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Desperta-me, Pai!

Da edição de abril de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de janeiro de 2017 do The Christian Science Journal.


Cristo Jesus curava espiritualmente de forma notável. Suas obras de cura, registradas na Bíblia, são minuciosamente estudadas ainda hoje, por aqueles que têm o profundo desejo de entender o que ele sabia, o que ele compreendia espiritualmente e que realizava a cura. 

Quando lemos esses relatos de cura, começamos a ver que Jesus parecia prestar pouca ou nenhuma atenção à aparência física das pessoas que vinham a ele em busca de cura. Então, podemos concluir que Jesus focava toda sua atenção na realidade espiritual daquelas pessoas, vendo-as como a perfeita criação de Deus. E visto que Jesus refletia essa verdade espiritual, ela servia para despertar a receptividade dentro da consciência daquelas pessoas, permitindo-lhes ver a própria pureza e perfeição inatas de Jesus. O resultado era a cura.

Com o intuito de ajudar seus discípulos a compreender como essa cura se realizava, Jesus constantemente os direcionava a uma compreensão espiritual verdadeira do Cristo, a ideia divina de Deus que ele expressava de forma plena. Seu exemplo e seus ensinamentos também nos ajudam ainda hoje, ou seja, a nós, os discípulos modernos de Jesus, a compreender a verdade espiritual, para que possamos segui-lo, pondo em prática a cura, tanto para nós mesmos como para outros.

Jesus ensinou uma importante lição relacionada ao modo de curar, quando ressuscitou Lázaro da morte. Quando soube que Lázaro havia morrido, ele disse aos discípulos: “...Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (João 11:11). Se Jesus disse que Lázaro estava dormindo, em vez de dizer que ele havia morrido, então, claramente para Jesus a morte não era uma realidade nem um destino final. Ao contrário, a crença na morte era um sonho mortal do qual Lázaro precisava ser despertado. E ele realmente foi despertado.

Visto que Jesus via imediatamente a realidade de cada pessoa como o reflexo puro, ou a reflexão pura, de Deus, ele não ficava impressionado com a evidência material que lhe era apresentada. A realidade espiritual é sempre perfeita e está sempre presente, até mesmo onde a evidência material da doença parece estar. Jesus podia provar isso, despertando as pessoas do sonho da doença e da morte. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve: “Para aquele que cura de acordo com a Ciência Cristã, a doença é um sonho do qual o paciente precisa ser despertado” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 417).

Certa tarde, há muitos anos, aprendi uma potente lição sobre o fato de que a natureza da doença é um sonho. Recebi um telefonema de uma amiga que me contou que estava sofrendo de uma doença incurável. Ela começou a descrevê-la em termos bem detalhados e acrescentou que estava recebendo ajuda médica para tratar dessa doença. Eu a confortei e disse-lhe que eu sabia que Deus era uma ajuda sempre presente e que ela podia sentir a presença de Deus.

Percebi, com grande alegria, que eu estava curada.

Todavia, em meu pensamento senti-me oprimida com a descrição da doença que perturbava minha amiga. Naquela noite, enquanto lavava os pratos, de repente fiquei paralisada de medo, porque estranhamente comecei a sentir todos os sintomas que me haviam sido descritos durante o telefonema que recebera naquela tarde. Eu vinha estudando a Ciência Cristã fazia muitos anos e, bem lá no fundo, sabia que os sintomas representavam meramente uma sugestão mental agressiva de que a matéria e a doença fossem reais, tentando me fazer adormecer para a realidade espiritual de que meu existir é puro e perfeito. Eu sabia disso, mas os sintomas eram muito persistentes, e eu os sentia de forma palpável. 

Orei durante toda a noite para despertar para a verdade. Declarei que eu era uma ideia espiritual criada por Deus e, portanto, era perfeita exatamente naquele momento, e não havia sido afetada por nenhuma sugestão do mal. Mas parecia que eu não queria abandonar esse sonho de doença que estava pressionando meu pensamento.

Foi então que me lembrei de uma conversa que tivera fazia muitos anos com um grande amigo que era uma pessoa sábia, espiritualizada e que tinha uma atividade de cura de muito êxito, como Praticista da Ciência Cristã. Após uma de nossas conversas, ele me perguntou: “Wendy, você alguma vez já se ajoelhou para orar”?

“Sim, duas vezes por ano”, respondi. (Eu estava me referindo ao culto de Comunhão que é realizado duas vezes por ano nas filiais das Igrejas de Cristo, Cientista, em que a congregação é convidada a se ajoelhar para orar.)

Ele deu risada e disse: “Na verdade, eu estava me referindo a outras vezes em que você busca orientação ou cura”.

“Não, nunca”, tive de responder. 

Ele então encerrou nossa conversa dizendo: “Talvez você queira pensar nisso”.

Uma qualidade que eu sempre havia admirado em meu amigo era a humildade que ele expressava. Então, percebi que ele estivera me encorajando a pensar sobre a possibilidade de levar minhas orações a um nível mais profundo.

O mero ato físico de ajoelhar por si só não traz cura. Mas, quando nos ajoelhamos movidos por um desejo verdadeiro e sincero de entregar tudo a Deus, o Amor divino, nosso pensamento de fato cede profundamente a Deus. Em total rendição a Deus, entregamos toda nossa vida a Ele, abandonando a obstinação, as opiniões humanas e o medo. Ficamos profundamente atentos à orientação de Deus e esperamos sentir Sua presença. 

Naquela noite, quando refleti sobre a conversa de anos antes com meu amigo, realmente me ajoelhei em oração. Com um desejo ardente, humilde e profundo, orei ao meu Pai-Mãe Deus, pedindo ajuda. A única oração que me veio ao pensamento, foram duas palavras. Com grande sinceridade, orei assim: “Pai, desperta-me”! 

Um sentimento de grande alegria e alívio me sobreveio. Eu me senti amada e cuidada e sabia que minha oração pedindo para ser despertada do sonho da doença seria respondida.

Dormi profundamente durante toda a noite e pela manhã, quando acordei, imediatamente me dei conta de que eu estava desperta, de que eu havia despertado do sonho da doença. Percebi que eu havia despertado porque todo o medo havia se desvanecido. Não somente eu estava livre das imagens mentais escuras que haviam estado pressionando meu pensamento, mas também não estava mais vivenciando os sintomas assustadores. Percebi com grande alegria que Deus havia atendido ao meu pedido de ajuda e que eu estava curada.

Aprendi uma lição maravilhosa com essa cura. Quando despertei curada, ficou claro para mim que a correção que precisava ocorrer em realidade não tinha sido em meu corpo, mas em meu pensamento. Minha oração a Deus, pedindo Sua ajuda, havia despertado meu senso espiritual para a verdade a respeito do meu existir como criação perfeita de Deus. Quando despertei para essa verdade, meu corpo naturalmente correspondeu a esse fato. A chamada doença não tinha sido mais do que uma sugestão mental hipnótica, fazendo-me cair na tentação de acreditar que era uma condição material real que podia me causar dano. Mas o problema fora sempre irreal, uma crença falsa.

Jesus encorajou seus seguidores a pedir ajuda a Deus. Ele disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mateus 7:7, 8).

Relembrando essa experiência de cura que ocorreu há alguns anos, ponderei a razão pela qual minha breve oração fora tão prontamente atendida. Creio que a resposta se encontra na declaração de Jesus: “...tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22).

Você acredita no poder do amor que Deus tem por todos nós? Você compreende esse poder? Deus nos ama além do que podemos plenamente compreender, mas podemos começar a aprender sobre esse amor agora mesmo. Ele envia Sua mensagem sanadora, o Cristo, a Verdade, para nos despertar para a nossa perfeição natural. Ele nos mantém em Sua bondade e em Seu poder onipresentes, exatamente aqui e agora. Confiamos o suficiente na verdade espiritual para procurar a presença de Deus que está sempre em ação em nossa vida? Esperamos ver os resultados sanadores de nossas orações?

O senso profundo da oração, plena de desejo correto, expressada humildemente em um ajoelhar-se em reverência a Deus, está ao alcance de todos, em qualquer lugar, a qualquer hora. Ela convida o poder do Cristo a nos despertar para a realidade espiritual e nos curar.

Tradução do original em inglês publicado na edição de janeiro de 2017 do The Christian Science Journal.

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