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O espaço cibernético e a onipresença de Deus

Da edição de agosto de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Deus Enche Todo o espaço. Acontece que a inventiva humana criou um "novo" espaço, uma localidade eletrônica, e o denominou "espaço cibernético". Pode esse território anteriormente inexplorado existir fora do Espírito infinito, Deus, e de suas imutáveis leis do bem, e ser usado como um canal para o mal? Ou será que ele pode ser um espaço onde o bem é independente de Deus, um ambiente material benéfico em si e de si mesmo?

Tanto na terra, como no espaço cibernético, podemos navegar com uma bússola moral!

Do ponto de vista espiritual, nada do que foi dito acima é possível. O espaço cibernético não altera as verdadeiras leis do universo, a lei espiritual do bem que anula todo o mal. Nem pode uma forma material usurpar a infinita supremacia de Deus. A Internet exerce uma influência prejudicial, quando o intuito para fornecer ou consumir suas comunicações é egoísta e mortal. E tem uma influência construtiva, quando o intuito é cristão e espiritual.

Há muitas evidências do desejo de se usar a Internet para comunicar o bem. Por exemplo, a Internet leva a eterna mensagem da Bíblia mesmo para aqueles que vivem nos países onde a reunião de cristãos é ilegal. A página sobre a Igreja da Christian Science, The First Church of Christ, Scientist, na Internet leva as boas novas do Consolador, inclusive artigos como este, para muitos que ainda não tiveram acesso à informação sobre a cura espiritual e a regeneração.

Mas, o que dizer do uso negativo que é feito da Internet, dos grupos de notícias, e dos diversos serviços "online"? Pornografia, mensagens de ódio ou cheias de blasfémias também circulam eletronicamente. E mesmo sem contar com esses excessos indecorosos, "surfar" através desses novos canais de informação pode conduzir a muitas coisas absolutamente vulgares. Ficar "on-line" equivale, muitas vezes, a abrir a porta a uma avalanche de influências e informações negativas ou sem valor substancial.

Mas não precisa ser assim. Tanto na terra, como no espaço cibernético, podemos navegar com uma bússola moral! Ao explorar a Internet, cuja popularidade continua aumentando, é muito importante ficar alerta e exercer a autocensura, assim como devemos ser prudentes ao comprar livros, disciplinados ao assistir à televisão e seletivos com todas as manifestações culturais.

Se, através do crescimento espiritual e da regeneração cristã, tivermos entendido com clareza o quanto a indulgência com os apetites sensuais é prejudicial para a nossa compreensão da presença de Deus — e para a nossa vivência de Seu amor — nossa atitude não irá se modificar só porque estamos no espaço cibernético. Aquilo que corrói a pureza do nosso pensamento através de imagens sensuais e perniciosas não é mais, nem menos, fatal à nossa felicidade, por vir a nós através de um computador, em vez de vir por outros meios.

Também precisamos cuidar das necessidades de nossos "vizinhos" de Internet, conhecidos e desconhecidos. A melhor maneira de acentuar as possibilidades positivas da Internet é incitar a uma "vigilância" em espírito de oração, afirmando que toda realidade é divina. A realidade não é invadida por nenhum elemento ou manifestação material, e a compreensão disso traz apoio espiritual a todos. Segundo a Bíblia, Deus é onipresente. Esse fato da natureza de Deus é afirmado pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde. Ela escreve: "[Deus] Enche todo o espaço, e é impossível conceber-se tal onipresença e individualidade, senão como Espírito infinito ou Mente infinita" (p. 331).

A Mente está sempre divulgando conceitos puramente espirituais.

Isso não quer dizer que Deus esteja nos serviços da BBS e nas páginas da Internet recebidas pelos computadores conectados, no mundo inteiro. Nem o Espírito divino está sendo conduzido nas conexões materiais que formam a Internet. O que acontece é que, mesmo diante de uma rede eletrônica que parece estar veiculando principalmente conceitos materiais, podemos afirmar que a Mente onipresente é a única realidade. A Mente está sempre divulgando conceitos puramente espirituais, e essa é a única mensagem verdadeira que o homem pode desejar ou receber. Nossas orações confirmam essa unicidade da verdadeira comunicação.

Tal oração inclui substituir o senso materialista de um sistema falível e variável, feito pelo homem, pela percepção espiritual da idéia perfeita que ele realmente representa. Ciência e Saúde explica: "A intercomunicação se faz sempre de Deus para Sua idéia, o homem" (pp. 284–285).

Essa comunicação espiritual ocorre ininterruptamente, como resultado da infinita e eterna onipresença de Deus, que se revela a si mesma. Essa auto-revelação divina, a mensagem do Cristo, que introduz a verdade sanadora da realidade espiritual, fala aos homens, mulheres e crianças — hoje, amanhã e sempre.

Um pouco menos de dois mil anos antes da revolução "hi-tech" dos dias de hoje, Cristo Jesus deu provas do efeito sanador da comunicação instantânea de Deus à humanidade, totalmente desvinculada do tempo e da distância. A Bíblia registra a cura do filho de um oficial do rei, que estava seriamente doente em Cafarnaum (ver João 4:46-53). Ele se recuperou da doença que parecia mortal, no instante em que Jesus orou por ele na longínqua Caná da Galiléia. Pôr em prática esse tipo de oração é muito importante para a humanidade, quer o impulso específico para fazer isso seja devido a um encontro cara a cara na rua, quer a mensagem tenha chegado eletronicamente do outro lado do globo.

Adotar os meios da alta tecnologia para ir ao encontro dos outros é construtivo na medida em que houver por trás o desejo de curar. Como milhões de pessoas já estão buscando nesse novo sistema a informação, a amizade e a comunicação, é imprescindível que a mensagem do Cristo também esteja ali presente. Aqueles que compreendem a diferença que a oração científica faz em toda experiência humana, irão discernir a exigência que o espaço cibernético lhes faz para que desmantelem seu potencial negativo e aproveitem as oportunidades que ele oferece.

Tal como qualquer outro ambiente em que possamos nos encontrar, o espaço cibernético é suscetível a tudo aquilo que pensamos a respeito dele. Podemos orar com fidelidade para reconhecer o Cristo, a Verdade, como presença imperturbável dentro da "comunidade cibernética" mundial, da mesma forma como reconheceríamos a presença do Cristo em nossa casa ou na vizinhança. Dessa forma, estaremos apoiando seu potencial para incrementar, em vez de destruir, a felicidade e as mais elevadas esperanças do ser humano.

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