Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Recorrer aos anjos na educação dos filhos

Da edição de dezembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


A Educação Não Precisa ser um jogo mental desgastante de puxa-que-puxa entre pais e filhos. Querer forçar os filhos a aceitar um determinado comportamento ou atitudes específicas, é tão pouco producente como querer introduzir objetos quadrados em orifícios redondos. A solução que eu encontrei foi parar de insistir e, ao invés disso, dar lugar ao Pai celestial por meio de humilde oração.

Meu conselho quanto a não continuar insistindo não significa capitular ou deixar de cumprir as responsabilidades paternas. Em vez disso, requer um reconhecimento bem fundamentado de que Deus, a Mente divina, é o mais eficiente Professor e Comunicador. Quando me sinto frustrado em meus esforços de transmitir uma idéia aos meus filhos, saio do campo de batalha. Trato de acalmar meus próprios pensamentos, e oro: "Que os anjos falem com eles."

Essa frase é o título de uma poesia que apareceu no The Christian Science Journal (setembro de 1981, p. 524). Copiei-a e colei-a no espelho do banheiro, como lembrete constante de que a persuasão humana não é o meio mais eficaz de comunicar-se. Os anjos fazem isso bem melhor. Os anjos, conforme a definição de Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, são "pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração da bondade, da pureza e da imortalidade, neutralizando todo o mal, toda a sensualidade e mortalidade." Ciência e Saúde, p. 581.

Deus, a Mente infinita, está sempre transmitindo idéias corretas a Seus filhos. Comunicar-se faz parte da natureza da Mente. E ser receptivo faz parte da natureza do homem, a semelhança espiritual de Deus. Como pais e filhos são, em sua identidade verdadeira, idéias de Deus, a comunicação divina atinge tanto a uns quanto aos outros. Não precisa necessariamente passar por mim, como pai, para poder alcançar meus filhos, pois a Mente não precisa de intermediários nem de intérpretes.

Embora essa comunicação clara de Deus para o homem seja contínua, temos de ouvir a Deus de todo o coração a fim de excluir a interferência da vontade pessoal. Aí ouvimos as mensagens angelicais e podemos agir de acordo com elas.

Quando oro para deixar os anjos agirem, na realidade, estou orando para mim mesmo como pai. Pais e mães talvez queiram assumir pessoalmente o controle das coisas, dominar a situação e resolvê-la rapidamente. Não há necessidade de argumentação nem de discussão, raciocinamos, porque nós sabemos a maneira de fazer as coisas. À nossa maneira.

Não há dúvida de que às vezes é necessário guiar nossos filhos com firmeza. Mas quando as disputas se baseiam em opiniões humanas em vez de orientação divina, os resultados são, não raro, contraproducentes. Pais e filhos se tornam vítimas da vontade humana e daí vem a confrontação.

Tais confrontos podem parecer inevitáveis na criação dos filhos. Mas justamente nessas ocasiões, recorrer humildemente aos anjos é mais eficaz. Depois de uma explosão de raiva, melhor ainda, antes que ela ocorra, submeter nosso pensamento às mensagens angelicais de Deus traz calma, raciocínio e cura. Vemos que "... a peleja não é [nossa], mas de Deus". 2 Crônicas 20:15. Quando permitimos que Deus assuma as rédeas, a vontade humana se dissolve, a agitação se dissipa.

Quando confiamos no fato de que Deus está constantemente enviando mensagens angelicais a Seus filhos, ficamos com mais força para ter paciência. E a paciência é o começo da cura de relações estremecidas. Ciência e Saúde dá um sábio conselho: "Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras." Ciência e Saúde, p. 4.

No fundo do coração, é provável que desejemos que essas qualidades se manifestem em nossas relações com os filhos, mas às vezes isso é difícil. No entanto, até nas piores situações, o Cristo está presente para abrir o caminho. É papel do Cristo, a influência divina sempre presente na consciência humana, redimir o pensamento extraviado, a fim de alinhá-lo com Deus, o Amor divino.

Não podemos sentir essa redenção por meio da força de vontade humana. O Cristo vem e faz seu trabalho somente quando deixamos de lado a vontade humana. Jesus submeteu sua vontade inteiramente à divina, e isso o capacitou a redimir pecadores e a reformar o caráter daqueles que entravam em contato com ele. E o efeito de sua obra sanadora sempre foi o de restaurar na pessoa um conceito correto de sua relação com Deus.

Em última análise, o que importa é a terna relação entre o Pai divino e Seu filho. A compreensão disso traz cura a qualquer conflito entre pais e filhos. Por ser Deus Espírito, o homem que Ele cria é espiritual, inseparável dEle. Esse homem está firmemente sob o harmonioso governo de seu Pai celestial, e não há nada que possa opor-se a esse fato, ou revogá-lo. Deus e Suas idéias nunca estão em conflito, nunca estão uma contra a outra. Aliás, nenhuma vontade obstinada ou mal orientada pode afetar essa relação indestrutível.

Deus, na Sua infinita sabedoria e amor, faz com que cada um dos Seus filhos Lhe seja obediente. O fato espiritual é que ninguém pode extraviar-se. Os esforços humanos para assumir o controle têm eficácia duvidosa, se presumirem que a sabedoria de Deus está ausente, ou que de algum modo Ele abandonou o controle de Seus filhos.

Desse modo, quando oro, trato de certificar-me de não ter aceito essa hipótese errônea. Esforço-me para deixar de lado minhas opiniões e reconhecer a constante presença dos pensamentos de Deus, que a todo momento comunicam idéias corretas a cada um de Seus filhos, aos meus adolescentes, e a mim. A comunicação angelical é suave, completamente eficaz e não tem elementos de coerção ou imploração. Leva-nos à ação certa no momento certo. E não há resistência a essa diretiva, porque ela tem em si o poder divino.

Quando mentalmente me afasto da cena humana, consigo ver melhor o ser espiritual de cada membro da família. Esse ser não contém nem um grão de desobediência, intimidação ou autodestruição. Cada um é feito para glorificar a Deus.

Recorrendo aos anjos, na criação de meus filhos, tenho visto situações problemáticas serem corrigidas e modificadas. Minhas filhas encontraram soluções para seus problemas, cresceram em graça e capacidade, e não foram prejudicadas por erros advindos da teimosia. Tem havido mais harmonia na comunicação pais-filhos, e com isso há mais receptividade às razões que motivam as decisões. Desenvolveram-se hábitos mais eficientes nos estudos, melhor administração do tempo, mais contentamento em compartilhar e maior gratidão por tudo o que é necessário para fazer com que a família viva harmoniosamente.

Eu mesmo cresci, e muito. Os anjos me ajudaram a expressar mais paciência e graça e curaram a angústia criada quando imponho minhas próprias regras. Tenho mais sensibilidade para apoiar o jovem que esteja enfrentando a decepção ou o medo. Quando percebo a pressão da turma no pensamento de um filho, sinto menos medo, enquanto trabalhamos juntos para resistir e destruir as influências danosas.

Os anjos nos ajudam a cultivar relacionamentos que trazem profunda satisfação. Nossa confiança no trabalho deles poupa um bocado de sermões e eleva as relações pais-filhos a patamares espirituais.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / dezembro de 1996

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.