O cálido cheiro da terra mexe comigo. Eu conheço este tipo de terra, já senti este cheiro noutro lugar. Há poucos momentos cheguei a Joanesburgo, na África do Sul, e me sinto como se já houvesse estado aqui. Cresci numa latitude quase igual a esta, em São Paulo, onde a terra é como esta.
Viajando um pouco mais pelo continente, continuo a sentir-me em casa na África. As inclinações espirituais do povo se manifestam em sua arte, beleza, doçura e amor. Este rico talento artístico, esta transbordante expressão de alma, esta sensibilidade à beleza me tocam o coração, e eu toco a poesia, o ritmo do coração da África.
As mulheres africanas são mães carinhosas, as crianças são vivazes, os homens têm nobreza de caráter. Mas as notícias de que amiúde estas mulheres se sentem desoladas, seus filhos estão com fome, seus homens valentes estão revoltados — sacodem o mundo. No entanto, o coração da África não está partido. A África é sensível à inteligência divina, é capaz de erguer-se acima da terra, acima da aridez, acima da luta entre os homens, da doença, das disputas por posse, acima das reivindicações étnicas. O africano é sensível à herança que vem do coração do Amor, de Deus mesmo, infinitamente generoso para com todos os Seus filhos.
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