentes vieram me dizer: "Veja, não é você melhor do que essas pessoas? E você está sentado aí, não fazendo esforço algum para alterar o modo como as promoções são atribuídas." Meus colegas não aceitavam o fato de que eu provavelmente iria permanecer na mesma posição pelos próximos oito anos, se adotasse essa atitude conformista.
De imediato, rejeitei esses comentários. Por ter vindo a entender, através daquilo que lia na lição bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, que nós somos na verdade perfeitos e que tudo o que abençoa um tem de abençoar todos, pude dizer àquelas pessoas que estavam preocupadas comigo: "Destruamos essa bomba de preconceitos contra outro grupo de pessoas. Enquanto não o fizermos, não pode haver alegria entre nós." Disse ainda mais: "Vocês não podem derrotar a Deus e não podem excluí-lo. Assim, não tenho motivo para dizer a alguém: 'Você não é meu amigo porque você foi promovido.' Não há razão para eu deixar de ser amável."
Eu sabia que Deus queria que cada um de nós trabalhasse em prol da união. Assim, tive de fazer o possível para falar com cada uma dessas pessoas em particular. Encorajei aqueles que foram promovidos a simpatizarem com os que estavam ainda lutando dentro do departamento. E aos que estavam insatisfeitos, pedi para serem mais diligentes e afetuosos em suas atividades.
O mais difícil foi quando tivemos de dar notas nos exames de um grupo de estudantes. Era uma classe grande e tivemos de nos reunir. Bem, quando toquei no assunto com meus amigos, houve silêncio. Alguém disse: "Quer dizer que você já não está mais do nosso lado?" Respondi: "Eu estou do seu lado. Mas vocês não estão se encarando como são. Vocês são na realidade filhos de Deus, incapazes de desunião. Vocês têm de compreender isso. Cada um de nós deve desenvolver sua especialidade de acordo com seu próprio ritmo. Devemos aprender a regozijar-nos com aqueles que foram bem sucedidos."
Resolvi orar em meu benefício. Os dois temas da minha oração foram: A promoção provém de Deus e "... progresso é a lei de Deus ...," como a Sra. Eddy o declara em Ciência e Saúde. Senti-me livre de imperfeição ou incapacidade humana e senti também paz e alegria interiores. Encarei o futuro com esperança e gratidão. A cada dia que passava, durante esse tempo de oração, ia percebendo que todos nós estávamos sendo curados do preconceito de uns contra os outros.
O ano seguinte testemunhou o maior número de promoções para o grau de professor universitário que jamais ocorrera no departamento de química. Eu fui um dos promovidos. Dei-me conta de que ao orar por mim mesmo, estava também orando pelo meu departamento.
É através da Ciência Cristã que podemos ajudar o mundo, por maior ou menor que seja o problema. Se pautarmos nossa vida pelo Princípio divino, que é Deus, que é a Verdade, que é a luz do mundo, seremos elevados.
