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Autoridade e cura

Da edição de dezembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Deve Ter Sido extraordinário observar como ocorreu este episódio: um oficial do exército procurou a ajuda de um homem. Primeiramente, o oficial enviou um grupo de líderes do país que seu exército ocupava, para convencer esse homem a prestar-lhe a ajuda solicitada. Esse homem, contudo, não fazia parte de nenhuma hierarquia oficial e não ocupava posição política alguma. Tratava-se de um mestre religioso itinerante que, havia pouco, viera pregar naquela região.

O homem falara abertamente sobre o reino de Deus e dava ao povo a boa nova de que o reino do céu "está próximo". Ensinava a relação que o homem tem com Deus. Algumas pessoas diziam que, quando ele pregava e ensinava, fazia-o "como quem tem autoridade". Mateus 7:29. Ele também curava. Era pela sua faculdade de curar que o oficial do exército o procurava.

O acontecimento está narrado no Novo Testamento. No Evangelho de Lucas, lemos que o oficial, um centurião romano, não estava buscando a cura para si mesmo, mas para um dos servos de sua casa. Ver Lucas 7:1–10. Ele gostava muito desse servo, que estava gravemente doente e supunha-se que não viveria por muito tempo, O mestre e sanador que havia chegado à cidade deles, Cafarnaum, era Cristo Jesus.

Quando os anciãos dos judeus, enviados pelo centurião, chegaram a Jesus e lhe pediram que fosse com eles para curar o servo, primeiramente informaram a Jesus sobre o bom caráter do oficial romano: "Ele é digno... porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga."

Jesus atendeu com compaixão a esse pedido de ajuda e foi com eles à casa do centurião. Ao se aproximarem, os amigos do centurião romano vieram ao encontro de Jesus, trazendo uma mensagem, cujas palavras eram bem específicas: "Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado."

A mensagem do centurião demonstrava honestidade e humildade. Também demonstrava profunda fé, fato esse que Jesus reconheceu publicamente. Em sua conclusão, as palavras do centurião reafirmavam sem nenhuma dúvida o poder da autoridade, nesse caso, o poder curativo da autoridade espiritual. A mensagem do centurião concluía assim: "Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz."

Esse sinal de fé pura e o reconhecimento da autoridade divina eram suficientes para Jesus saber tudo o que precisava, com relação ao caso. O servo foi curado naquele mesmo momento. "E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo."

Saber apreciar a relação que existe entre autoridade e cura é importante tanto para o paciente como para o sanador. Todo genuíno poder sanador é inteira e diretamente derivado de Deus, a Mente única que tudo sabe, o Espírito supremo e onipotente. É mediante a compreensão de que o homem de Deus expressa por natureza a intuição espiritual, a perspicácia e a sabedoria da Mente, que conseguimos a inspiração para captar a verdade específica em cada caso de doença. Essa verdade sobre Deus e o homem põe a descoberto e destrói toda e qualquer mentira sobre a criação de Deus, que pareça ocasionar doenças ou ser uma doença. A Ciência do Cristo prova que a enfermidade é uma mentira, em todas as fases de sua suposta existência. Ver que nossa verdadeira natureza expressa a inteligência da Mente eterna, em vez da ignorância da assim chamada mente mortal, ou carnal, abre-nos o pensamento para receber, confiantes, a mensagem cristã que traz a cura, quer estejamos orando por nossa própria cura ou pela de outrem.

Saber apreciar a relação que existe entre autoridade e cura é importante tanto para o paciente como para o sanador.

É também pela compreensão de que o homem expressa por natureza o todo-poder do Espírito infinito, que está ao nosso alcance manifestar, aqui e agora, o sentido espiritual e as faculdades espirituais existentes no âmago de nosso ser. Tais capacidades espirituais não são suscetíveis de ficar debilitadas, sofrer ferimentos, deformar-se ou limitar-se de alguma maneira. As faculdades espirituais do homem manifestam-se em força, saúde ilimitada, liberdade e pureza. Ao tomar consciência dessa realidade espiritual, essencial, de nossa verdadeira natureza e substância como reflexos do Espírito divino, somos regenerados pelo Cristo, que revela nossa verdadeira relação com Deus. Então vemos o amor sanador de Deus a manifestar-se específica e diretamente na experiência humana.

Ciência e Saúde, o livro da Sra. Eddy que explica plenamente como a lei de Deus opera na cura dos doentes, descreve nestas palavras a autoridade de curar investida em Jesus: "O Cristo era o Espírito ao qual Jesus se referia nas suas próprias declarações: 'Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida'; 'Eu e o Pai somos um.' Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o animava. A Verdade, a Vida e o Amor divinos davam a Jesus autoridade sobre o pecado, a doença e a morte." Ciência e Saúde, p. 26.

A Ciência Cristã deixa claro o papel inigualável desempenhado por Cristo Jesus, como Mestre e Salvador. Esse ponto é básico nos ensinamentos de Jesus. A Ciência Cristã também ressalta a validade, para os dias de hoje, desta declaração do próprio Jesus a seus seguidores: "Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço." João 14:12. Ciência e Saúde coloca essa responsabilidade cristã de fazer o mesmo que Jesus fazia, em relação direta com o ministério da cura espiritual. Refere-se assim às condições mentais necessárias para curar como Jesus ensinou a seus discípulos: "Inteiramente separada da crença e sonho num viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sobre toda a terra. Essa compreensão expulsa o erro e cura o doente, e com ela podes falar 'como quem tem autoridade'." Ciência e Saúde, p. 14.

Em todos os aspectos de nossa vida, nós progredimos na mesma medida em que vemos e aceitamos a autoridade de Deus como sendo a única autoridade sobre todo o bem que queremos alcançar. Abandonamos o falso ego que julga serem pessoais o poder e a capacidade, e que uns os têm em grau maior do que outros; que eles dependem de faculdades humanas, circunstâncias ou, até mesmo, de sorte. O poder e a capacidade provêm de uma única fonte real, qual seja, o poder da Mente e a presença do Espírito. Ao orientar nosso trabalho de cura, Ciência e Saúde afirma: "A Mente exerce autoridade sobre os sentidos corpóreos e pode vencer a doença, o pecado e a morte. Exerce tu essa autoridade conferida por Deus. Toma posse de teu corpo e governa-lhe a sensação e a ação. Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a faculdade e o poder divinamente outorgados ao homem." Ibidem, p. 393.

O que vem de Deus é definitivo. É completo e absoluto. É a autoridade suprema para toda cura cristã sse para todo sanador cristão.

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