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Brilhando com os "astros"

Da edição de dezembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes sonhamos em ser astros da televisão, do cinema ou da música, mas será que podemos realmente acreditar que ser rico e famoso é o único caminho para a felicidade e a satisfação?

De uma pessoa para a outra, podem ser diferentes os heróis e modelos de vida escolhidos. Uns admiram astros do rock, outros, os campeões de algum esporte. Mas o problema de transformarmos uma pessoa em herói, é que um talento específico é freqüentemente confundido com grandeza total. Não é importante apenas ter talento; o que realmente importa é como ele é usado.

As verdadeiras grandes conquistas da humanidade continuam a nos inspirar perenemente. Cristo Jesus é, para os cristãos, a maior inspiração. Em sua época, contudo, ele foi uma grande decepção para algumas pessoas que esperavam que o Messias fosse um herói conquistador, que livraria a nação judaica da opressão política. Na verdade, a carreira de Jesus teve um alcance muito maior do que qualquer pessoa de então poderia ter imaginado. Ele apresentou a toda a humanidade e para todas as épocas a necessidade do triunfo sobre o mundo, isto é, sobre o materialismo e o mal.

Jesus deixava as pessoas perplexas porque declarava não ter capacidade pessoal própria. Ele deixou claro aos seus seguidores que Deus, o Pai, era a fonte de todo talento e poder. Se nós aplicarmos esses conceitos cristãos à vida cotidiana do século vinte, podemos dizer que cada um de nós tem talentos especiais, individuais, como filhos de um mesmo onipotente e onipresente Pai-Mãe. Nosso papel é descobrir quais são esses talentos e usá-los de acordo com o propósito de Deus.

Com confiança e paciência, podemos esperar pelo desdobramento diário da bondade e do amor ilimitados de Deus. Cada um de nós desfruta de oportunidades ilimitadas de expressar qualidades tais como inteligência e criatividade, cuja fonte é Deus. Ao compreender que, no reino de Deus, nenhum de nós está acima de outro e que ninguém jamais é negligenciado, descobrimos que todos temos um propósito especial, e todos constantemente ocupamos uma posição útil, permanente, no universo de Deus, uma posição que nenhuma outra pessoa pode preencher.

Às vezes vem a tentação de idolatrar uma pessoa em especial. Os Dez Mandamentos nos aconselham a não fazer isso. Talvez seja porque para desenvolver todo nosso potencial, precisamos reconhecer a Deus como a fonte de toda individualidade, expressão e capacidade. Fazendo isso, podemos apreciar todas as boas qualidades nos outros, e sentir-nos livres para cultivar e expressar tais qualidades em nós mesmos. Essa é uma maneira equilibrada e altruísta de encarar a vida, que nos dá uma base firme para o progresso individual e coletivo. Também nos dá confiança e satisfação duradouras, que simplesmente não podem ser encontradas na obsessão por alguma personalidade carismática ou na abundância de coisas materiais.

Quando eu estava no colegial, de repente descobri a música rock. Era algo especialmente fascinante para mim e proporcionou-me muitas horas de prazer. Após completar a faculdade, agarrei uma oportunidade de trabalhar nesse ramo e aceitei um emprego em uma grande gravadora. Durante algum tempo foi divertido; eu tinha amigos com os mesmos interesses. Mas também descobri que simplesmente estar perto de pessoas que eu admirava não me transformava necessariamente numa pessoa melhor ou mais interessante.

Muitas pessoas trabalham "criando" os assim chamados "astros". Eles querem que nós os idolatremos porque, no fim das contas, essa é a oportunidade de vender todo tipo de mercadoria, vídeos, jogos, equipamento esportivo, fitas, CDs, roupas, filmes, revistas. Com isso, podemos ser influenciados a agir de um determinado modo ou a adotar um certo visual para criar uma imagem que seja atraente para os outros. Trata-se, na realidade, de uma forma de manipulação. Talvez sejamos tentados a procurar ser melhores, simplesmente adotando um visual ou estilo de vida que está na moda, não dando a devida importância ao trabalho honesto e seus frutos. Mas os supostos benefícios de tal estilo de vida são inevitavelmente ilusórios, trazendo tão pouca satisfação quanto sonhar acordado.

O que precisamos, no entanto, é um sendo mais vigilante da realidade, de quem realmente somos, pois talvez ainda não percebamos os talentos e o profundo bem de que somos dotados. A vida está cheia de oportunidades para provar que somos dignos dos talentos que possuímos. Sabemos que o simples ato de observar os atletas não nos torna atléticos! Para conseguir algo, temos de entrar na pista e correr.

Talvez precisemos de certa dose de coragem para aceitar um padrão espiritual de alegria e de sucesso, quando o mundo e a mídia estão anunciando justamente o oposto. Mas cada um de nós tem a capacidade inata de reconhecer e agir de acordo com aquilo que é bom e proveitoso. O desejo por algo mais do que uma compreensão superficial do mundo não pode ser satisfeito pela matéria. Constatamos que as pessoas realmente admiráveis da sociedade não são simplesmente aquelas em posição preeminente em sua área, mas são aquelas que amam e apreciam o bem e que estão progredindo diariamente com humildade, em direção à perfeição. Reconhecer que somos os filhos constantemente amados de nosso divino Pai-Mãe Deus, nos dá confiança para lidar com a vida diária, sem recorrer a apoios materiais ou "sintéticos", como drogas e álcool.

A Sra. Eddy exorta seus seguidores a buscar os mais altos valores, pois ela compreendia que o homem de Deus é absoluta e essencialmente espiritual e perfeito. À medida que aceitamos nosso direito inato de filhos e filhas de Deus, nossa vida se eleva e se transforma. No capítulo "Os Passos da Verdade", em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz como fazer isso, passo a passo, e quais ideais devemos buscar: "Aceitemos a Ciência, renunciemos a todas as teorias baseadas no testemunho dos sentidos, abandonemos os modelos imperfeitos e os ideais ilusórios; e tenhamos assim um Deus único — uma Mente única — e este Deus, perfeito — produzindo Seus próprios modelos de excelência." Ciência e Saúde, p. 249. Quando fazemos isso, estamos permitindo que a bondade e a perfeição de Deus brilhem em nós.

Eu costumava achar que a parábola dos talentos, contada por Jesus, Ver Mateus 25:14–30. era particularmente severa. Ali, três servos recebem talentos, ou seja, dinheiro, de seu patrão. Os dois que mais receberam investem o dinheiro, multiplicam-no, e depois recebem permissão de ficar tanto com o montante principal quanto com os juros. Mas o terceiro servo, temeroso de perder o pouco que recebeu, enterra seu talento. Irado com essa atitude, o patrão exige seu dinheiro de volta e despede o servo. A mim, parecia que aqueles que nada tinham na vida seriam punidos. Agora percebo que, pelo contrário, Jesus estava despertando seus seguidores para o fato de que não há pessoas pobres no reino de Deus. Que bênção é saber que todos somos filhos de Deus e que cada um de nós tem talentos e capacidades ilimitadas, como Sua expressão. À medida que apreciamos nossos talentos dados por Deus, achamos modos apropriados e produtivos de utilizá-los.

Deveríamos ter a expectativa de alegria e satisfação crescentes em todos os aspectos da vida, e por toda a vida. Quando reconhecemos a Deus como a fonte de toda bondade, não perdemos nada de prazeroso em nossa experiência, pelo contrário, ela se torna mais rica com a compreensão de que temos a capacidade de aproveitar ao máximo todo o bem espiritual, até mesmo o que há de bom no rock! Com Deus, você descobrirá que pode realmente brilhar como os astros, e que não está limitado a apenas segui-los.

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