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Ler Ciência e Saúde pela primeira vez

Da edição de dezembro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


O Que Foi Que despertou em mim o desejo de ler Ciência e Saúde, de capa a capa, pela primeira vez? Eu havia lido uma biografia da autora, Mary Baker Eddy, para um trabalho da faculdade, intitulado: "Mulheres que tiveram influência no mundo".

O que me impressionou foi a vida dela, a sinceridade do seu espírito cristão, seu êxito em vencer obstáculos, sua luta abnegada para compartilhar com a humanidade a descoberta das leis de Deus. Lembro-me de haver pensado: "Esta mulher deve ter algo importante a dizer. O mínimo que eu posso fazer, depois de todo o seu esforço, é ler o livro dela." Além disso, pessoas que eu conhecia, incluindo meus pais, que tinham lido a sua obra, levavam-na a sério, punham em prática o que haviam lido, eram pessoas amorosas, e fortes em épocas de crise.

Então resolvi lê-lo. Não de imediato. Mas esses pensamentos ficaram comigo até que finalmente me impeliram à leitura.

Havia muita coisa que eu não compreendia, devido à amplitude do tema: a Ciência divina. Até mesmo a junção dessas duas palavras pode parecer estranha, de início. Ainda assim, achei que não seria possível colocar um tema tão extenso de maneira mais apropriada e mais simples ao mesmo tempo. Ao continuar com a leitura, os seguintes pontos se destacaram para mim, na época:

• É um livro que respeita o leitor, por considerá-lo um pensador e leva-o a uma reflexão mais profunda. Faz mais de quinhentas perguntas no decorrer do texto, perguntas que fazem o leitor parar e questionar-se, perguntas que desafiam os conceitos mais entranhados sobre o que é, ou não, real.

• É um livro que toma o leitor pela mão e o ajuda desde o primeiro passo, acompanhando-o ao longo do caminho, à medida que explora os conceitos espirituais.

• É um livro que não pretende, aliás, nem mesmo tenta, tomar o lugar da Bíblia Sagrada ou deixá-la em plano secundário, mas sim a torna mais significativa do que nunca, na proporção em que suas promessas se concretizam, inclusive a promessa de Cristo Jesus de que todos os que acreditassem nele poderiam realizar as obras que ele fazia.

• É um livro que não tenta convencer o leitor a acreditar em Deus, pelo contrário, desperta nele uma convicção nova de que Deus é o Amor que já está aqui, sempre, e mostra mais e mais o Amor divino, conforme a leitura progride.

O último capítulo, "Frutos", causou-me um impacto tremendo. Cem páginas de cartas de pessoas que leram o livro, e agradecem à autora por tê-lo escrito, pois todos foram curados apenas com sua leitura.

Aparecem ali toda sorte de pessoas, de diferentes experiências anteriores, curadas de vários tipos de problemas, agudos, crônicos, contagiosos, congênitos, incuráveis, como câncer, catarata, tuberculose, só para dar alguns exemplos. A experiência de cada testemunhante é diferente, também. Alguns procuraram o livro esperando a cura, outros não. Alguns perceberam que haviam compreendido muito pouco do que tinham lido, mas mesmo assim haviam sido curados. Muitos dos relatos destacam que a cura física fora ainda a parte menos significativa de tudo o que eles haviam ganho.

Todavia, pareceu-me que há um aspecto comum a todos: em cada caso, à medida que eles liam, um pouco da verdade daquilo que liam esclarecia-lhes o pensamento. Era tudo o que era preciso. A cura era o efeito natural, normal e necessário dessa luz. O que todas essas cartas me diziam, era que é impossível ler esse livro do começo ao fim, com o coração receptivo, e ainda ser a mesma pessoa no final da leitura.

Serei honesta. Quando terminei a leitura, inclusive daquelas cartas, não me senti nada diferente, a princípio. Mas, no fundo do pensamento, tinha ficado muito mais substância do que eu percebera. E, como o fermento na massa, a levedação mental tivera início.

Não podia esquecer uma conclusão da autora: "...Deus é Amor, e por isso, Ele é princípio divino." Ciência e Saúde, p. 275. Isso me voltava ao pensamento constantemente. O que é que ela estava vendo sobre Deus, como Amor, que a levou à conclusão inevitável de que Deus é princípio?

Deus é Amor, e não poderia ser Deus se não fosse Amor, isso era para mim uma convicção sólida. "Bem, se eu partir desse ponto, como fez a autora, chegarei à mesma conclusão", pensei. O primeiro vislumbre dessa conclusão veio-me quase que imediatamente, ao ponderar o que significava para mim: "Deus é Amor." Ele não é um tipo de Amor. Não é às vezes Amor. Mas é sempre, só e constantemente, de todas as maneiras, bom. Isso é Amor! Amor incondicional, invariável, constante, com o qual podemos contar. Amor inalterável. "Isso é Princípio!" disse a mim mesma.

Durante vários dias apeguei-me a essa compreensão do Amor. Captei a visão do Amor como sendo infinito. Pensei na proximidade, na presença, na bondade, na totalidade, na unicidade do Amor. Não há nada fora do Amor, raciocinei, e não há oportunidade, nos sistemas do Amor, para algo que não seja amável, amoroso ou amado, de nenhuma forma, caráter, substância, pensamento, motivo ou maneira.

Enquanto estava nesse estado iluminado de pensamento, minha filha veio me dizer: "Olha como eu estou!", apontando para grandes vergões em todo o corpo. Nem eu nem ela nos assustamos. Naquele momento, Deus era mais real para mim do que todos os vergões do mundo juntos. O que eu conhecia era a ternura do Amor. O Salmista diz: "Toda formosura é a filha do Rei no interior do palácio." Salmos 45:13. O filho de Deus, cada um de nós, é espiritual, não material. Minha filha e eu nos abraçamos, felizes. Quase nada foi dito, mas nós duas sentimos a presença do Amor. Em poucos minutos ela estava pronta para brincar novamente e, no jantar, mais ou menos uma hora depois, os vergões haviam desaparecido.

Eu estava aprendendo a conhecer a mim mesma e a todas as pessoas, de uma nova maneira: como provenientes do Amor. E estava vendo como são naturais a esperança, a saúde, a harmonia e a felicidade. O Amor divino é uma lei de destruição para tudo o que é diferente do Amor.

Logo percebi que Ciência e Saúde não é um livro para ser lido uma única vez. Você volta a ele mais e mais. Você quer, e percebe que precisa, voltar a ele para conseguir mais. Enquanto isso, você se torna melhor pai ou mãe, melhor amigo, empregado, cidadão, uma pessoa melhor do que era antes. No começo talvez você não entenda como, mas sabe que é genuíno. A vida assume um significado novo.

Você já leu esse livro? Vá em frente. Veja por você mesmo. Veja se ele não abre seu pensamento para uma série de fatos novos, fatos espirituais, que mudam a maneira de você ver as coisas.

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