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Estabilidade, liberdade, e individualidade na era da globalização

Introdução

Da edição de janeiro de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Algumas palavras sobre esta Seção Especial. . .

Muito se tem falado sobre a "globalização" — seus aspectos positivos e negativos, e há muito debate sobre onde ela nos levará, afinal. Nesta seção especial do Arauto, falaremos sobre isso.

Iniciamos com um artigo de David Francis, do The Christian Science Monitor. Leremos, depois, cerca de 40 opiniões colhidas no mundo todo. Concluiremos com a mesa redonda dos Redatores-Chefes das diversas línguas em que o Arauto é publicado, focalizando o tema do ponto de vista espiritual.

A equipe do Arauto

O que é essa tal "globalização"?

Basicamente, é a rápida internacionalização da economia mundial. A maioria das nações estão se tornando mais dependentes umas das outras, economicamente. Assim como as viagens espaciais revelaram com maior clareza que o meio ambiente do homem, na terra, constituía um todo único, assim também a evolução do comércio internacional está unindo. por assim dizer, todo o gênero humano numa única comunidade.

Atualmente, o mundo está passando por sua maior crise, no processo de globalização.

Começou há mais de um ano, com a crise financeira que atingiu países do Sudeste Asiático: a Indonésia, a Tailândia e a Coréia do Sul, fazendo-os sucumbir economicamente. Depois, há alguns meses, a Rússia viu-se obrigada a desvalorizar sua moeda, o rublo, e impor uma moratória sobre alguns débitos. Agora, é o Brasil que quer escorar sua moeda junto aos mercados de câmbio de outros países, através de um grande empréstimo do Fundo Monetário Internacional, instituição internacional sediada em Washington. Espalharam-se temores de que essa crise poderá atingir a Europa Ocidental, os Estados Unidos e o Canadá, causando uma recessão.

O comércio mundial geralmente cresce com maior rapidez do que a produção das nações. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1958, as exportações correspondiam a aproximadamente 4% do total produzido em bens e serviços. Hoje, depois de quatro décadas, as exportações chegam a 12%. As importações, no ano passado, corresponderam a 13% ou mais, daquilo que os economistas costumam chamar "produto interno bruto". Na atual crise, as exportações americanas começaram a diminuir, ao passo que as importações aumentaram rapidamente. Com isso, os Estados Unidos tiveram o pior déficit de sua história na balança comercial: provavelmente cerca de 250 bilhões de dólares, em 1998.

Outro fator na globalização é o incremento dos investimentos internacionais. Existem atualmente mais de 50.000 empresas "transnacionais", com perto de 450.000 filiais no mundo. Essas companhias multinacionais fazem mais do que exportar seus produtos e serviços. Elas fazem negócios nos outros países, através de filiais, de subsidiárias ou de escritórios de representação. São as multinacionais conhecidas, como Sony, Ford, ou Microsoft, e milhares de outras, menos conhecidas. Elas já são responsáveis por cerca de 7% de todos os bens e serviços produzidos em cada nação do mundo. Apesar da crise financeira na Ásia, em 1997 elas fizeram investimentos diretos de 400 bilhões de dólares, em fábricas, equipamentos e escritórios, em países fora de seu país sede. Em 1998, os números são provavelmente mais altos. Isso de acordo com o Relatório sobre Investimentos Mundiais da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento.

Para apoiar esse enorme volume de comércio e investimentos internacionais, a média de transações nos mercados de câmbio cresceu de 15 bilhões de dólares em 1973, para mais de 1,2 trilhão até agora. Essas transações internacionais de moeda excedem o fluxo de comércio, na base de 60 por 1.

Existem prós e contras na globalização.

Um aspecto positivo é a distribuição da prosperidade entre os países que costumavam ser classificados como "em desenvolvimento". Agora, eles são muitas vezes chamados países "emergentes", pois também se incluem entre eles antigos países comunistas. O comércio floresce porque geralmente é uma questão de bom senso, do ponto de vista econômico. Os americanos e os europeus compram aparelhos de vídeo da Coréia do Sul porque são bem feitos e relativamente baratos. Os Estados Unidos vendem toneladas de trigo, no mundo, porque os agricultores americanos conseguem produzir eficientemente a baixo custo. As empresas transnacionais transferem para países menos desenvolvidos a moderna tecnologia, métodos eficientes de gerenciamento e sistemas de marketing sofisticados.

Como resultado desses benefícios, a produção per capita dos países em desenvolvimento quase triplicou, desde 1960. O padrão e a expectativa de vida aumentaram rapidamente, nesses países. Muitas nações se industrializaram rapidamente.

Todavia, existe o lado negativo da globalização.

Por um lado, ela trouxe maior volatilidade financeira, como vemos na crise atual. Os investidores que colocam enormes fluxos de dinheiro em nações emergentes, podem, se se sentirem ameaçados, retirá-los ainda mais depressa. Essas flutuações repentinas forçam a desvalorização da moeda, minam instituições financeiras e trazem recessão, menores lucros nas empresas e alto índice de desemprego.

A tendência negativa pode se espalhar. Os economistas falam de "contágio" ou "infecção". As pessoas que vivem em países cuja economia está debilitada compram menos da Europa, dos Estados Unidos e de outros países industrializados.

Outro elemento da equação, porém, é o medo. Por exemplo, se as instituições financeiras européias e americanas têm medo de fazer o mesmo volume de empréstimos, e os empresários e consumidores nos países industrializados, por medo, não tomam o mesmo volume de empréstimos ou gastam menos, a economia pode sofrer ainda mais. O temor de que isso aconteça foi a razão de o Banco Central americano ter decidido diminuir as taxas de juros, há alguns meses.

Uma crítica que também é feita à globalização é que ela reduziu a estabilidade no emprego, nas nações industrializadas, especialmente para trabalhadores menos qualificados. As empresas compram mais insumos no exterior ou transferem sua produção para países onde a mão de obra é mais barata, diminuindo o número de empregos em outros países. Além disso, a concorrência estrangeira faz com que os salários e benefícios em países industrializados sofram contenção, especialmente no caso de bens facilmente produzidos em países de baixos salários. Os indivíduos que têm mais preparo e capacidades, ao contrário, estão tendo mais oportunidades e ofertas, com a globalização.

Alguns críticos também observam que a globalização está marginalizando algumas nações extremamente pobres, como as do Saara Meridional. Elas não estão fazendo quase nenhum progresso na luta contra a pobreza.

As autoridades financeiras estão lutando para remediar esses problemas da globalização, especialmente o aumento na volatilidade que ela causou no sistema financeiro do mundo. Estão sendo estudadas ou aplicadas diversas soluções. Mas não está sendo fácil sanar os problemas, pois muitas vezes dependem de reformas nos países em desenvolvimento, e de maior boa vontade e generosidade por parte das nações ricas. O egoísmo puro e simples é o que às vezes impede que se realize aquilo que, em realidade, seria de interesse próprio.

Em geral, porém, está sendo mais amplamente reconhecido o fato de que o próprio bem-estar depende sempre mais do bemestar dos outros, em outras nações muitas vezes distantes. A prosperidade precisa ser compartilhada.

Elevando esse conceito até a Verdade espiritual, Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento" (p. 206).


Europa

"Os recursos são espirituais, não pertencem a um país em particular"

BÉLGICA

A Europa está se tornando muito mais forte, economicamente, em relação aos Estados Unidos e à Ásia. Como o Euro representará um valor fixo, haverá menos especulação. Isso é bom.

Gosto de pensar que os recursos são completamente espirituais. Por isso, não pertencem a um país em particular e estão sempre presentes. Para mim, a globalização manifesta o fato de que Deus controla Seu universo.

trabalha para uma entidade internacional em Bruxelas

FRANÇA

É possível que com uma única moeda, haverá mais união entre os países europeus. Claro, nem todos estão a favor do Euro, porque com ele os países temem que possam vir a perder um pouco de sua soberania. Mas a integração na Europa pode nos levar ao estágio seguinte, que será melhor coordenação social e econômica.

A espiritualidade do pensamento é o que realmente unifica povos e nações.

Um professor da Universidade de Paris, Paris.

PORTUGAL

Com a globalização, aprendemos que somos responsáveis por nosso próximo, e que nossas ações influem sobre outros, no mundo. Antes não sentíamos isso. Cada país vivia numa espécie de casulo. Agora, o que acontece na Rússia, e em outros países, afeta a nós, e vice-versa.

Eu costumava pensar como européia. Agora, tenho de aprender a pensar como africana, ou latino-americana ou chinesa. Em comum, todos temos o amor pelo bem. Esse bem é Deus. Para mim, globalização é isso.

executiva de uma organização antidrogas, Lisboa

RÚSSIA

A Rússia ainda não compreendeu a comunidade global em que está entrando. O melhor recurso para enfrentar os desafios da globalização é uma ética universal. Não uma nova ideologia, mas algo melhor, princípios morais que beneficiem, não só a economia, mas todas as atividades.

Se a humanidade adotar princípios morais elevados e se valer do bom potencial da religião e da espiritualidade, a globalização trará prosperidade.

Redator do Jornal de Economia e Relações Internacionais, Moscou.

ALEMANHA

Nicole Raukamp — A globalização é o "pão nosso de cada dia" em nossa empresa.

Thomas Raukamp — Noventa por cento das pessoas com quem lido todos os dias, só as conheço pela Internet. Nunca as vi. Trabalhamos globalmente, sem distinção de país ou raça.

Nicole — Quando vemos que os outros são iguais a nós, compreendemos que temos a mesma origem divina e entendemos outros países, outras culturas. Começamos a entender o mundo todo. Cada vez que progredimos nessa percepção, refletimos crescimento espiritual.

publicitária de uma agência internacional de tradução; projetista de home pages para a Internet, Rendsburg

REINO UNIDO

Algumas pessoas estão preocupadas aqui, talvez por sermos uma ilha. Temem perder nossa independência. No fundo, porém todos entendem que não podemos mais ficar isolados. Tem de haver um senso de irmandade e cooperação. O mais importante é reconhecer uma única Inteligência suprema, a Mente divina, que revela soluções melhores do que podemos imaginar com o cérebro humano. Necessário mesmo é ter a atitude moral correta quanto à globalização. A Sra. Eddy diz que qualidades "morais" são: "Humanidade, honestidade, afeto, compaixão, esperança, fé, mansidão, temperança" (Ciência e saúde, p. 115). A meu ver, esse é um papel importante da Christian Science: levar-nos na direção certa, espiritualmente.

Recentemente, andei pela primeira vez de bote, em corredeiras. Estava agarrada no meu lugar, bastante assustada, mas aí, o encarregado me disse: "Não dá para ter no barco alguém que não joga seu peso para o lado certo."

Parece mesmo que o mundo está em águas turbulentas, sem saber direito onde estamos indo. Mas todos temos de jogar nosso peso para o lado certo e orar humildemente com Cristo Jesus nos ensinou: "Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu."

praticista da Christian Science, Winchester

RÚSSIA

Nosso potencial só pode ser realizado, cumprindo-se as leis da natureza denominadas espirituais. São as leis da espiritualidade e moralidade, da felicidade, amor e bondade. Somos obrigados a viver de acordo com elas; nisso reside a única redenção possível para o homem.

Presidente da Academia Universal de Ciências, Arte e Cultura; São Petersburgo

DINAMARCA

Na nova Europa, nações que foram inimigas na Segunda Guerra tornaram-se amigas. Para mim, que passei pela guerra, isso é maravilhoso. Agora há respeito, e até amor, entre alemães, franceses, ingleses.

A moeda única pode ser um elo ainda mais forte entre esses povos. Essa interdependência tornará menos provável uma guerra.

A Dinamarca preferiu ficar fora desse sistema, no início. Mas devemos chegar a um senso correto de globalização. Ele trará união espiritual. As Lições Bíblicas da Christian Science são um exemplo disso. A verdade nessas lições é global. Está presente em todo e qualquer lugar. Como diz Ciência e Saúde, o mundo tem de sentir "por todos os poros, o efeito alterante da verdade" (p. 224).

professor aposentado, Århus

ALEMANHA

Alguns têm medo de que, com a globalização, sejam governados por circunstâncias materiais fora de seu controle. No entanto, a idéia de que todos servimos a Deus, deixa o governo na mão dEle. O medo é substituído pela confiança e alegria.

advogada, Munique, no momento residindo em Boston, E.U.A.

FINLÂNDIA

Acho que há muito de positivo, na globalização. O lado negativo é pequeno. A Finlândia pertence à União Européia, o que tem sido bom.

Temos, porém, problemas com a Rússia. Nossas exportações para lá diminuíram bastante, pelo menos por agora. Mas acho que nossas empresas irão encontrar uma compensação.

Deus é supremo em todas as reuniões em que os líderes tomam decisões. Deus é também Amor. E os líderes, por refletirem o Amor, podem achar soluções que ajudem os países.

funcionária do Parlamento da Finlândia, Helsinki

Ásia e Austrália, Nova Zelândia

"Pensando na globalização, temos de começar com Deus"

NOVA ZELÂNDIA

Na Nova Zelândia, a geração jovem às vezes se sente como se estivesse no meio do nada. Agora isso está começando a mudar, graças aos meios de comunicação. Fala-se muito da Nova Zelândia como exemplo de uma economia que funciona. A Internet está permitindo que as pessoas descubram isso.

Os aspectos positivos da globalização ocorrem porque os corações estão indo ao encontro de outros corações, em busca de soluções espirituais, porque já esgotaram todo o resto. O livro da Sra. Eddy, Ciência e Saúde, pode ajudar as religiões a trabalharem juntas.

ÍNDIA

Na Índia, a globalização trouxe tecnologia e investimentos estrangeiros. Melhorou a qualidade da indústria, elevando-a aos padrões internacionais. Também criou laços com outras nações, de forma que elas não são mais estrangeiras. Percebemos que somos iguais, com as mesmas esperanças e aspirações.

Existem, porém, alguns efeitos indesejáveis relacionados à globalização. Fomos inundados por companhias internacionais e às vezes as pequenas empresas nacionais são absorvidas.

Pensando na globalização, temos de começar com Deus, abrir o pensamento para chegar além dos limites do universo físico, e ver o universo que Deus criou, espiritual, cujo governo está em Suas mãos. Globalização é conhecer a presença de Deus em toda parte e nossa união com Ele. Nosso verdadeiro progresso, cultura e atividade são inteiramente espirituais.

praticista e professora da Christian Science, Bombaim.

CHINA

São muitas as oportunidades propiciadas pela globalização. Entre elas, compreender melhor novas culturas, história, costumes, arte e religião. A globalização é fortalecida pela verdadeira iluminação que nos ajuda a compreender mais completamente a criação de Deus.

Estou muitíssimo grata por meu novo negócio como especialista em artesanato chinês, pelos meus amigos em Hong Kong e na China, pela beleza dos artigos com que trabalho e por como eles são apreciados pelas pessoas que os compram, no mundo todo.

JAPÃO

Os meios de comunicação e a Internet nos tornaram independentes do tempo e do espaço. Durante a crise da praça Tianamen, as máquinas de fax não paravam de trazer notícias de dentro e de fora da China. Já não existem mais segredos.

Porém, durante o ano passado, por toda a Ásia sentimos bem de perto os efeitos negativos da globalização. Nossas organizações financeiras estão em situação muito difícil. É o estouro da bolha econômica.

Agora temos de buscar valores mais elevados, algo que não desmorone. A economia não é, em realidade, uma questão de dólares e centavos. É uma questão de idéias. Quando as coisas vão bem, as pessoas não param para pensar. No entanto, nesta situação ameaçadora, precisamos escutar as idéias que vêm de Deus. E, com elas, podemos achar uma saída, podemos mudar as coisas.

AUSTRÁLIA

O que chamamos "globalização" começou há pelo menos três séculos. Não se trata apenas do que está acontecendo com a moeda do Japão ou de Hong Kong. É a sede de tecnologia, é o desejo de ser governado por leis e não por pessoas, é o anseio pelo reconhecimento dos direitos e da liberdade civil do cidadão.

A Sra. Eddy nos dá uma ética e um programa de globalização em Ciência e Saúde. Ela diz: "Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'; aniquila a idolatria pagã e a cristã — o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que posa pecar, sofrer, ser punido ou destruído."

O desafio está em voltar nossas orações para além do interesse pessoal. Temos de aprender a orar em nível global.

Queensland, anteriormente professor na Universidade de Hong Kong.

África "Precisamos aprender a nos entender mutuamente"

TOGO

Vivemos em uma era que se caracteriza pela revolução nos transportes e na comunicação. Todavia, surge uma certa ansiedade quando cada nação olha para seus próprios interesses. Mais do que nunca, precisamos aprender a nos entender mutuamente. As pessoas diferentes entre si têm a tendência de terem medo umas das outras. No entanto, deveríamos procurar nos abençoar uns aos outros.

A globalização pode nos ajudar a entender que todos nós, cidadãos do mundo, nos complementamos, em vez de competirmos uns com os outros. Deus Se expressa em cada um de nós. Somos Suas idéias espirituais e existimos desde sempre. Agora, através da comunicação global, temos a oportunidade de conhecer melhor as idéias de Deus, e de vê-las em todo lugar.

ARGÉLIA

Aqui, muitas casas têm antenas parabólicas. Por isso, é possível saber que as pessoas aqui estão sintonizadas nas mensagens vindas de várias partes do globo. Além disso, o gosto pela música e pela comida de outros países é outro sinal de relações mais estreitas com outras nações.

Entretanto, as tendências globalizantes nem sempre beneficiam a todos. Os mais carentes são às vezes deixados para trás. São os que freqüentemente se voltam para a religião para encontrar o consolo e a ajuda de que tanto precisam.

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA do CONGO

Há algum tempo, tem havido nos países africanos uma certa aspiração, não só de resolver seus problemas nacionais, mas de abrir suas fronteiras e resolver os problemas de toda a África.

Às vezes ouço as pessoas dizerem, porém, que essa abertura poderia ter efeitos negativos, que uma minoria poderia chegar a controlar a imensa maioria, como seria se houvesse um governo mundial. Têm medo de perder a própria identidade e de serem absorvidos pela estrutura maior.

Mas eu gosto de pensar na oração de Cristo Jesus, no Evangelho de João (17:11): "Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós." Para mim, progresso é aproximar-se dessa unidade espiritual de que Jesus falou.

Também temos o hino n° 236, no Hinário da Ciência Cristã, que diz: "Por fim as nações se congregam em paz; / Na terra, harmonia divina se faz." No que consiste essa "harmonia divina"? Acaso não é o amor mútuo, a tolerância? Não a tolerância "porque não há outra escolha", mas a tolerância baseada no apreço pela diversidade.

Cristo Jesus nos fez a promessa de que haveria um só rebanho e um só pastor. O Cristo nos guia quando nos aproximamos uns dos outros e nos unimos em um só rebanho.

Assitente para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Kinshasa.

ÁFRICA do SUL

Na África, as aldeias funcionam muito bem porque seus habitantes colaboram na semeadura e na colheita, no cuidado dos animais, no transporte da água e no preparo da comida. Se conseguirmos a mesma cooperação na aldeia global, as coisas melhorarão.

Do ponto de vista econômico, a globalização pode conduzir a um maior equilíbrio entre as nações. Pode diminuir a distância entre os mais abastados e os mais carentes. Faz-nos conhecer melhor a cultura dos outros, assim como seus costumes e problemas econômicos. É uma oportunidade sem igual.

"Internacionalização" poderia ser um substituto para o termo "globalização" pois inclui em seu bojo a palavra "nação". Isso é importante, porque a identidade cultural e nacional precisam ser respeitadas.

Há um risco muito grande de as nações mais fracas serem influenciadas demais pelas mais fortes. Isso levaria os países a uma dependência ainda maior dos empréstimos e da assistência externa. As nações que tomam empréstimos e nunca saldam sua dívida acabam perdendo a auto-estima.

As nações mais fortes devem ter a integridade de elevar as mais fracas, em vez de explorá-las. O termo "integridade" é uma das palavras mais fortes jamais criadas.

Não existe uma solução rápida e fácil para as questões que acabamos de levantar. Portanto, temos de nos voltar para as soluções metafísicas. Quando oro, dou graças pela riqueza e pela diversidade da raça humana. Reconheço o bem que há nas várias religiões e culturas que temos (em nosso país existem 23 idiomas!). E reconheço a integridade de todos os filhos de Deus.

Delegado de Divulgação da Christian Science, Cidade do Cabo.

"A oração pela união entre as nações trapaz harmonia"

AMÉRICA do SUL

Como é que a globalização pode ajudar, em vez de impedir, a mudança social positiva, o desenvolvimento econômico e a superação da pobreza? É preciso deixar para trás muitas atitudes do passado.

A base da escala socio-econômica pode ser tão importante quanto seu topo, para ativar o lado benéfico das forças do mercado. Há um capital importante nos setores mais frágeis da sociedade: a iniciativa das pessoas. Sua manifestação é o trabalho por conta própria, no jargão moderno, diríamos a microempresa. Mas a microempresa sempre enfrentou obstáculos, entre os quais, a falta de acesso ao capital.

O microfinanciamento é viável do ponto de vista comercial. Na Bolívia, o banco mais sólido, que apresenta o maior retorno, é aquele especializado em negócios na parte menos nobre da cidade. Seu capital mais valioso é a credibilidade de seus clientes, esforçados microempresários que pagaram o principal e os juros em 99% de seus empréstimos. Isso permite ao banco ter fundos, não só para o mercado interno de capitais, mas também para os externos.

A globalização é uma mudança nos meios que o mundo tem à sua disposição. Os fins para os quais ela é aplicada, e se ela manifesta nossos instintos mais nobres em vez de mostrar nosso lado mais egoísta e ganancioso, dependem de nós, dependem do povo.

Presidente e Executivo-chefe da ACCION International (entidade particular, sem fins lucrativos, que combate a pobreza por meio de microempréstimos. Reside na área metropolitana de Boston, Estados Unidos.)

BRASIL

Ao falarmos de globalização, é útil lembrar a definição que a Sra. Eddy nos dá da Terra: "Uma esfera; um símbolo da eternidade e da imortalidade, que, como a esfera, não tem começo nem fim. Para o sentido material, a terra é matéria; para o sentido espiritual, é uma idéia composta" (Ciência e Saúde, p. 585). A globalização nos leva, mais e mais, a encontrar a manifestacão da idéia espiritual de Terra.

O efeito da globalização está sendo sentido no Brasil sob a forma de um alto índice de desemprego e de ameaças à estabilidade monetária. Antes, o desemprego era praticamente desconhecido na classe média. Por isso, não existem mecanismos de proteção para o desempregado. A atual moeda brasileira, o Real, só tem quatro anos e ainda não foram feitos todos os ajustes necessários à sua estabilidade.

Os brasileiros, porém, têm muita coisa a seu favor. Eles enfrentam bem a adversidade. Tanto quanto outros países, o Brasil será fortalecido ao se adaptar à globalização e tomará seu lugar de direito entre as nações, como membro honrado da família mundial.

formada em Administração de Empresas na Universidade de Munique, na Alemanha, reside na área metropolitana de Boston, Estados Unidos.

ARGENTINA

A criação de novos mercados (como o NAFTA, o Mercosul, o ASEAN, a União Européia) elimina muitas restrições que impedem o livre fluxo de bens. Isso leva a maior liberdade, possibilitando às pessoas atravessar fronteiras geográficas e conhecer países vizinhos, empreender projetos em conjunto. Há progresso para todos.

A globalização traz integração cultural, a troca de valores artísticos entre nações, a união para defender causas nobres.

Os economistas, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e as nações industrializadas irão exigir mudanças que garantam um fluxo mais estável de capitais e recursos ao redor do mundo. Isso impedirá que haja crises nos mercados locais.

As grandes flutuações na bolsa, a fuga de capitais e a inflação começam quando entra o medo do futuro. Todos buscam a segurança. O trabalhador quer um emprego seguro. A mãe quer que os filhos tenham uma boa educação, o investidor quer evitar perdas. Nós podemos vencer o medo quando encontramos refúgio no amor de Deus. Esse é o único lugar seguro em circunstâncias adversas.

ex-professor de Finanças Públicas na Universidade de Buenos Aires, Buenos Aires

VENEZUELA

Embora a unificação dos mercados seja economicamente benéfica para os países envolvidos, o importante é que ela gera uma paz mais estável, é um incentivo para o intercâmbio de idéias entre as diversas culturas, e traz liberdade. Se a atual unificação de mercados e de regiões for baseada em qualidades espirituais, como o amor ao próximo, o respeito pela diversidade, a honestidade nos negócios, ela terá estabilidade permanente.

Minha empresa enviou-me a trabalho por todos os cinco continentes. Mais de uma vez enfrentei diferenças culturais, desconfiança, ressentimento contra estrangeiros. Todas as vezes em que eu pus de lado as presunções sociológicas e orei para compreender que, em realidade, só há uma Mente, um único Pai-Mãe, os conflitos foram resolvidos.

A oração pela união entre as nações nos traz paz e harmonia, e leva à concórdia universal.

gerente numa empresa automotiva, Caracas

América do Norte

América Central e o Caribe

"As idéias não se perdem quando são dadas, mas crescem e se expandem"

CANADÁ

Televisão, computadores, telefones, fax, tudo isso conecta instantaneamente as pessoas do mundo todo. Muitos, todavia, temem a globalização. Pessoas de diferentes culturas que vão trabalhar em outro lugar, por exemplo, enfrentam o desafio de se integrar a uma sociedade já estabelecida. Por sua vez, essa sociedade enfrenta o desafio de assimilar os forasteiros, como tem sido o caso aqui no Canadá.

Mas é interessante. Quando chegamos a conhecer realmente bem alguém de outra raça ou cultura, deixamos de ver a cor da pele ou o estilo da roupa. Só vemos seu sorriso e as boas qualidades que manifesta. E amamos essas qualidades.

Se nos identificarmos dessa forma, sentiremos uma união maravilhosa. As fronteiras raciais, sociais e religiosas não terão mais importância.

ESTADOS UNIDOS

Não acho que os Estados Unidos, ou a Rússia, ou qualquer outro país, possam ficar isolados. O Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, a Conferência dos Ministros das Finanças de todo o mundo estão nos ajudando a trabalhar juntos, como uma equipe. Ao mesmo tempo, precisamos respeitar as culturas dos diversos países. Todos precisam sentir-se incluídos na solução dos problemas econômicos do mundo.

Aqui está uma idéia da Bíblia que acho útil, em termos de oportunidades para todos: "Para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade" (2 Cor. 8:13, 14).

ex-funcionário do Banco Central dos Estados Unidos, Atlanta.

No transporte de cargas, precisamos obedecer a um grande número de regulamentos, não só do nosso país mas também dos outros. Há cerca de vinte anos, contudo, havia muito mais limitações e barreiras no comércio. Aos poucos, as barreiras estão sendo eliminadas. Os países estão adotando tarifas com base em acordos. Isso é muito significativo. Ajuda a todos.

Mas também surgem problemas. Às vezes as pessoas culpam alguma nação devedora pela falha no circuito econômico global.

Aí, as soluções têm de ser espirituais. Penso muito em duas palavras, identidade e individualidade. Todos temos uma identidade em comum, como filhos de Deus. Todos refletimos Seu amor, em forma de suprimento, inteligência, bondade e de tudo o que Ele tem para nos dar. Mas cada um tem uma individualidade distinta, na maneira de expressar as qualidades de Deus. Isso se aplica às pessoas e às nações.

Por natureza, o Amor divino não se contém. A bondade de Deus não pode ser negada nem às nações devedoras nem às credoras. A lei de Deus abençoa a todos.

Presidente da Carl Matusek Inc., companhia intemacional de cargas, Miami

Todos viajam cada vez mais. E as pessoas estão interessadas em aprender sobre os lugares e não meramente divertir-se.

O que me preocupa, porém, é o perigo de a globalização provocar um renascer do feudalismo. Em outras palavras, países ricos dominando outros como fonte de mão de obra barata. Pensando nisso de uma perspectiva espiritual, contudo, sei que todos nós somos os filhos perfeitos de Deus. Existe entre nós uma igualdade maior do que poderíamos imaginar humanamente. Por isso não podemos dominar os outros nem ser dominados pelos outros.

Esta época exige que obtenhamos uma idéia totalmente nova de Deus e de Sua criação. A "Oração diária", que a Sra. Eddy nos deu, ajuda nisso: " 'Venha o Teu reino'; estabeleça-se em mim o reino da Verdade, da Vida e do Amor divinos, eliminando de mim todo pecado; e que a Tua Palavra enriqueça as afeicões de toda a humanidade, e a governe!" (Manual da Igreja, p. 41).

companhia de turismo Keeble Travel, Miami

E daqui, para onde vamos?

Os Redatores d'O Arauto da Christian Science nos diversos idiomas têm uma perspectiva singular da globalização. Temos aqui trechos do debate que eles tiveram sobre esse assunto. Chefe de Operações dos Arautos, foi o moderador.

Bill Dawley: Estamos num estágio em que a humanidade nunca esteve, tanto no aspecto tecnológico e industrial como em outros. Cada cidadão do mundo é uma espécie de pioneiro. Como atravessar esse território ainda não desbravado?

Arauto em alemão: Já temos o mapa para guiar-nos. Temos a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Nele, a Sra. Eddy escreve: "O conhecimento dos textos originais e a disposição de abandonar as crenças humanas ... abrem o caminho para que a Ciência Cristã seja compreendida, e fazem da Bíblia o mapa náutico da vida, no qual estão assinaladas as bóias e as correntes curativas da Verdade" (p. 24).

Arauto em francês: Essa situação já existiu. No relato bíblico os israelitas foram guiados à terra prometida. Quando receberam a promessa, eram escravos. Encontraram a liberdade com o que Deus lhes deu: leis, princípios para seguir. Os Dez Mandamentos são um resumo dessas leis divinas. Hoje, temos as mesmas leis para nos guiar.

Arauto em russo: Nesse território inexplorado precisamos de uma bússola espiritual. Isso significa escutar a Deus. Centrados em Deus, não nos perdemos pelo caminho. Deus nos guiará com mão segura.

Arauto em português: Como hoje as notícias correm o mundo numa fração de segundo, ninguém está inteiramente só nesse pioneirismo. O bem que pudermos obter, voltando-nos para Deus, para a Bíblia, para nosso mapa, alcança o mundo todo rapidamente.

Bill: O que é que a globalização nos ensinará sobre nós mesmos e, em última análise, sobre Deus?

Michael: Uma bênção será compreender que temos o mesmo Pai, Deus.

Cyril: Confiar só no intelecto para enfrentar os desafios da globalização não é suficiente. Isso nos faz buscar a Deus como fonte da sabedoria. Acho que as pessoas estão prontas para olhar nessa direção.

Enrique Smeke, Arauto em espanhol: Na globalização, vemos como o conhecimento está unificando o mundo. Aprendemos a sair dos limites estreitos de nosso meio. Sue Beck, Arautos trimestrais (dinamarquês, finlandês, grego, holandês, indonésio, italiano, japonês, norueguês e sueco): À medida que compreendemos mais sobre Deus e sobre nosso relacionamento com Ele, podemos contribuir para a cura das nações.

Cornelia: A globalização me ensina que não estou sozinha. Existe a rede de apoio da família internacional. Essa teia de amor nos fala de Deus, da Mente, Verdade, Vida, Amor, Alma, Espírito, Princípio. Compreender isso vivificará nossa existência como um todo.

Heloísa: Agora que estamos menos sozinhos, a nova definição de Deus será apresentada de forma mais inteligente, mais universal. Isso dirigirá o pensamento para uma abordagem científica da compreensão de Deus, para a Ciência do cristianismo. Não de forma sectária, denominacional, mas definitiva, passível de comprovação. O resultado será maior harmonia.

Bill: Como Redatores, vocês fazem parte do fenômeno da globalização, nas revistas e nos programas de rádio. O que vocês sentem como comunicadores globais de idéias espirituais?

Cornelia: Noto um sentimento de esperança, nos leitores e ouvintes que nos escrevem.

Cyril: Outra qualidade que percebo é alegria, entusiasmo. Pessoas no mundo todo podem ouvir umas às outras, ler a respeito umas das outras. Nisso há unidade. Notase uma busca global, que Deus está sendo ouvido globalmente.

Michael: Além de esperança e alegria, sinto em nossos leitores e ouvintes outra qualidade: poder. A comunicação global de conceitos espirituais está conferindo poder. Estamos correspondendo às orações dos ouvintes e à sua fome de Verdade. Estamos "caminhando sobre as orações deles" e seu desejo nos serve de apoio.

Cornelia: E o idioma que alcança a todos, em todo lugar, é o Amor.

Bill: Algumas das pessoas com quem falamos, em diversas partes do mundo, mencionaram temores de ordem econômica. Como podemos orar a respeito desses e de outros temores relacionados com a globalizacão?

Cyril: Um senso mais correto da verdadeira riqueza está na base do bem-estar, tanto para cada pessoa como para as nações. A verdadeira riqueza está ao alcance de todos. É nossa herança de pureza, honestidade, altruísmo, coragem, inteligência. Se cultivarmos essas qualidades, teremos coragem e inteligência para progredir.

Heloísa: No passado, pensava-se que, para distribuir a riqueza equitativamente, seria necessário tirá-la daqueles que a tinham e dá-la aos que não tinham. O que a globalização pode fazer é proporcionar riqueza espiritual a todos. Isso se traduzirá em melhor qualidade de vida.

Sue: Em um dos países alcançados pelo Arauto, existe pobreza agora mesmo. Eu soube de um homem que não havia do o pagamento mensal de sua aposentadoria e precisava de muitas coisas, entre as quais, comida. Orou com esta idéia de Ciência e Saúde: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (p. 494).

Então ele teve a idéia de visitar um amigo que não via há tempo. O amor o levou a fazer essa visita. O amigo tem uma loja de produtos alimentícios. Quando o homem entrou, viu as coisas de que precisava, mas não disse nada. O amigo ficou feliz com a visita. Ao despedir-se, deu-lhe as coisas de que o homem precisava, sem ele pedir.

Cyril: Muitas pessoas têm medo de perder a identidade devido à globalização. É bom sinal, significa que estão começando a dar valor à sua identidade. Esta não é constituída meramente de características humanas. É a expressão da bondade e da beleza de Deus. Isso não se perde.

Michael: Falando de identidade, penso num caleidoscópio. Os pedacinhos de vidro formam diferentes desenhos, mas nenhum se perde ou é absorvido pelo todo. Como reflexos de Deus, somos como esses vidrinhos. Expressamos os belos aspectos de Deus e não nos perdemos quando nos juntamos numa configuração diferente.

Bill: Alguns acham que a globalização pode causar lutas étnicas. Como enfrentar esses temores?

Enrique: Não somos seres isolados. Pela oração podemos influir na atmosfera mental do mundo. Por exemplo, pode ser que sintamos a necessidade pessoal de cura mas, muitas vezes, o que está por trás é a necessidade de curar algum problema do mundo. Há algum tempo, eu estava com dores numa perna. Na época, os noticiários falavam muito de um caso de assassinatos em série, nos Estados Unidos. Resolvi orar a respeito desse caso e a perna sarou. E o assassino acabou sendo preso.

Michael: Às vezes precisamos orar com relação à injustiça na distribuição da riqueza, dos recursos ou das oportunidades, no mundo todo. Essa injustiça não encontra apoio na lei divina, portanto pode ser vencida. A abundância está à disposição de todos, vinda dos recursos infindáveis de Deus. Precisamos, porém, utilizar nosso senso espiritual para vê-la.

Bill: Quando a situação é difícil, o que podemos fazer para manter a calma?

Sue: Um dos versículos bíblicos que eu prefiro diz: "Reconcilia-te, pois, com ele e tem paz" (Jó 22:21). Esse “ele” refere-se a Deus. Quanto mais compreendermos a Deus e ouvirmos Suas mensagens angelicais, mais paz teremos, mesmo em situações tensas ou perigosas.

Cornelia: A Bíblia diz que Jesus acalmou a tempestade. Ele a “repreendeu”. Temos a responsabilidade de repreender mentalmente circunstâncias injustas, para o bem do mundo, do meio ambiente e das pessoas com quem vivemos. Se algo não é santo, precisa ser repreendido. Podemos fazer isso com coragem e energia espiritual. E a paz vem a seguir.

Bill: Gostaria de terminar, pedindo a cada um de vocês que nos deixem um pensamento sobre a realidade espiritual que está por trás do conceito de globalização.

Michael: Para mim, evidencia o fato de que, como filhos de Deus, somos irmãos.

Cornelia: O espírito do Cristo é o caminho para a vida em abundância. A globalização nos levará a uma vida espiritual abundante.

Cyril: Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: “...o que abençoa a um, abençoa a todos...” Quando percebemos que Deus é a fonte de toda substância verdadeira, começamos a entender que o bem-estar de uma pessoa não pode ser separado do bemestar do mundo todo. E o bem-estar de uma nação não pode ser separado do bemestar do mundo todo.

Heloísa: A Sra. Eddy escreve: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo...” (Ciência e Saúde, p. 275). Por isso, nosso ponto de partida é a abundância. Partimos do fato de que temos. Todos os homens e todos os países podem utilizar esse ponto de partida.

Enrique: Para mim, a globalização mostra o fato de que só há uma Mente e essa Mente é uma com sua criação. A criação da Mente não está dividida. É a manifestação da unidade.

Sue: Concordo com o Michael, em que a fraternidade é a chave de tudo. Ela nos dará a paciência, a humildade, a capacidade de perdoar.

"Elevar a qualidade de vida"

PORTUGAL

O principal objetivo da União Européia é elevar a qualidade de vida de seus cidadãos. Com isso, pode haver desenvolvimento das formas de expressão mais espirituais, como teatro, literatura, música.

De imediato, os países menos industrializados estão sob pressão para aperfeiçoar-se, pois há a competição de melhores produtos e serviços de outros lugares.

Se ficasse isolado, Portugal poderia manter uma calma interna por uma dezena de anos. Mas é melhor desafiar nossa sociedade e transformar as fraquezas em forças, agora mesmo, em vez de esperar.

Gerente de Operações de uma grande empresa de telecomunicações, Porto

ITÁLIA

Pouquíssimos filmes europeus conseguem penetrar no mercado americano. Por isso os europeus decidiram unir-se. Assim, podem fazer um produto melhor, gastar mais nele, torná-lo mais interessante e menos limitado. Cineastas de 15 países europeus se uniram. Agora somos mais profissionais, mais metódicos.

Alguns se assustam um pouco com a globalização, porque não vai mais haver a Lira, o Franco, etc. Só vai haver o Euro. Mas todos temos o domínio espiritual. Temos o domínio que Deus nos deu sobre nossa experiência.

Europa

Rússia: pop: 146,8 milhões; área:
17.075 km2; idiomas: russo / outros

Alemanha: pop: 82,1;
área: 357 km2; idiomas: alemão

Reino Unido: pop: 58,9;
área: 245 km2; idiomas: inglês,
galês, escocês, gaélico

França: pop: 58,9; área: 544 2;
idioma: francês

Itália: pop: 56,8; área: 301 km2;
idioma: italiano

Ucrânia: pop: 50,1; área: 604 km2;
idiomas: ucraniano, russo

Espanha: pop: 39,1; área: 505 km2;
idioma: espanhol

Os países estão por ordem de tamanho da população; os números estão em milhões (população) e em 1.000 km2 (área); o idioma sublinhada é a língua oficicial. Fonte: Der Fischer Weltalmanach; http://www.odci.gov/cia/publications/factbook/country-frame.html

JAPÃO

Globalização significa comunicação. E isso é bom. Uma das maiores oportunidades que ela oferece é a de todos podermos nos entender melhor, viver melhor uns com os outros, reduzindo ao mínimo as chances de conflito. Todavia, ainda não chegamos lá. Depois do fim da guerra fria, houve um aumento no número de conflitos de pequena escala, em vários lugares. A grande oportunidade, contudo, está no entendimento global, na união global.

Isso nos faz pensar nos desafios da globalização. Quando os países do Grupo dos sete, o G-7, se reúnem e debatem sobre a necessidade de uma nova estrutura financeira, isso pode indicar um passo em direção a formas mais amplas de um governo global. É algo novo, começar a pensar no planeta como um lugar que depende de administração e estruturas burocráticas, sejam elas econômicas, políticas ou culturais, para governar determinados aspectos da inter-relação entre as pessoas.

A unidade do mundo, entretanto, é um conceito muito espiritual. Há um único Senhor, um único Deus, uma única Mente. Compreender esse conceito ajuda a formar um governo global que funcione, e faz-nos chegar a um entendimento global, a alcançar a paz. Pode nos proporcionar a desejada prosperidade econômica.

A Indonésia, o quarto país mais populoso do planeta, com 200 milhões de pessoas, sentiu o efeito devastador da retirada de capitais estrangeiros. O Banco Mundial diz que nunca um país caiu tanto em tão pouco tempo. Aí está o desafio, evitar que esse tipo de coisa aconteça novamente.

Quando falamos sobre administrar o mundo como uma unidade, muita gente se apega à sua identidade nacional. Eu vejo nisso um paralelo, no fato de que às vezes as pessoas acham difícil reconhecer a totalidade de Deus, por temor de ter de abrir mão de um senso de identidade própria.

No entanto, reconhecer a totalidade de Deus não anula nossa identidade. Pelo contrário, Deus é a fonte de nossa identidade e reconhecer a totalidade dEle, compreender que somos o reflexo individual dessa totalidade, dá-nos força, dá-nos coragem.

Ásia

China: pop: 1.236,9 milhões; área:
9.571 km2; idiomas: mandarim,
yui, wu, hakka, xiang, cantonês,
manbei

Índia: pop: 984,0; área: 3.287
km2; idiomas hindi, inglês, e mais
17 idiomas regionais.

Indonésia: pop: 202,9; área: 1.904
km2; idiomas: bahasa indonésio.
inglês, holandês

Paquistão: pop: 134,1; área: 796
km2; idioma: urdo, inglês, punjabi,
sindi, pushtu, baluchi

Bangladesh: pop: 127,6; área: 148
km2; idiomas: bengli, inglês

Japão: pop: 125,9; área: 378 km2;
idioma: japonês

Filipinas: pop: 77,7; área: 300 km2;
idiomas: filipino, inglês

INDONÉSIA

Durante os graves distúrbios de maio passado, eu estava com minha filha mais velha num bairro de Jacarta onde aconteceram a maioria dos incêndios. Eram duas horas da manhã e não podíamos dormir. Víamos fumaça por todo lado. Telefonei a uma Cientista Cristã na Holanda e pedi-lhe para orar. Minha filha e eu ficamos lendo Ciência e Saúde em indonésio, a noite inteira.

Na manhã seguinte, soubemos que, durante a noite, dois caminhões cheios de gente pararam perto de nosso conjunto habitacional, prestes a invadi-lo. Alguns trabalhadores que conhecemos, porém, disseram: "Não façam isso, os moradores daqui são legais. São muito bons conosco, os trabalhadores comuns." Os caminhões foram embora e nós fomos protegidos.

Quer enfrentemos problemas globais ou nacionais, eles podem ser resolvidos quando vemos nosso próximo como Deus o criou. Com a reforma em nosso governo, as pessoas estão se aproximando umas às outras. Os muçulmanos, que antes queimavam igrejas, agora dizem que embora tenhamos religiões diferentes, temos a mesma fé em Deus.

O futuro parece negro. Conseguir alimento para 200 milhões de pessoas não é fácil, mas há uma esperança sempre maior.

Delegada de Divulgação da Christian Science, Jacarta

ZÂMBIA

Existem diversas organizações para ajudar os mercados da África Oriental e Meridional, reduzindo tarifas aduaneiras, facilitando a importação e exportação. Outras organizações promovem a paz regional. Há também várias organizações femininas para a proteção das mulheres e crianças. Todas elas são dirigidas por africanos. Esse é um aspecto promissor.

A África é considerada pobre, mas é provavelmente o continente mais rico do planeta, devido aos enormes recursos naturais. O sistema educacional está evoluindo. E os países africanos estão lutando para se tornar democráticos.

Contudo, a globalização pode afeter de forma negativa os países em desenvolvimento, pelo fato de que grande parte do dinheiro que as multinacionais ganham nesses países acaba saindo do país. Existe também o medo de perder a identificação cultural, uma das razões das guerras tribais que estão acontecendo.

Mas eu tenho pensado nesta idéia da Bíblia: "Pois o próprio Cristo nos trouxe a paz ... ele desfez a inimizade que os separava como se fosse um muro" (Efésios 2:14, A Bíblia na Linguagem de Hoje). Para mim, isso se refere à eliminação da hostilidade entre os povos, eliminação do medo e da desconfiança. É isso que traz harmonia, unidade, união.

Em realidade, somos todos um, irmãos e irmãs. Como a Bíblia diz: "Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus?" (Malaquias 2:10). Gosto muito dessa passagem. Fala de unidade e amor.

praticista e professora da Christian Science, Lusaka

África

Nigéria: pop: 110,5 milhões;
área: 924 km2; idiomas: inglês,
haussa, ioruba, ibo

Egito: pop: 66,0; área: 998 km2;
idiomas: árabe, inglês, francês

Etiópia: pop: 58,4; área:
1.133km2; idiomas: amárico,
tigrinia, orominga

Rep Dem do Congo: pop: 49,0;
área: 2.345 km2; idiomas:
francês e mais de 400 dialetos

África do Sul: pop: 42,8; área: 1.221
km2; 11 idiomas oficiais, incluindo:
africâner, inglês, ndebele, sotho

Sudão: pop: 33,6; área: 2.506 km2;
idiomas: árabe, núbio, ta bedawie

Tanzânia: pop: 30,6; área: 945 km2;
idiomas: swahili, inglês

"Eu oro, não apenas por meu país, mas pelo mundo todo."

QUÊNIA

As viagens internacionais ficaram tão mais fáceis, que muitos turistas vêm ao Quênia, agora. O turismo é uma grande fonte de divisas para nós.

Os aviões vêm cheios de turistas. Às vezes, eles vão embora usando penteados africanos. Alguns fazem aqui boas amizades, que continuam depois. Há os que vêm todos os anos ou sempre que podem.

Um dos efeitos dos meios de comunicação tem sido o de reduzir as distâncias e o tempo, de maneira que o mundo se tornou como uma aldeia. Isso cria um ambiente onde o desenvolvimento pode ser muito mais rápido que antigamente. Existe a oportunidade de expandir as idéias, aprender mais. Sente-se em certo grau uma união internacional.

Contudo, algumas pessoas perdem os próprios costumes e a própria cultura. As organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, trazem suas próprias "medidas de ajuste". Em alguns casos, essas exigências foram insustentáveis. Além disso, as multinacionais invadem o mercado, em detrimento das empresas locais.

Eu oro, não apenas por meu país, mas pelo mundo todo. Sei que muitas pessoas estão orando. Orar inclui conhecer nosso relacionamento com Deus, o Pai-Mãe, e saber que Ele controla tudo. A lei divina do Amor está sempre atuando.

advogada do Instituto para a Educação e a Democracia, Nairobi.

"Precisamos de maior justiça social para todos"

BOLÍVIA

A globalização, como economia de mercado à procura de melhor rentabilidade, é um fenômeno econômico motivado pela necessidade de maior eficiência no uso do capital e da tecnologia. Há a coalizão de bancos e firmas. Isso significa maior concentração de dinheiro.

Para os países industrializados, ela pode ter efeito positivo. Para os subdesenvolvidos, pode ter efeitos negativos. Isso porque as nações menos desenvolvidas muitas vezes não têm produtos a serem vendidos em troca de moeda forte e negociam em desvantagem nas bolsas de valores.

Existe a globalização da economia e também a acumulação global da pobreza, desemprego e corrupção. A população pobre aumenta de número: os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres.

Precisamos de um ponto de equilíbrio, baseado numa melhor distribuição da riqueza. Isso pode ser feito por meio de uma economia de solidariedade. Quero dizer que, com isso, o desenvolvimento econômico seria mais humano.

Não vejo nada de errado com os lucros, o crescimento e o progresso das grandes empresas, mas elas poderiam ajudar mais na redistribuição da riqueza, incentivando novos empreendimentos e gerando mais empregos. Elas poderiam estimular atividades econômicas em regiões de baixa renda.

Com isso, não estou falando de caridade. A caridade não é o mesmo que desenvolvimento e não ajuda a resolver os problemas do mundo. Deveríamos buscar um desenvolvimento mais humano. Precisamos de maior justiça social para todos.

Embaixador da Bolívia nas Nações Unidas

BRASIL

Com a globalização, ninguém pode se esconder atrás de fronteiras, que deixam as pessoas em condição retrógrada, nadando contra a correnteza da história. O progresso vem de estarmos alertas e em dia com as novas tendências. Durante o tumulto que pode resultar das mudanças causadas pela globalização, as nações e os indivíduos podem encontrar conforto na presença de Deus. Na Bíblia, o Salmista diz: "Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá" (Salmos 139:9, 10).

O Brasil faz parte de um acordo econômico com a Argentina, Uruguai e Paraguai, países do cone sul da América do Sul, e já temos o nosso mercado comum: o Mercosul. Essa união é uma globalização em miniatura.

Forçado a acompanhar o fluxo da globalização, o humor do público brasileiro está em alta. Não que não tenhamos problemas. A criminalidade cresce tanto quanto em outros países. Como em outros lugares, o crime é em grande parte relacionado com a droga. O tráfico de drogas é global e esperemos que a globalização ajude a reprimi-lo. Os brasileiros, contudo, têm um senso de união, de respeito e de dependência mútua.

O que a Sra. Eddy diz sobre o indivíduo se aplica também à nação: "O homem caminha na direção em que olha, e onde estiver seu tesouro, aí estará também seu coração" (Ciência e Saúde, p. 451).

Presidente de uma empresa brasileira de transportes, Rio de Janeiro

América do Sul

Brasil: pop: 169,8 milhões; área:
8.512 km2; idioma: português

Colômbia: pop: 38,6; área: 1.142
km2; idioma: espanhol

Argentina: pop: 36,3; área:
2.767 km2; idioma: espanhol

Peru: pop: 26,1; área: 1.285 km2;
idiomas: espanhol, quêchua

Venezuela: pop: 22,8; área: 912 km2;
idioma: espanhol

Chile: pop: 14,8; área: 757 km2;
idioma: espanhol

Equador: pop: 12,3; área: 284 km2;
idiomas: espanhol, línguas indígenas

"As nações emergentes pularão os estágios intermediários"

ESTADOS UNIDOS

A maior parte da população mundial ainda não está "plugada", como se diz hoje, não está aparelhada para o nível de telecomunicação que existe nas chamadas nações industrializadas. Será fascinante observar as nações emergentes, atualizando-se em termos de comunicação, pulando os estágios intermediários. Há lugares em que as pessoas têm telefones celulares sem ter tido jamais um telefone comum.

Não acho, porém, que teremos um desenvolvimento homogêneo. Não chegaremos ao ponto de o mundo inteiro falar inglês. Ao contrário, creio que os Estados Unidos serão forçados a se tornarem multilíngües.

Todos queremos melhorar. Para isso precisamos de informações, conhecimento, orientação. A The Christian Science Publishing Society pode dar um apoio enorme ao esforço da humanidade para progredir. Quando as pessoas começam a trabalhar com boas idéias — para mim isso é oração.

Ao orarmos, estamos abrindo nosso pensamento. Estamos escutando. É como iluminar a tela de um computador, só que mentalmente. Oração é elevar-se ao ponto de humildade e tranqüilidade que nos faz comungar com Deus. E com isso encontramos soluções.

Diretora dos Serviços de Rádio, The Christian Science Publishing Society, Boston

ESTADOS UNIDOS

Nos últimos vinte anos, houve no mundo uma explosão no setor de serviços. Por outro lado, o número de empregos no setor de produção permaneceu achatado.

O que significa ir de uma economia de produção para uma economia de serviços? Significa que o preço dos bens tem diminuído em relação ao preço dos serviços.

Essa pode ser uma metáfora interessante para o Cientista Cristão, porque ele está acostumado a pensar que as idéias (que eu associo a serviços) são o que tem valor. As idéias não se perdem quando são dadas, mas crescem e se expandem. Se eu tiver uma saca de trigo e der um pouco a alguém, eu fico com menos trigo. No entanto, se eu der amor, não fico com menos amor.

Os economistas também estão começando a pensar dessa forma. Eles entendem que quando é dada a idéia de um software, a idéia não se perde. E você pode dá-la a mais pessoas. A verdadeira riqueza está na produção de idéias, reconhecem os economistas.

Uma idéia produzida em nossa economia globalizada é a confiança. Você pode achar que produz calçados, ou softwares. Mas em realidade está produzindo confiança. A confiança está, de alguma forma, associada com a produção de serviços.

Identifico-me com o que está acontecendo nas nações emergentes. Também me identifico com as dificuldades econômicas das pessoas que moram a quinze minutos de minha casa.

Todos podemos dar alguns passos no sentido de orar para esses problemas. Até o sorriso pode ser uma oração. Até ajudar uma criança carente a fazer a lição da escola, pode ser uma oração.

Toda vez em que procuramos o bem numa situação, toda vez que transformamos o inimigo em um amigo, estamos, em realidade, orando. Se mantivermos no pensamento a idéia do puro amor, do amor supremo (chamemos esse amor Deus), sentiremos o poder intrínseco que esse senso de Amor tem. Poder de melhorar as coisas. Não sei se você considera isso oração, mas eu considero.

Economista-Chefe, Bolsa de Valores,

América do Norte

Estados Unidos: pop: 270,3 mi
lhões; área: 9.809 km2; idiomas:
inglês, espanhol

México: pop: 98,6; área: 1.958
km2; idiomas: espanhol, línguas
indígenas

Canadá: pop: 30,7; área: 9.958
km2; idiomas: inglês, francês

Guatemala: pop: 12,0; área: 109
km2; idiomas: espanhol, maia

Cuba: pop: 11,1; área: 111 km2;
idioma: espanhol

República Dominicana: pop: 8,0;
área: 49 km2; idioma: espanhol

Haiti: pop: 6,8; área: 28 km2;
idiomas: francês, creole

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