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SERÁ QUE AS CRIANÇAS DA SUA COMUNIDADE SÃO APENAS CRIANÇAS?

Da edição de agosto de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Pode Parecer Que as crianças sejam as pessoas menos poderosas dentro da sociedade. Elas não têm dinheiro, não têm conhecidos importantes, nem posições influentes. São menores e mais fracas do que os adultos. Não possuem títulos e tampouco tomam decisões sobre leis ou finanças. Os adultos, às vezes, tratam-nas como se não existissem, inferiorizandoas ao dizer coisas como: "São apenas crianças."

Entretanto, elas são seres completos, com total capacidade de expressar a bondade de Deus. Como tais, são capazes de dar contribuições valiosas para o mundo. Como imagem, idéia de Deus, a Mente divina, cada uma delas pode expressar inteligência, clareza de pensamento e inspiração. Por sermos o reflexo do Amor, todos nós podemos, sinceramente, expressar interesse e cuidado por nosso próximo. Todos os que expressam essas qualidades, inclusive as crianças, trazem a influência alterante e sanadora do Cristo à sua própria vida e à sua comunidade.

A dedicação à prática do bem é muito natural para todos os filhos de Deus e inclui qualidades como humildade e amor, inatas às crianças. As virtudes destas eram especialmente reconhecidas e apreciadas por Jesus. Ele disse: "Aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:4). É fácil imaginar os benefícios que nossas comunidades teriam com a livre expressão dessas qualidades puras das crianças. As comunidades seriam realmente unidas, as pessoas se conheceriam, se amariam e cuidariam umas das outras.

Há dois anos, no verão, conheci algumas crianças que me mostraram como isso pode acontecer. Certo dia, estava descendo a passagem atrás de minha casa e comecei a conversar com uns meninos que estavam ali parados. Durante nossa conversa, perguntei-lhes o que nossa cidade mais precisava, na opinião deles. Um deles apontou para o lixo espalhado por ali e disse: "Precisamos de alguém que retire todo esse lixo." Vi que eles tinham razão. Mais tarde, pensei: "Talvez os garotos me ajudem a fazer isso, se eu pedir." Dois dias mais tarde, perguntei para duas meninas que eu conhecia o que elas achariam de um projeto de coleta do lixo. O entusiasmo delas foi evidente e começaram a pular de alegria.

Depois de terem se acalmado o suficiente para conversarmos, contaram-me que durante todo o verão haviam visto propagandas na televisão que incentivavam os jovens a fazerem trabalho voluntário para a comunidade. Essas garotas realmente queriam fazer alguma coisa útil para o bairro, mas não sabiam como começar. Não tinham dinheiro. Além disso, eram poucas e, ainda por cima, eram "apenas crianças". Teria sido fácil para elas aceitarem esse ponto de vista e não fazer nada. Pude ver, porém, que estavam motivadas por um amor puro pelos vizinhos e pelo bairro e que tinham muitas idéias boas. O entusiasmo e a disposição delas para ajudar impeliu-as a irem adiante.

Aos poucos, as crianças começaram a ver que havia muita coisa que elas, mesmo sendo poucas, poderiam fazer e que seus esforços, ainda que pequenos, eram importantes. Continuaram falando sobre as idéias que lhes ocorriam e começamos a tomar algumas atitudes. A cada passo dado, eu percebia que não mais se sentiam impotentes. O amor que tinham no coração durante todo o tempo estava encontrando formas de se expressar através de boas obras no nosso bairro. Foi animador observar isso.

Esses jovens também chegaram a algumas conclusões interessantes, à medida que o projeto de coleta do lixo avançava. A primeira coisa foi que a restrição financeira — o fato de não terem dinheiro — era irrelevante, uma vez que não necessitavam de dinheiro para essa obra. Enquanto planejavam e realizavam o projeto, era evidente que se sentiam entusiasmados de uma maneira que só é possível por meio de boas obras. Estavam compreendendo que todos, até mesmo uma criança, têm o poder de colaborar e fazer o bem.

Algum tempo depois, outras pessoas ficaram sabendo do trabalho que as crianças haviam feito e interessaram-se por colaborar no projeto seguinte. Mais crianças e alguns adultos entraram para o grupo. Certo homem que ouvira falar sobre essa ação comunitária gostou tanto, que doou uma quantia para comprar abrigos especiais para todos os participantes, e um canal de TV para crianças permitiu-nos estampar neles seu logotipo. Um repórter escreveu um artigo e um fotógrafo do jornal tirou fotos da garotada. Quando os professores, vizinhos, amigos e parentes viram o artigo, os meninos receberam muitas reações positivas. Organizaram outros projetos nos quais mais garotos participaram, causando um impacto ainda maior em nossa cidade: Visitaram os velhinhos de uma comunidade de aposentados, plantaram flores no centro da cidade e agendaram outros projetos de coleta do lixo. Hoje, são mais do que simplesmente alguns jovens com vontade de ajudar. Representam uma verdadeira força para o bem de nossa cidade.

Essa força é o amor que os motiva. Manifesta-se através do serviço comunitário, mas não se limita a tais atividades. Visto que toda ação é motivada por um genuíno e ativo amor ao próximo, nosso trabalho tem o apoio poderoso do Amor divino, Deus.

Uma mensagem frequente na Bíblia sustenta a existência, a contabilidade e a força desse poder espiritual. Muitas vezes a mensagem bíblica mostra o que essas crianças comprovaram: o poder espiritual é superior às limitações físicas e o bem é maior do que o mal. Ciência e Saúde explica: "O bem que fazes e incorporas, te dá o único poder que se pode alcançar. O mal não é poder" (pág. 192). O verdadeiro poder se vê no bem que fazemos.

As crianças do meu bairro mostraram-me o poder espiritual que está disponível a todos, independentemente de aparentes limitações. O pensamento correto e os atos corretos impelem e apoiam as boas obras. Tornam visível o verdadeiro poder, disponível a cada um de nós, exatamente agora.

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