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Namorados, namoradas, colegas, amigos, pais, mães ...

relações harmoniosas e francas

Da edição de agosto de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Elas dizem isto...

Entrevista entre: ,

Kerry — A coisa mais importante que aprendi, no que se refere a relacionamentos, é que você tem de identificar com quem você realmente se relaciona. O que realmente vale é seu relacionamento com Deus. Você precisa ver seu relacionamento com Ele, e não com a personalidade de alguém. Se não, você pode transformar essa personalidade num deus, e essa seria uma base errada.

Maartje — Quer dizer, o amor que vocês sentem um pelo outro é o resultado de seu relacionamento com Deus, em primeiro lugar. Nesse caso, seu amor é mais espiritual, e o amor entre duas pessoas terá menos problemas.

KerryCiência e Saúde diz: "O Amor é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas" (p. 13). Seu relacionamento é um reflexo desse Amor. Esse amor é para todas as pessoas com quem você entra em contato. Mesmo que seu relacionamento com um rapaz seja o ponto mais importante dos seus pensamentos, você não pode se limitar a dar amor só a ele.

Maartje — Claro, pois o verdadeiro amor é extrovertido.

Chelsea — Então, quando um relacionamento não funciona, você não sofre tanto com a perda. Porque você pode continuar a dar tanto amor quanto antes, e você continuará a receber amor da parte de Deus. Você não precisa parar de amar.

Deonna — Por que é que às vezes demora tanto para a gente superar o rompimento de um namoro? Do que é que você sente falta — é das experiências pessoais que tiveram juntos?

Chelsea — Quando você perde a conexão com alguém, é o relacionamento com uma pessoa que você perdeu. Você pode sentir-se realmente feliz, se já não conta com essa pessoa? Pode, sim. Porque você jamais perde sua união com Deus.

Maartje — Eu gosto do que você estava dizendo, Kerry, que não há razão para ficar pessoalmente ofendida, quando um namoro termina. E se é muito difícil superar isso, pode ser que você esteja tomando a coisa de forma demasiadamente pessoal. Não precisa ser assim, pois você não perde amor, pois o amor de Deus está em toda parte.

Kerry — Claro, Deus não vai levar você na direção errada. Se parecer, por um momento, que você está indo para o lado errado, Deus vai levá-la para o lugar certo. Basta você pedir ajuda a Deus. Você não pode distanciar-se do plano que Ele tem para você.

Maartje — E o que vocês acham do medo de assumir um compromisso? O casamento, por exemplo.

Deonna — É um compromisso com uma pessoa, ou com Deus? Eu acho importante, nesse relacionamento, a gente se comprometer a expressar qualidades espirituais, qualidades que recebemos de Deus — como paciência, afeto, etc.

Maartje — Você assume esse compromisso, num relacionamento, você decide que os dois vão progredir juntos, para se tornarem pessoas melhores e tentar desenvolver o caráter de ambos, a fim de poder glorificar a Deus. Na minha opinião, é para isso que vivemos.

Deonna — Prestar atenção ao que Deus diz, é a chave dos bons relacionamentos. Ser capaz de ceder, de deixar que Deus nos guie, em qualquer relacionamento, mesmo com nossos pais ou amigos. E muito importante não isolar-se a ponto de nem sequer ouvir o que Deus diz. Aí a gente encontra direção, nos relacionamentos. Você tem de deixar que Deus atue primeiro. E prestar atenção a Ele. Ele sempre vai nos guiar. : )

Eles dizem isto...

Entrevista entre:

Carl — Creio que é muito importante não sermos egoístas e saber dar, em vez de apenas receber, em nossas amizades e relacionamentos.

Federico — E a honestidade é a chave num relacionamento bom. Tem de haver confiança, para que tudo dê certo.

Carl — Eu agora compreendo como é bom o relacionamento que tenho com meus pais. Realmente sou grato por tudo o que eles me deram, a liberdade e as oportunidades. Eles sempre quiseram que eu tivesse as melhores experiências. E mesmo que na época eu não gostasse, era só porque eu era um menino teimoso. De meus pais aprendi que é preciso dar, e dar mais. E agora olho para trás e vejo que graças a isso hoje tenho um relacionamento muito legal com minha família.

Oko — Tenho alguns ótimos relacionamentos, mas o maior de todos é com nosso Pai-Mãe, que é Deus. Não podemos ver a Deus a olho nu. Mas quando nos vemos uns aos outros com amor, vemos a Deus. É realmente legal.

Federico — Amor incondicional — acho importante falar nisso. Esse tipo de amor em que a gente não espera nada de volta, a gente simplesmente dá. Sem limite, sem fim.

Juan — Você já está realizado, em Deus. Quando você compreende isso, você tem bons relacionamentos com gente de todo o tipo.

Federico — Quando me mudei para os Estados Unidos, tive uma professora que por alguma razão não gostava de mim. Eu não sabia o que havia feito ou dito para ela ser assim comigo. Conversei com minha mãe, e ela me disse para não entrar na aula esperando que a professora me tratasse mal, mas que eu a visse como filha de Deus. Comecei a vê-la como uma pessoa boa. Quando mudei minha maneira de pensar sobre ela, ela mudou sua maneira de agir para comigo. E eu aprendi a apreciá-la.

Juan — Quando alguém trata mal a você, é importante compreender que tanto você quanto a outra pessoa são inocentes aos olhos de Deus. Um dia minha namorada me escreveu uma carta horrível, porque eu estava me comportando mal. Enquanto lia a carta, eu me senti em paz comigo mesmo e a carta não me ofendeu. E eu respondi a ela, pedindo desculpas por ter feito que ela ficasse chateada. E fizemos as pazes. É incrível, quando a gente se sente em paz, a gente pára de julgar a outra pessoa e pode agir sem egoísmo.

Carl — Sempre que vejo alguém que precisa de ajuda, gosto de dar uma mão, mesmo que não seja o melhor momento para mim, realmente é gostoso poder ajudar, vale a pena.

Federico — É, faz sete anos que tenho um amigo que continua a ser meu melhor amigo. Essa amizade surgiu espontaneamente. Desde que nos conhecemos, sou um simples amigo, estou atento ao que acontece com ele e faço o que posso. Se ele precisa de mim, se quer conversar sobre certas coisas ou se precisa de um conselho, estou sempre disposto a apoiá-lo, e ele também sempre está pronto para dar-me apoio.

Oko — O ponto-chave é ter uma boa relação com respeito a Deus. E se você se apóia em Deus e depende dEle, você se sente completo. E então você não se prende emocionalmente aos outros.

Algumas vezes fiquei muito magoado. Eu queria depender de meu irmão, ou de meu pai ou minha mãe, ou de um amigo. Mas com Deus, você não duvida. Você está seguro, cem por cento, em qualquer circunstância. Com chuva ou com sol, a escuras ou em plena luz, Deus estará sempre ao seu lado. O tempo todo, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Juan — Acho importante estabelecer a diferença entre depender e ter um bom relacionamento. Quando penso em amar a Deus, penso em compreender, acima de tudo, quem a gente realmente é. Quando você compreende isso, é importante ver quem realmente são todos os outros. Você precisa identificar corretamente os outros e amá-los. Assim, suas relações serão harmoniosas.

Federico — Quando você estabelece sua relação com Deus, todas as outras coisas simplesmente dão certo.

Carl — Não podemos mexer nessa relação, pois ela não parte de nós. O que podemos fazer é reconhecê-la. Mas quando é com outras pessoas, principalmente com garotas, de início parece que vai tudo muito bem. A gente não precisa fazer nenhum esforço. Mas pouco depois, é preciso dar valor a esse relacionamento, você precisa dar algo de si, e não é só passar bons momentos com ela. Aí a gente também reconhece o crescimento espiritual da outra pessoa, e também o seu próprio. É assim que os vínculos afetivos se tornam mais fortes.: )

, estudante na Alemanha

Naquela ocasião nossos filhos eram bem pequenos, tinham 2 e 4 anos, respectivamente. Morávamos num prédio velho, onde fazia muito frio. E quando uma das crianças andava descalça ou sem abrigo, eu dizia: "Cuidado, vista um agasalho! Eu tinha medo que elas se resfriassem.

Esse medo se havia desenvolvido durante muitos anos, através de várias gerações. Presumia-se que, via de regra, em certas condições, é normal pegar um resfriado. Era como se eu estivesse educando as crianças com a noção de que existe um poder além de Deus, pois eu lhes ordenava: "Vistam um pulôver, se não vai ter."

Eu já percebera esse medo tanto em minha mãe quanto em minha avó. Nos primeiros dias quentes da primavera meus amigos iam à escola com um pulôver leve, mas minha mãe não me deixava fazer isso. Eu andava sempre agasalhada por medo de ficar resfriada, o que acontecia com freqüência.

Mas depois comecei a compreender que não existe nada além de Deus. Que cada um de nós é verdadeiramente espiritual, feito por Deus. Então eu perguntava: "Como posso depender tanto do clima, e sofrer por causa de correntes de ar?

Com essa compreensão eu fiquei mais calma. Quando começava a ter sintomas de resfriado, já não ficava com medo. Com meus filhos também, essa constante preocupação desapareceu. Agora faz anos que não fico resfriada.

Quando me dei conta de que eu havia estado aprisionada pelas preocupações de minha mãe, comecei a ter aversão a ela. Como é que ela podia me influenciar tanto! Mas agora, depois que eu me curei, superei esse sentimento, completamente. Eu gosto muito da minha mãe. Nós nos damos muito bem, somos mais companheiras, conversamos bastante, somos muito unidas.

Esses problemas de hereditariedade e de passar nossos temores aos nossos filhos podem ser vencidos. Podemos transmitir aos nossos filhos a verdade de que tudo na realidade é mental e que Deus cuida deles. Assim eles recebem uma "boa herança.": )

, estudante na Suíça

Para mim, namorar significa sentir-se totalmente à vontade com o namorado, ou namorada, e querer estar o tempo todo com essa pessoa. Significa também ajudar essa pessoa a expressar o que tem de melhor e conhecê-la de verdade.

Quando entrei na faculdade tive um namorado durante dez meses, e ia indo tudo jóia. Aí eu percebi que as coisas já não andavam tão bem e nós brigamos. No fim, estávamos trocando e-mails bem agressivos e malcriados. Vieram as férias, e quando recomeçaram as aulas descobri que ele estava saindo com outra menina.

Aí eu pensei: "Você não pode deixar que esse namoro destrua sua vida." Tentei vê-lo como Deus o vê, como um filho de Deus, perfeito. Senti tanta tranqüilidade, que me alegrei muito de que ele tivesse encontrado outra namorada. Minha raiva desapareceu. Agora somos simplesmente bons amigos, e confio nele.

O que aconteceu foi que eu me dei conta de que eu também sou filha de Deus. Portanto, minha alegria não pode ser destruída pelo medo, ou por maus sentimentos.

Também aprendi que não está bem amar alguém quando a gente idealiza essa pessoa. E que a gente fique presa a um amor cego. Acho que se a gente conhece bem o outro, com verdadeiro afeto, a gente pode amá-lo da maneira mais acertada.

Agora sei que Deus é o meu melhor amigo. Ele está sempre presente quando preciso dEle. Ouço quando Ele fala quando aquele vozinha diz o que está certo e o que está errado. A gente pode escolher, se vai prestar atenção ou não. Mas Ele sempre tem razão.: )

Eu tinha de cumprir uma missão ...

Uma vez fiz uma boa amizade com uma garota. Logo descobri que eu tinha atração por ela. Ai, aquele ótimo senso de comunicação com ela, como amiga, se diluiu nesse relacionamento mais pessoal.

Logo vi que eu tinha de orar para resolver isso. Na Christian Science a oração que cura se chama "tratamento". Comecei a me "tratar" todos os dias, a fim de recuperar a paz.

Declarei que eu era uma expressão de Deus, e essa situação não podia me perturbar. Mas muitas vezes eu me sentia muito descontente.

Eu estava convencido de que deveria sentirme completamente livre. Então, com humildade, recorri a Deus. Comecei a compreender que se Ele me deu a oportunidade de ter essa amiga, não me deixaria na mão. Percebi que essa amizade era como uma missão que Deus me dera para cumprir. Eu não precisava romper a relação com minha amiga, podia continuar a me expressar com franqueza e sem reservas. Também pensei que, como eu sou uma expressão completa de Deus, nada me faltava, quer eu tivesse a companhia de minha amiga, quer não.

Minha oração me trouxe paz e alegria. Aí descobri outro problema: Eu havia começado a criticar minha amiga. Fui guiado à frase da "Regra para motivos e atos" do Manual de A Igreja Mãe, de Mary Baker Eddy, que diz: "só o Amor divino governa o homem. . ." (p. 40). Compreendi que Deus governa a todos e eu podia confiar nEle.

Minha amizade continua de pé, trazendome inspiração. E espero que minha amiga sinta o mesmo. Estou grato por ter mudado de atitude.: )

De um leitor na Rússia

"Be-be!! Be-be!! Be-be!! –" mas eu resisti !!!

Flávio Colombini, estudante universitário em São Paulo, conta como ficou firme em suas convicções:

Na época do Colegial, eu saía com meus amigos e às vezes bebia um pouco, bem pouco, um golinho de cerveja aqui, outro ali. Eu apenas seguia o que os outros faziam e nem gostava muito. Não era o que eu realmente queria. Nessa época comecei a estudar a Lição-Sermão, a ler Ciência e Saúde, e parei naturalmente de beber. No entanto, no íntimo eu não me sentia bem ao beber e não foi difícil parar.

Quando eu entrei na faculdade, os veteranos me levaram a um bar, com outros calouros. Queriam deixarnos bêbados, como parte do trote. Eu não queria beber nada alcoólico, e pedi um refrigerante. Mas um veterano me ofereceu um copo de pinga. Eu recusei, mas ele disse: "Bebe!" Eu respondi: "Não." Daí os outros que estavam com ele começaram a falar alto: "Be-be!" Nisso, todo o mundo no bar começou a gritar: "Be-be, be-be!" Era estranho ver tanta gente me pedindo para beber. Mal pude acreditar na situação em que me encontrava. Na hora, veio aquela vozinha: "Ah, toma um golinho, 'tá todo mundo olhando p'ra você, não custa nada." Mas eu não dei ouvidos a esse pensamento. Fiquei firme e não bebi. Aos poucos, eles foram parando de gritar e me deixaram em paz. Precisei de coragem e força para dizer que não.

A bebida entorpece o pensamento. Como estudante da Christian Science, gosto de estar sempre alerta, disposto e pronto para orar, para ajudar alguém. Para isso é preciso ter uma atitude sóbria, equilibrada. Eu não quero de maneira alguma estar com o pensamento alterado pela bebida, nem um pouquinho sequer.

Quando estamos receptivos às idéias divinas somos capazes de agir com inteligência. Eu até digo para os meus amigos que não é preciso beber para ficar mais contente, mais solto. Podemos ser felizes, livres e agir com desprendimento, sem o uso do álcool. A alegria é natural para o filho de Deus.

Os meus colegas costumam reunir-se no bar em frente da faculdade, para tomar cerveja. Muitas vezes eu os acompanho, mas tomo um refrigerante, um suco, ou simplesmente fico conversando. No primeiro ano, eles sempre queriam que eu bebesse cerveja com eles. Um dia, quando a gente estava no bar, um deles até perguntou: "Quando é que você vai se tornar um de nós?" querendo dizer, "quando é que você vai começar a beber conosco?" E na hora eu respondi: "Mas eu sou um de vocês!" Sou amigo deles e já não preciso beber para ser aceito, para estar no grupo. Eu tenho as minhas convicções, eles têm as deles e a gente convive harmoniosamente. Agora eles me respeitam porque eu ajo de acordo com o que acho certo e eles nem pedem mais para eu beber. Meu raciocínio tem base na espiritualidade do homem, um conceito que aprendemos em nosso estudo da Christian Science

Ciência e Saúde tem um trecho que fala sobre isso. Diz assim: "Temos forças na medida de nossa compreensão da verdade, e nossas forças não diminuem quando expressamos a verdade. Uma xícara de café ou de chá não é o equivalente da verdade, seja para inspirar um sermão ou para sustentar a resistência corpórea" (p. 80). No caso que contei, tratava-se de bebidas alcoólicas, de cerveja e pinga.

Muitas vezes, inclusive ali mesmo no bar, onde ficamos conversando, acabo dirigindo a conversa para assuntos mais proveitosos, conversas construtivas. Apesar de estar num bar, a gente fala de coisas inteligentes, não fica falando besteira. Algumas vezes chegamos até a falar sobre Deus. Compartilhamos o que cada um pensa e acredita a respeito de Deus. É muito legal.: )

Escreve um amigo do Arauto, de Boston

Há vários anos me contrataram para trabalhar numa firma. Foi um desafio, pois eu tinha a metade da idade de todos os meus companheiros. Dava a impressão de que eles pensavam que eu era muito jovem, e não me levavam a sério. Sempre que eu fazia alguma sugestão, eles diziam que era ótima, que iam tomá-la em consideração, e eu ficava esperando, esperando. E eles nunca mais tocavam no assunto.

Mas, se o gerente apresentava uma idéia, era bem recebida. Eu podia ter dito exatamente a mesma coisa, mas só por que eu era jovem, ou inexperiente, ou por qualquer outra razão, o que eu dizia não servia. Parecia que eu tinha de conquistar terreno com o tempo, para ser levado a sério. Eu me sentia frustrado.

Afinal, comecei a pensar em quais eram meus deveres naquele cargo. No dia em que comecei a trabalhar nessa firma, deram-me uma descrição dos meus deveres. Mas eu percebi que meu verdadeiro dever era expressar as qualidades de Deus e que, se eu as expressasse, jamais entraria em conflito com ninguém. E poderia trabalhar em harmonia com todo o mundo.

Como Deus é o bem, Ele só pode fazer com que aconteçam coisas boas. Eu sabia que tinha de pôr de lado minha própria vontade e não podia forçar as coisas do jeito que eu queria.

Quando me liberei de querer que se fizesse minha vontade, percebi que, se Deus nos dá uma idéia realmente boa, essa idéia pode vir a qualquer outra pessoa. Não importa quem tem as idéias boas, desde que elas sejam aceitas e postas em prática. Orando e raciocinando dessa forma, notei que muitas das idéias que eu havia apresentado e que tinham sido totalmente rejeitadas, de repente começaram a ser implementadas. Isso aconteceu sem que eu fizesse nada de especial, somente graças ao fato de eu reconhecer, que se as idéias são boas e acertadas, terão de ser aceitas.

A situação melhorou. Um dia o gerente do departamento passou pela nossa seção. Ficamos ali conversando sobre as possibilidades para o ano entrante. Apresentei várias sugestões sobre produtos que a companhia poderia lançar. O gerente as anotou todas. Falamos muito sobre elas, do quanto eram importantes. Uns dois meses depois, um dos artigos sobre os quais havíamos falado foi produzido. Desde essa vez, não tive mais problemas em apresentar idéias.: )

mora em Boston

Quando eu estava na faculdade, eu tinha um amigo que saía com outra menina. Fiquei com ciúmes e comecei a não falar mais com ela. Mas eu não me sentia feliz. Eu não estava contente com minha vida, naquela época.

Em dezembro fui passar o Natal em casa, e orei sobre essa situação. Eu queria sentir-me completa e feliz com meus amigos e com o pessoal que me rodeava, inclusive com a menina com quem meu amigo saía. Eu sabia que Deus é completo, e que esse rapaz e essa garota eram completos aos olhos de Deus.

Eu sabia que o ciúme não se origina em Deus, pois não é uma qualidade do Amor. Eu queria saber o que fazer, para poder comunicar-me com essa menina. Queria dizer-lhe que lamentava minha maneira de agir e pedir-lhe desculpas. Durante aqueles dias em que eu estava orando, ela me mandou um cartão de Natal, onde explicava que queria ser minha amiga. Suas palavras eram de puro amor. Quando li esse cartão, meu coração palpitou, eu aprendi algo de humildade.

Ao mandar um cartão a alguém que agia como sua inimiga, ela fez com que eu me sentisse humilde. Respondi o cartão, e quando começaram as aulas de novo, ficamos muito amigas. E somos amigas até hoje.: )

, estudante em São Paulo, SP, Brasil

Há mais ou menos um ano fiz novos amigos que pareciam um sonho. Tínhamos tudo em comum e nos divertíamos muito juntos. Eu sabia que eles gostavam muito de mim. Entre esses amigos arranjei um namorado pelo qual tinha verdadeira adoração.

Mas quando voltei das minhas férias de inverno, aquilo tornou-se um pesadelo. Acabei com meu namorado, e aqueles amigos que me colocavam no alto e me queriam bem, começaram a me rebaixar e ignorar. E eu não entendia por quê. Achava que era vítima, pois eu tinha sido sempre tão gentil e carinhosa com as pessoas. Além de sofrer com a perda de meu namorado, eu não tinha amigos. Achei que ficaria assim por toda a minha vida. Eles eram tudo para mim.

Eu conversava com meus professores da Escola Dominical e não achava a solução. Eu estava cada vez mais confusa. Percebi então que eu tinha "instituído" outros deuses, ou seja, eu estava endeusando meu namorado. Aprofundei-me muito no meu estudo da Christian Science, compreendi novas idéias e constantemente corrigia meu pensamento. Porém, a situação não melhorava. Foi então que notei que, apesar de tudo isso, eu melhorei. Lá estava o porquê dessa experiência: eu precisava melhorar. Um trecho de Ciência e Saúde explica isso para mim: "O afeto humano não é derramado em vão, ainda que não seja retribuído. O amor enriquece a natureza, engrandecendo-a, purificando-a, e elevando-a" (p. 57).

O afeto que eu tinha por meu ex-namorado e meus amigos não fora em vão. Fui engrandecida, purificada e elevada.

A obsessão que eu tinha por meu namorado foi curada. Estava apegada somente à matéria, ao corpo. Como a Sra. Eddy diz, também na página 57 do mesmo livro: "A beleza, a riqueza ou a fama são incapazes de satisfazer às exigências superiores do intelecto, da bondade e da virtude. A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor."

Posso dizer que tudo isso foi doloroso para mim e o resultado não foi o que minha vontade humana queria. Não me sinto triste, nem sequer magoada.

Isso me serviu como uma peneira, que selecionou alguns amigos com quem ainda tenho contato. É reconfortante ter a certeza de que meu maior amigo é Deus, meu Pai, que nunca me deixará na mão! Esse é o verdadeiro amigo em quem confio. Eu bem sei que poderei contar com Ele nas horas mais difíceis e como todo filho de Deus tem direito à felicidade, eu também tenho. Eu agora sou muito feliz e grata por todas as bênçãos que já tive em minha vida.: )

Maartje Hoogendike, estudante universitária na Holanda

Quando eu estava no colégio, e depois na faculdade, não me sentia muito feliz. Meus colegas de classe não queriam ser meus amigos. O pior de tudo é que agiam como inimigos. Não falavam comigo. Nos últimos anos da faculdade, as coisas melhoraram. Eu tinha alguns amigos, mas eram amizades superficiais.

A situação começou a mudar quando comecei a compreender que eu precisava amar meus amigos, em vez de salientar minhas necessidades pessoais. Então, todos os dias, eu pensava: "Será que eu hoje posso ajudar alguém? Quem será que pode receber minha expressão de amor e de consolo?

Eu compreendi que, mesmo que certas filosofias digam que somos seres solitários, na realidade estamos sempre unidos a Deus. Deus é nosso melhor amigo. Conseqüentemente, nunca podemos estar sós. Quanto maior nossa amizade com Deus, tanto mais podemos amar nosso próximo.

Quanto mais eu pensava nesses termos, mais amigos eu tinha. Além disso, perdi o medo de dar o primeiro passo no sentido de fazer uma nova amizade.

A Bíblia explica quem somos, do ponto de vista espiritual. Ao adotar esse ponto de vista, descobrimos que nossos problemas começam a se resolver. Mary Baker Eddy diz no Glossário de Ciência e Saúde que cada um de nós é "a imagem e semelhança espiritual de Deus" (p. 591). Portanto, não podemos, na realidade ser de todo maus, tímidos ou inseguros. Incluímos todas as qualidades de Deus, por exemplo, percepção, inteligência, intuição. Não somos seres destituídos de poder, que não sabemos nos comunicar. Somos amparados por Deus, ao saber que Ele faz com que o bem reine em toda parte. Deus, nosso Pai-Mãe, está sempre com Seus filhos. Ele nunca perde a pista de onde estamos. Este trecho de Ciência e Saúde me ajudou muito: "Ser-te-ia a existência, sem amigos pessoais, um vazio? Virá então em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino" (p. 266). "O Amor divino" é Deus.

Isso me ajudou quando meu namorado e eu nos desentendemos muitas vezes e tivemos umas brigas. Tentamos compreender-nos mutuamente e explicar por que um não gostava do que o outro estava fazendo. Mas quanto mais falávamos, pior ficava a situação. Fiquei desesperada. Tive medo de que isso acabasse com o nosso namoro.

Foi só estudando a Christian Science que eu compreendi que quando deixamos que Deus nos guie, é impossível haver mal-entendidos. Nem meu namorado, nem eu, tínhamos sido criados com traços desagradáveis de caráter. Nem para sermos incapazes de nos entender. A Bíblia diz: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança." Esses dons perfeitos são as qualidades que cada um dos filhos de Deus já tem: paciência, alegria, amor, ternura. Á medida que enchemos nosso pensamento com essas qualidades espirituais, os pensamentos de maldade, ciúme e ódio desaparecem naturalmente.

Cada vez que meu namorado e eu discordávamos sobre alguma coisa, eu pensava nisso. No dia em que eu reconheci nele muitas qualidades espirituais, em vez de atribuir-me essas qualidades a fim de controlar minha própria irritação, a situação mudou sem eu dizer nada. As brigas desapareceram e comecei a ver meu namorado expressar aquelas qualidades espirituais. E notei que passei a conhecê-lo melhor.

Agora estamos noivos. E compreendo que nossa verdadeira identidade tem origem em Deus.: )

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