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A cura de uma esposa

Da edição de março de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de 7 de setembro de 2016 de The Christian Science Monitor.


No início desta história, eu não causo uma boa impressão. Mas tudo bem. A lição que ela ilustra é digna da revelação de que eu não estava mesmo agindo corretamente. 

Durante vários meses, eu fiquei remoendo e criticando meu marido devido a pequenas coisas, que foram se acumulando até que não pareciam mais tão pequenas. Minha tendência de manter na memória os erros que ele cometia estava me impedindo de ver e reconhecer o progresso que meu marido estava fazendo e de apoiá-lo como deveria. Isso acontecia principalmente no pensamento, mas também em conversas, quando eu falava a respeito dele com minhas amigas.

Certa manhã, deparei-me com esta passagem enquanto estudava a Bíblia: “[O Amor] não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:5–7).

Eu havia lido esse trecho antes, mas naquele momento, a segunda sentença em particular, calou fundo em mim. Examinando as palavras em grego encontradas na Bíblia, descobri que o significado original pode ser lido como: “O Amor não rememora, não divulga nem se atém à iniquidade, mas propaga e se agarra somente à verdade”.

Senti que uma mensagem de Deus estava me mostrando que eu precisava melhorar e me indicando como fazer isso. Por meio do meu estudo da Bíblia e da Ciência Cristã, aprendi que Deus é o Amor divino (ver 1 João 4:8) e que nosso propósito é expressá-Lo, sendo amorosos. Pude perceber que eu estivera fazendo exatamente o oposto daquilo que o Amor exige e daquilo que Cristo Jesus ensinou e demonstrou, isto é, amar. Eu estava remoendo e propagando problemas, e isso tinha de acabar. Essa forma de agir não condizia com meu desejo genuíno de ser uma esposa boa e solidária, além de estar desonrando meu marido e meu casamento.

Agora creio que sou uma esposa melhor e mais feliz e que tenho um marido melhor e mais feliz.

Ao me casar, eu me comprometi a amar e apoiar meu marido, e para mim isso significava testemunhar, durante toda a minha vida, a verdadeira natureza espiritual de meu marido como a reflexão, o reflexo de Deus (ver Gênesis 1:26, 27). Uma boa testemunha se mantém claramente focada na verdade e dá testemunho somente daquilo que é espiritualmente verdadeiro, duradouro e indestrutível, isto é, daquilo que de Deus é. Eu já havia constatado anteriormente que testemunhar dessa maneira nos mostra, cada vez mais, o bem espiritual que verdadeiramente está aqui e põe fim àquilo que não é apropriado nem pertinente.

Uma testemunha que critica constantemente não é uma testemunha verdadeira. Rememorar o mal talvez tenda a ampliá-lo, até que não mais possamos ver o bem ou ter a esperança de vivenciar progresso. Percebi que eu precisava proteger meu marido e meu casamento da crítica e, ao invés de ampliar os problemas, eu tinha de rememorar cada prova do bem que eu conseguisse encontrar. Mas o mais importante era: eu precisava orar para discernir a identidade espiritual de meu marido, e, visto que essa identidade se origina em Deus, ela é inteiramente boa (ver Gênesis 1:31).

Minhas orações me levaram a pedir que minhas amigas me ajudassem a me manter alerta, para que eu parasse de remoer e criticar verbalmente, ainda que eu disfarçasse essa crítica com um tom de brincadeira. Isso foi uma grande ajuda. Mas acima de tudo, a oração me mostrou a verdadeira identidade de meu marido como a criação espiritual e perfeita de Deus, e eu comecei a ver cada vez mais provas da bondade inerente do homem se expressando em mim mesma, em meu marido e em nosso casamento. Consegui reconhecer, de maneira bem específica, todo o bem em meu marido, como também todas as razões pelas quais eu deveria ter esperanças com relação ao nosso progresso como um casal.

Perseverar em pensar e agir de uma maneira que esteja mais de acordo com nossa natureza espiritual, que é pura, tem nos levado a alcançar muitas curas. Agora creio que sou uma esposa melhor e mais feliz e que tenho um marido melhor e mais feliz,  em parte, provavelmente, porque agora ele tem uma esposa melhor e mais feliz!

Desde essa cura, compreendo melhor e sou profundamente grata pelas sábias palavras que Mary Baker Eddy, a Fundadora desta revista, escreveu a respeito de casamento no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Nossos pontos de vista errados sobre a vida ocultam a harmonia eterna e produzem os males de que nos queixamos” (p. 62). Ela também escreveu que a “A honestidade e a virtude asseguram a estabilidade do pacto matrimonial. O Espírito acabará por tomar posse daquilo que lhe pertence — tudo o que em realidade existe — e as vozes do senso físico serão para sempre reduzidas a silêncio” (p. 64).

Tradução do original em inglês publicado na edição de 7 de setembro de 2016 de The Christian Science Monitor.

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