O Texto A Seguir é do "Discurso de abertura do Congresso da Paz", realizado em Paris em 21 de agosto de 1849. Vítor Hugo é um dos maiores expoentes da literatura francesa do século XIX. Suas idéias expostas neste texto se harmonizam perfeitamente com este número do Arauto.
Chegará o dia em que uma guerra entre Paris e Londres, entre São Petersburgo e Berlim, entre Viena e Turim será tão absurda e impossível quanto o seria hoje entre Ruão e Amiens, entre Boston e Filadélfia. Chegará o dia em que todas as vossas nações do Continente constituirão uma irmandade européia, sem sacrificar vossas gloriosas peculiaridades. Chegará o dia em que não haverá campos de batalha, exceto nos mercados, que se abrirão ao comércio e às mentes receptivas a pensamentos — o dia em que as balas de canhão e as bombas serão substituídas pelos votos das nações, com o venerável tribunal do arbítrio. Chegará o dia em que o canhão será uma peça de museu, tal como o são hoje os instrumentos de tortura; e os povos ficarão perplexos ao saber que eles foram utilizados. Chegará o dia em que veremos esses dois enormes grupos: os Estados Unidos da América do Norte e os Estados Unidos da Europa, estendendo as mãos, mutuamente, através do oceano.
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