Luzes brilhando nas lojas e nas casas. Saudações cordiais nos supermercados. Pessoas sorrindo. Para mim, essas são indicações evidentes de que o Natal está próximo.
Essa época do ano está repleta de lindos símbolos. E a luz é um dos mais belos. As luzes que cintilam às janelas, as luzes de Chanuca. O brilho nos olhos das crianças maravilhadas com a história do Natal, o relato perene e universal do amor de Deus iluminando o mundo, guiando os que buscam o lugar onde Jesus nasceu.
Esse acontecimento, que transformou o mundo, ocorreu de maneira muito simples e natural Embora tenha estabelecido o início do calendário cristão, não há começo para o amor de Deus, para a luz de Seu Cristo, que é a mensagem de paz e fraternidade. Essa é a dádiva de Deus para Seus amados filhos. Muito antes do nascimento de Jesus, com certeza eternamente, a luz do Cristo tem alcançado todos os lugares escuros deste planeta, consolando corações e renovando esperanças. Nenhuma ameaça terrorista poderá extinguir essa luz. Nenhum temor ou ódio poderão ofuscar seu brilho. Ninguém jamais poderá ser excluído da plenitude de seu fulgor.
Provavelmente, todos temos uma lembrança especial desse período de festas. Certa vez, meu marido e eu conversamos por telefone sobre o que faz com que um Natal seja especial. Ele lembrou como a luz do Cristo iluminou um Natal para ele durante a Grande Depressão. Muitas famílias aqui nos Estados Unidos estavam passando necessidade e a empresa de construção de seu pai havia falido.
Embora ele tivesse apenas sete anos, entendeu que aquele Natal seria difícil. Qual não foi sua surpresa e alegria, então, ao achar lindos blocos coloridos de madeira debaixo da árvore. Seu pai os tinha feito com sobras de construção. Havia blocos com curvas e ângulos, que podiam ser usados para construir arcos, pontes, torres e outras maravilhosas edificações. Ele achou que era o melhor presente que jamais recebera. E enquanto conversávamos ao telefone, separados por quilômetros de distância, eu podia ouvir em sua voz a alegria e o amor que ainda faziam parte daquela memória do presente de amor que seu pai lhe havia dado.
Eu também tenho lindas lembranças de Natal. Sempre gostei das atividades típicas dessa época, tais como cozinhar, embrulhar presentes, escrever cartões, quer dizer, a alegria de dar. Gosto muito dos dias repletos de tudo que a vinda de Jesus significa: amor, paz e boa vontade; esforçarse para estar em paz com os outros; demonstrar boa vontade e perdão em casa e no serviço; agradecer a Deus pela dádiva que é o Cristo. Esse presente para todos os Seus filhos vem todos os dias do ano. Chega embrulhado em Seu amor. Todos os dias, em todos os momentos, qualquer um pode abri-lo. É a gloriosa convicção de que ninguém está só e de que o amor de Deus está conosco sempre, mesmo em momentos de perigo.
Por exemplo, em vários lugares, no início da Primeira Guerra Mundial, uma série de pequenos incidentes provavelmente não relacionados entre si, interromperam por um momento a desolação e o horror da guerra e trouxeram um vislumbre da luz do Cristo. Era véspera de Natal, uma noite fria e sombria na zona de guerra. Com o aproximar da meianoite os disparos cessaram repentinamente. Os soldados de ambos os lados deixaram suas armas, caminharam em direção ao inimigo e trocaram pequenos presentes, apertos de mão e votos natalinos. Aí alguém começou a cantar “Noite Feliz” e vozes inglesas e alemãs se uniram em canção. Por um instante a luz dissipou a escuridão.
Hoje, quando esta revista chegar a seus leitores, muitas famílias estarão se preparando para as Festas com alegria: Ramadám, Chanuca, Kwanzaa, Natal e outras. Mas, muito mais pessoas, no mundo inteiro, estarão lutando simplesmente para sobreviver, esperando encontrar alguma luz na escuridão. Para elas, como para cada um de nós, a mensagem daquele primeiro Natal é vital, vivificadora; o Amor divino, Emanuel ou “Deus conosco”, cuida de toda a Sua criação, em toda parte, para sempre.
“...Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1:5). A humanidade não pode existir sem essa luz divina.
Já temos o maior presente que poderíamos desejar. É o Cristo, dado por Deus, a bendita convicção de que não estamos sós. De que somos membros da família de Deus, agora e sempre, sem distinção de raça ou religião. Essa fraternidade é o plano de Deus para todos; é o presente de Deus para você e para mim, este ano e todos os anos. Ele traz luz. Ele conduz à paz na terra.
