Não são economistas, mas falam de forma convincente sobre a economia global. Aparecem na televisão, nas páginas dos jornais e revistas. A jovem mãe em Jacarta, que não consegue comida para seu filhinho. O operário de Moscou, que precisa aquecer a família neste inverno. O menino carente, em Washington, que vai para a escola com fome, todos os dias.
O advento do “Euro”, moeda única da União Européia, este mês, parece estar a anos-luz dessas pessoas. Tanto quanto o sobe-desce das bolsas, das taxas de câmbio, dos índices de desemprego. No entanto, dizem os economistas que todos esses fenôme-nos têm conexão entre si. São efeitos de uma rede econômica chamada “globalização”.
Dizem também os economistas que a globalização é boa e cruel ao mesmo tempo. Traz oportunidades de avanço tecnológico, expansão industrial, melhor distribuição de renda, progresso nos direitos humanos, até mesmo paz mundial. Contudo, dizem eles, também causa a exploração da mão de obra barata das nações emergentes, desrespeito à ecologia, volatilidade dos mercados, desvalorização drástica das moedas. É por isso que, de acordo com esse raciocínio, cerca de um terço da população mundial está em aperto econômico, agora mesmo.
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