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Matéria de capa

O que é exatamente ser praticista da Christian Science?

Da edição de outubro de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


As pessoas que fizeram um curso de jornalismo, sabem que toda matéria deve cobrir as cinco perguntas básicas: Quem? O quê? Quando? Onde? Por quê?

Há algumas semanas, em um jantar com umas amigas da Califórnia que eu não via há muito tempo, estive pensando nessas perguntas. Quando mencionei que sou praticista da Christian Science, Marcia me perguntou: “O que é exatamente um praticista?” Antes que eu pudesse lhe responder, Mary, do outro lado da mesa, explicou que uma praticista da Christian Science é um tipo de terapeuta, ou uma conselheira. “Bem, não exatamente”, contestei.

Talvez a melhor maneira de apresentar minha profissão para responder à pergunta da Marcia seja me voltar para as perguntas básicas que todo jornalista iniciante faria. Não é uma má idéia!

Assim, vamos começar com Quem. Como vocês constatarão nesta edição, qualquer pessoa pode ser praticista da Christian Science. Nossos registros mostram que existem pessoas que têm praticado a Christian Science por toda a sua vida, e outras que descobriram a Christian Science na fase adulta, freqüentemente durante alguma pesquisa, ou mesmo uma busca, ansiando por respostas espirituais para os desafios da vida e para a cura.

Viemos de religiões tradicionais, ou de nenhuma religião; de sistemas de auto-ajuda, filosofias orientais, ioga. Alguns tiveram treinamento na área médica, outros não, e assim por diante! Em outras palavras, praticistas da Christian Science são pessoas comuns que descobriram uma prática espiritual que transforma a vida pelo mais extraordinário sistema de cura que o mundo já conheceu. Por esse sistema fomos transformados e agora queremos dedicar nossa vida a ajudar a transformar a vida de outros.

Bem, esse é um esboço de Quem somos. Agora, O que fazemos? Poderíamos pensar na prática pública da Christian Science como um ministério. Não existe nenhum grau hierárquico para alcançá-lo, nem designações entre as congregações. Ao invés disso, cada praticista cria seu próprio ministério — um ministério voltado a tratamentos com orações em prol do próximo. Alguns praticistas da Christian Science se anunciam no Arauto e no Christian Science Journal. Esse tipo de anúncio significa que o praticista desistiu de seguir outro tipo de carreira e está disponível para qualquer pessoa no mundo que deseje um tratamento. Para o praticista que aceitou tal compromisso, esse é um dever 24 horas por dia, sete dias por semana. A única exceção permitida no Manual da Igreja é para praticistas que estejam “oficialmente engajados no trabalho da Christian Science”. Praticistas que tratam pessoas somente por meio-período, talvez tenham um trabalho de período integral ou não estejam disponíveis o tempo todo, o que os diferencia dos praticistas que têm um anúncio no Arauto e no Journal.

Há uma diferença entre os praticistas da Christian Science e ministros de outras igrejas. Essa diferença está no fato de que o tratamento da Christian Science não é simplesmente orar por alguém, pois está baseado no sistema curativo elucidado em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Tal tratamento é um método curativo reconhecido, coberto e reembolsado por muitas companhias de seguro nos Estados Unidos. Quando um pastor ou um praticista ora por alguém, isso não é realmente um tratamento e, portanto, as companhias de seguro não oferecem cobertura.

Deixe-me explicar a diferença: Se um paciente me pede que lhe dê tratamento pela Christian Science, essa pessoa me dá permissão para orar pelo estado ou pela condição de seu pensamento e tratá-lo, da mesma maneira que um médico trataria uma condição física. Porque a Christian Science ensina que o pensamento é a fonte da doença e de todos os problemas, o praticista ajuda ativamente o paciente a espiritualizar seu pensamento. Em troca, isso traz a cura e a melhora na vida do paciente, em qualquer área necessária. Nenhum tratamento é igual ao outro, porque cada caso é único. Cada tratamento traz novas inspirações sobre o caso.

Aqui está como, freqüentemente, dou um tratamento — outros podem orar de maneira diferente, tal como, às vezes, sou guiada a orar diferentemente. Digamos que alguém me ligue com dores no tórax. Primeiro, silenciosamente e em geral também em voz alta, asseguro ao paciente sua perfeição, com palavras de conforto da Bíblia ou de Ciência e Saúde. Posso citar alguma passagem bíblica ou algo para a pessoa refletir. Quando acabo de falar com ela, o passo mais importante para mim é perceber, com todo meu coração, a presença de Deus. Algumas vezes, me ajuda imaginar galáxias e galáxias que se movem infinitamente. Lembrome de que Deus está preenchendo cada centímetro daquele espaço. Somente a Mente divina, Deus, o Amor divino, preenche todo o universo.

Uma vez que tenha esse fato claramente fundamentado em meu pensamento, afirmo a relação inquebrantável que o paciente tem com a Mente divina, reconhecendo que ele é a imagem do Amor. Calmamente ouço as orientações da Mente, e, às vezes, peço à Mente única para me mostrar o que poderia estar sobrecarregando o pensamento do paciente. Freqüentemente, apenas uma palavra me ocorre. Poderia ser medo, por exemplo, e então oro para que isso seja mudado no pensamento do paciente. Afirmo-lhe o amor de Deus e que o medo não pode fazer parte da imagem de Deus, não pode ser uma realidade nesse paciente porque ele verdadeiramente é a imagem de Deus.

Orando dessa maneira, adquiro convicção e compreensão de que a gentileza, a flexibilidade, o perdão e a harmonia são qualidades inerentes ao ser desse paciente. Quando estou totalmente em sintonia com essa compreensão, sei que a cura ocorre. Também afirmo que o tratamento não pode retroagir ou ser invertido. A vontade de Deus é que todos os Seus filhos estejam bem, em paz e livres de dor. Em outras ocasiões, oro de maneira simples e mantenho em meu pensamento o que Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Ao invés de procurar obstáculos no pensamento do paciente, conscientizo-me completamente da verdade de que ele é a imagem perfeita do seu Criador. A Verdade traz a cura.

Ao contrário do tratamento individual, orar para alguém é incluí-lo nas orações de uma forma mais genérica, menos pessoal, ou seja, um tipo de envolvimento que não se atém ao verdadeiro estado de pensamento da pessoa.

Agora vamos ao Quando do tratamento da Christian Science. Não está limitado a zonas, calendários ou horas de trabalho. Um praticista da Christian Science que se anuncia no Journal e no Arauto concorda em estar disponível a todos e em qualquer hora. Esse é um compromisso sério e explica uma das razões pelas quais os praticistas cobram pelo tratamento, assim como é normal que os clérigos, sem expectativa de outro emprego, sejam compensados pelo seu trabalho.

Bem, junto com o Quando da prática da Christian Science, chegamos ao Onde: Em poucas palavras: em qualquer lugar. Quando Jesus curou o criado de um centurião, o qual não estava presente (Mat. 8:5-13), o Mestre mostrou que a cura não requer presença ou contato físico e que é essencialmente espiritual e, como tal, não necessita de tempo ou lugar, apenas do calmo santuário do pensamento em total comunicação direta com Deus.

Finalmente, Por quê? O que leva uma pessoa a dedicar sua vida em prol da prática sanadora?

Tudo que posso dizer é que, para mim, chegou um momento em que o meu amor pelos outros, minha gratidão pela Christian Science e por tudo o que ela fez para mudar a minha vida para melhor, não me deixou nenhuma outra opção. Queria compartilhar essa verdade que muda e cura a vida, retribuir pelo que havia recebido de praticistas, que me ajudaram durante anos, e de Mary Baker Eddy, que deu à humanidade um imenso presente: o livro Ciência e Saúde.

A cura é a prova de que Deus está presente. Que outra profissão poderia forçar uma pessoa a alcançar uma meta tão alta, a obter tal realização? Sou grata à profissão de praticista da Christian Science. De uma maneira profundamente humilde e sincera, quando alguém me telefona para pedir um tratamento por meio da oração, sinto ser um privilégio fazer parte desse ministério de cura.

Aguarde parte II na próxima edição.

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