A estrada era a "A-24", que liga Hamburgo a Berlim. Uma viagem agradável, com pouco tráfego, e a estrada passa por inúmeros campos e bosques.
Ventava muito naquele dia e a formação das nuvens mudava constantemente; as turbinas eólicas giravam majestosamente. Tão logo aparecia uma turbina, simplesmente tínhamos de olhar, mesmo que nada de especial estivesse acontecendo. Mas por quê? Não seria o aparecimento de uma nova árvore igualmente fascinante?
Uma explicação simples: uma turbina eólica gira e uma árvore não.
Involuntariamente, o movimento chama a atenção. Não é à toa que os animais fazem de conta que estão mortos quando querem passar despercebidos e as pessoas acenam para alguém quando querem ser reconhecidas na multidão.
Isso é tão verdadeiro para o movimento físico, quanto para o mental. Vitrines que não são atualizadas são logo esquecidas e ignoradas, ao passo que uma nova empresa com novas ideias e novos produtos atrai o interesse.
O mesmo acontece com os pensamentos. Com que agilidade e inovação pensamos? Estamos com 90 por cento dos pensamentos de ontem ou estamos "em movimento", prestando atenção à voz interior para uma nova inspiração? Isso nos mantém interessados e contribui para que encontremos soluções.
Os benefícios de se estar em movimento e do pensar inovador estão relacionados não somente às pessoas, mas também às instituições. Por exemplo, o movimento da Ciência Cristã e suas instituições: as Igrejas, as Salas de Leitura, as Escolas Dominicais e as conferências públicas.
De certa forma, Mary Baker Eddy via o movimento espiritual como inseparável do conceito espiritual de Igreja. Entre outras coisas, ela definiu Igreja como: "...despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina" (Ciência e Saúde, p. 583). Isso soa como estagnação ou movimento? Qual o principal resultado dessa atividade? A cura.
Quando sentimos todos os dias o poder que o Cristo tem de nos estimular à ação, suprindo-nos de inspiração e vigor renovados, os cultos de nossas Igrejas e nossas Escolas Dominicais só podem refletir essa disposição inovadora.
O que isso significa na prática? Significa ter a coragem de deixar que o Cristo "nos inspire". Significa ser inocente. Olhar para frente. Ter a coragem de inovar. A disposição de encontrar estabilidade em novos e inspirados pontos de vista, ao invés de apenas se ater às tradições. Também, de fazer novas descobertas com relação a um novo uso de antigas e bem conhecidas letras e palavras.
Sentir a renovação do Cristo nos tornará mais atentos contra as influências mentais que querem nos deixar mais lentos e complacentes. O poder do Cristo é realmente a lei do nosso progresso perpétuo. Inevitavelmente, o resultado de um espírito inovador é mais vida, liberdade e cura. No final das contas, temos de perguntar: O que atrai e chama mais atenção do que isso? *
